Akçe

Akçe foi a moeda utilizada no Império Otomano, principalmente nas regiões de Anatólia e Balcãns.[1][2][3]

Akçe
آقچه
Akçe
Dados
Usado Império Otomano
Plural akçes
Fabricante Kostantaniyye (principal)

História

Foi cunhada pela primeira vez, em 1299, durante o governo de Osmã Bei.[2][3]

Entre os séculos XI e XVII, akçe era a principal moeda de troca da Anatólia e dos Balcãns. Além do akçe cunhado em prata, existia o sultani cunhado em ouro; e para transações menores era utilizado o mangir e o pul cunhados em cobre. A principal casa da moeda que cunhava o akçe e o sultanin era Kostantaniyye, até o século XVIII; existiram outras casas de moedas que cunhavam o akçe, como as de Diyarbakır, Van e Bagdá.[1][3][4]

Com a expansão dos territórios, os otomanos tiveram que padronizar seu sistema monetário internacional. Passaram a utilizar o sultani para transações grandes e internacionais; A moeda de prata akçe, recebeu outros nomes, dependendo da região, como no Egito (medin ou para) e no Iraque (shahi). Quando o Império Otomano conquistou a Hungria, a região passou a utilizar o akçe para transações governamentais, mas utilizavam as moedas de prata das regiões vizinhas para todas as outras transações monetárias.[1]

Características

A moeda era cunhada em prata, com o peso ideal em 0,32 gramas. Variações de peso ocorriam devido ao período e a casa da moeda, podendo variar entre 0,30 e 0,38 gramas; o teor de prata também variava devido ao período cunhado, com variações entre 85% e 97%.[4]

Ver também

Referências

  1. Pamuk, Sevket. (2000). A Monetary History of the Ottoman Empire. Boğaziçi University. p.p. 175-182.
  2. Pamuk, Şevket (1 de junho de 2007). «Akçe». Brill. Encyclopaedia of Islam, THREE (em inglês). Consultado em 18 de fevereiro de 2024
  3. «Money in the Ottoman Empire». Hürriyet Daily News (em inglês). 14 de setembro de 2012. Consultado em 18 de fevereiro de 2024
  4. Pfeiffer-Taş, Şule; Schindel, Nikolaus. (2013). The Beçin Coin Hoard and Ottoman Monetary History in the Late 16th/Early 17th Century. Journal of the Economic and Social History of the Orient. Nº 56. p.p. 653-671. (em inglês).
This article is issued from Wikipedia. The text is licensed under Creative Commons - Attribution - Sharealike. Additional terms may apply for the media files.