Área de Proteção Ambiental e Recuperação Urbana do Jequiá

A Área de Proteção Ambiental e Recuperação Urbana (APARU) do Jequiá é uma área protegida localizada na Ilha do Governador, no estado do Rio de Janeiro, Brasil.

Foi criada como saída para preservar a área de mangue que cobria a região, às margens da Baía da Guanabara.[1] O entorno desta baía já contou com 260 km quadrados do seu entorno coberto de mangue. Hoje, resta menos de um terço da área original. O manguezal localizado na foz do Rio Jequiá é a maior área preservada do município do Rio de Janeiro.

A preservação e recuperação se deu graças a iniciativas dos próprios moradores da colônia de pecadores que circunda a área bem como dos moradores da região do entorno. Mesmo antes da criação da APARU, os moradores já buscavam formas de proteger o mangue.[2]

A APARU foi criada pelo decreto municipal Nº 12.250, do dia 31 de agosto de 1993. De acordo com o decreto, compõem a APARU "a área constituída pelo manguezal e estuário do Rio Jequiá, o complexo florestal do Morro do Matoso e as áreas ocupadas pelas instalações da Marinha e pela Colônia Z-10", uma colônia de pescadores na foz do Rio Jequiá.[1] O decreto lista como objetivos da área "recuperar e preservar o ecossistema local", "preservar os exemplares raros ameaçados de extinção", "propiciar o estudo científico da flora e fauna da região" e "promover o lazer, quando compatível com os demais objetivos da APARU", e proíbe ações degradantes ou impactantes ao ecossistema, como desmatamento, caça, introdução de espécies exóticas e despejo de lixo, entre outras.[3]

Desde a criação da área de proteção ambiental, melhorias socioambientais foram implantadas pela prefeitura, mas hoje em dia o Jequiá sofre com o descaso e faltas de investimentos públicos.

Posteriormente a APARU passou a contar com a presença de um Centro de Educação Ambiental (CEA).[2]

Em 2011, em preparação para as Jogos Olímpicos de Verão de 2016 do Rio de Janeiro, houve a proposta de construção da Vila Olímpica dentro da APARU, o que mobilizou a população contra a obra. Segundo o ambientalista Sérgio Ricardo Lima, a construção iria impermeabilizar uma grande área do solo, e a água das chuvas iria inundar a colônia de pescadores Z-10.[4]

Durante a Rio+20, em 2012, jovens da Associação Cristã de Moços de diversos países conheceram a APARU, a colônia Z-10 e realizaram atividades ecológicas na região.[5]

Em 2018 a APARU comemorou 25 anos de existência, com uma programação cultural e educativa, recebendo visita de alunos de escolas.[1][2]

Referências

  1. «Área de proteção ambiental na Ilha completa 25 anos». www.rio.rj.gov.br. Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro. 31 de agosto de 2018. Consultado em 15 de agosto de 2020
  2. «Aparu do Jequiá completa 25 anos». Ilha Notícias 1901 ed. 6 de setembro de 2018. Consultado em 15 de agosto de 2020
  3. RIO DE JANEIRO. Decreto nº 12.250 de 31 de agosto de 1993. "Declara, como Área de ProteçãoAmbiental e Recuperação Urbana (APARU) do Jequiá, a área que menciona e dá outras providências."
  4. «Obra de Vila Olímpica na Ilha gera polêmica entre os moradores». O Globo. 11 de dezembro de 2011. Consultado em 15 de agosto de 2020. Cópia arquivada em 15 de agosto de 2020
  5. «ACM promove ações ecológicas na Z-10». Ilha Notícias 1577 ed. Ilha Notícias. 22 de junho de 2012. Consultado em 15 de agosto de 2020
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