Alhaitame ibne Ubaide Alquilabi

Alhaitame ibne Ubaide Alquilabi[a] ou Alquinani[1] (em árabe: الهيثم بن عبيد الكناني‎; romaniz.:al-Haitham ibn ʿUbaid al-Kilābī) foi uale do Alandalus em 729[2] ou entre 729 e 730.[3]

Alhaitame ibne Ubaide Alquilabi
Ocupação Governador do Alandalus
Religião Islamismo

Vida

Alhaitame sucedeu Otomão ibne Abi Niça Alcatami em abril de 729. De acordo com a Crônica Moçárabe (754), que o chama de Aleitano (em latim: Alleitanus),[4] governou por um ano. A Crônica Profética (883) dá a ele um prazo mais preciso de dez meses, enquanto ibne Habibe (878/9) dá a ele um prazo mais curto de quatro meses.[5] O historiador árabe do século XVII Almacari alegou com que ele governou até março de 731, um ano a mais do que qualquer outra fonte.[6]

De acordo com a Crônica Moçárabe, que é de longe a fonte mais antiga, Alhaitame foi nomeado pelo governador da Ifríquia para substituir Otomão.[4] Seu mandato, caracterizado como "conturbado" pelo cronista, culminou numa tentativa de golpe de Estado:

Depois de Alhaitame ter governado em um estado conturbado por dez meses, descobriu - não sei por qual ofício - que alguns árabes desejavam removê-lo do poder. Ele os capturou e eventualmente extraiu com chicotes os vários detalhes da rebelião. Depois de torturá-los, cortou suas cabeças, como havia sido secretamente ordenado por seus colegas do outro lado do mar.[7]

Os parentes de alguns dos executados apelaram para o governador da Ifríquia, que "poucos dias depois" enviou um certo Maomé com autorização para substituir Alhaitame por Abderramão ibne Abedalá Algafiqui, que já havia servido como governador interino em 720/1. De acordo com ibne Alatir, Alhaitame morreu no cargo em fevereiro ou março de 730 e foi substituído por Algafiqui, mas a Crônica Moçárabe é mais confiável aqui.[4] Relata que Algafiqui não pôde ser encontrado imediatamente e então Maomé "não muitos dias depois" prendeu Alhaitame e o trouxe de volta com ele à Ifríquia. Ele foi sucedido por Maomé ibne Abedalá Alaxjai.[7]

Ver também

Precedido por
Otomão ibne Abi Niça Alcatami
Uale do Alandalus
729
Sucedido por
Maomé ibne Abedalá Alaxjai

Notas

[a] ^ O nisba Alquilabi significa "dos quilabitas". O nome de seu pai é dado como Ubaide, Ufair[1] e Abide.[5]

Referências

  1. James 2012, p. 59.
  2. Herbers 2006, p. 351.
  3. Latham 1960, p. 493.
  4. Collins 1989, p. 85.
  5. Christys 2003, p. 241.
  6. Collins 1995, p. 300.
  7. Wolf 1999, p. 115.

Bibliografia

  • Christys, Ann (2003). «The Transformation of Hispania after 711». In: Hans Werner Goetz, Jörg Jarnut and Walter Pohl. Regna and Gentes: The Relationship between Late Antique and Early Medieval Peoples and Kingdoms in the Transformation of the Roman World. Leida: Brill. pp. 219–241
  • Collins, Roger (1989). The Arab Conquest of Spain 710-797. Oxônia: Imprensa da Universidade de Oxônia. ISBN 0-631-19405-3
  • Collins, Roger (1995). Early Medieval Spain: Unity in Diversity, 400–1000. Nova Iorque: Imprensa St. Martin
  • Herbers, Klaus (2006). Geschichte Spaniens im Mittelalter: vom Westgotenreich bis zum Ende des 15. Jahrhunderts. Estugarda: W. Kohlhammer


  • James, David (2012). A History of Early al-Andalus: The Akhbār majmūʿa. A Study of the Unique Arabic Manuscript in the Bibliothèque Nationale de France, Paris, with a Translation, Notes and Comments. Londres e Nova Iorque: Routledge
  • Latham, J. D. (1960). «al-Andalus: (vi) General Survey of the History of al-Andalus». In: Gibb, H. A. R.; Kramers, J. H.; Lévi-Provençal, E.; Schacht, J.; Lewis, B. & Pellat, Ch. The Encyclopaedia of Islam, New Edition, Volume I: A–B. Leida: Brill. pp. 492–497. OCLC 495469456
  • Wolf, Kenneth Baxter (1999). Conquerors and Chroniclers of Early Medieval Spain. Liverpool: Imprensa da Universidade de Liverpool. ISBN 0-85323-554-6
This article is issued from Wikipedia. The text is licensed under Creative Commons - Attribution - Sharealike. Additional terms may apply for the media files.