A Dama do Lotação (filme)
A Dama do Lotação é um filme brasileiro de 1978 do gênero drama erótico, dirigido por Neville d'Almeida em 1978. Baseado no conto homônimo de Nelson Rodrigues.
| A Dama do Lotação | |
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![]() A Dama do Lotação (filme) | |
1978 • cor • 111 min | |
| Género | drama erótico |
| Direção | Neville de Almeida |
| Roteiro | Neville de Almeida |
| Baseado em | A Dama do Lotação de Nelson Rodrigues |
| Elenco | Sônia Braga Nuno Leal Maia Jorge Dória Paulo César Pereio Cláudio Marzo Yara Amaral |
| Idioma | português |
O filme é a sexta maior bilheteria do cinema brasileiro, com 6,5 milhões de ingressos, superado apenas por Nada a Perder: Contra Tudo. Por Todos, Os Dez Mandamentos: O Filme, Tropa de Elite 2: O Inimigo Agora é Outro, Dona Flor e Seus Dois Maridos e Minha Mãe é uma Peça 2.[1]
Sinopse
Solange e Carlos se conhecem desde a infância e se casam. Na noite de núpcias, Solange resiste ao seu marido, que, impaciente, acaba estuprando-a. Solange fica traumatizada e, apesar de desejar Carlos, não quer mais nada com ele. Para se satisfazer, ela começa a fazer sexo com homens que não conhece, que encontra andando de lotação (ônibus que faz transporte público).
Elenco
| Ator | Personagem |
|---|---|
| Sônia Braga | Solange |
| Nuno Leal Maia | Carlos |
| Paulo César Pereio | Assunção |
| Jorge Dória | Pai de Carlos |
| Yara Amaral | Amiga da mãe de Carlos |
| Cláudio Marzo | Psicanalista de Solange |
| Roberto Bonfim | Bacalhau |
| Ivan Setta | Mosquito |
| Paulo Villaça | Vadio |
| Márcia Rodrigues | Noiva de Assunção |
| Ney Santanna | Homem honesto |
| Rodolfo Arena | Homem honesto |
| Thaís de Andrade | Secretária do pai de Carlos |
| Waldir Onofre | |
| Washington Fernandes | |
| Liège Monteiro |
Recepção
Marcelo Miranda em sua crítica para o Filmes Polvo disse que "A Dama do Lotação é quase um filme imbatível. Para atingir a massa popular que frequentava o cinema brasileiro nos anos 70, a protagonista era Sônia Braga, atriz muito em alta na época por participar com grande repercussão de novelas na Globo. O chamariz 'Sônia Braga pelada' foi fundamental para o alcance e repercussão que o filme conseguiu quando exibido comercialmente. (...) Visto mais de três décadas depois, o filme de Neville D’Almeida perdeu boa parte de suas cartadas: a atriz é motivo de chacota desde quando foi tentar carreira internacional e o uso de Nelson Rodrigues como baliza de reconhecimento já ficou para trás. E justamente por essas faltas é que (...) nos parece ainda tão fascinante: sem estes sustentáculos que o tempo tratou de explicitar, o filme continua surgindo muito forte na tela, ainda cheio de questões relevantes sobre a falsidade das relações sociais."[2]
Controvérsia
Na análise do filme publicada por Filipe Pereira no Papo de Cinema em agosto de 2016, consta que o gênero do filme, a pornochanchada, "foi um movimento utilizado pelos militares para desviar a atenção do povo da ditadura militar no Brasil (1964–1985), liberando através do sexo quase explicito a repressão política que habitava o Brasil. Por esses motivos, e pelo filão ter substituído o Cinema Novo como ponto principal do cinema brasileiro, este A Dama do Lotação (e tantos outros) é comumente tachado de arte menor pela crítica de cinema, mas em alguns casos há mensagens ocultas interessantes."[3]
Referências
- Leonardo Filomeno. «As pornochanchadas que fizeram parte da nossa adolescência». manualdohomemmoderno.com.br. Consultado em 18 de outubro de 2016
- Marcelo Miranda. «A Dama do Lotação». www.filmespolvo.com.br. Consultado em 18 de outubro de 2016. Arquivado do original em 19 de agosto de 2016
- Filipe Pereira (7 de agosto de 2016). «A Dama do Lotação». www.papodecinema.com.br. Consultado em 18 de outubro de 2016
