Alta de Lisboa

"Alta de Lisboa" é o nome comercial do Alto do Lumiar (topónimo oficial). Situa-se no extremo Norte do concelho de Lisboa, confronta com a Segunda Circular, o Aeroporto da Portela e o Eixo Norte-Sul e distribui-se pelas freguesias do Lumiar e de Santa Clara.

Alta de Lisboa
Geografia
País
Distrito
Cidade grande
Coordenadas
Funcionamento
Estatuto

Uma nova zona da cidade, com excelentes condições de habitabilidade, redes de comunicação modernas, estradas largas com estacionamento, passeios com rebaixamento para as pessoas com dificuldades motoras e aposta na reciclagem de lixo.

A Alta de Lisboa tem também vários espaços verdes, como jardim quinta das conchas, parque oeste e parque do Monteiro-Mor. (e ainda campo de golfe)

Além disso, a Alta de Lisboa tem acessos privilegiados e rápidos para: Aeroporto de Lisboa, centro da cidade de Lisboa e também para as cidades adjacentes, usando as autoestradas A1(Porto), A8(Óbidos), Eixo Norte-Sul (Costa da Caparica e Setúbal) e IC19(Sintra). Pois estas vias são adjacentes ao seu território.

História

O território do Alto do Lumiar foi integrado no concelho de Lisboa no final do século XIX e situa-se na antiga zona “saloia” que abastecia a cidade de Lisboa, com suas quintas e campos de cultivo até às primeiras décadas do século XX.

Nas décadas de 60, 70 e 80 disseminaram-se na zona vários bairros de habitações precárias. Este fenómeno foi iniciado pela autarquia de Lisboa, com a construção em meados da década de 60 de dois bairros provisórios, designadamente a Musgueira Sul e a Musgueira Norte, destinados a absorver parte da população desalojada coercivamente do vale de Alcântara, em resultado da construção da Ponte Sobre o Tejo.[1] Paralelamente, foi construído o bairro da Cruz Vermelha, numa iniciativa assistencialista articulada entre a Cruz Vermelha e a Câmara Municipal de Lisboa (CML).[1]

Posteriormente, surgiram vários bairros de carácter informal, habitados por retornados, famílias provenientes do interior do país, de etnia cigana e dos PALOP, que se distribuíram pelos bairros da Quinta Grande, Quinta do Louro, Quinta do Pailepa, Quinta das Calvanas, Sete Céus, entre outros.[1][2]

O projecto da Alta de Lisboa teve início em 1984, a partir de uma parceria público-privada entre a Câmara Municipal de Lisboa e a Sociedade Gestora da Alta de Lisboa (SGAL), estabelecida após um concurso público internacional. Em 1998 foi aprovado o Plano de Urbanização do Alto do Lumiar (PUAL) que regula a intervenção urbanística no local.[3] Em 2012, o PUAL foi actualizado.[3]

O realojamento da população dos antigos bairros de habitações precárias foi iniciado em 1993 no âmbito do Programa Especial de Realojamento (PER) e terminado em 2007.[1] Os bairros sociais são geridos actualmente pela empresa municipal Gebalis, da CML.[4]

Plano de Urbanização do Alto do Lumiar

O Plano de Urbanização do Alto do Lumiar (PUAL) corresponde a uma área de aproximadamente 360 hectares. O Alto do Lumiar (integrado no PUAL) corresponde a cerca de 280 hectares. O PUAL foi aprovado em Conselho de Ministros em 1998. Previa-se que viessem a residir no local cerca de 60 000 habitantes, desde realojados dos antigos bairros precários a novos residentes no âmbito dos fogos comercializados pela SGAL.[1] A finalização do plano estava prevista para 2015, contudo ainda se encontra em desenvolvimento. A evolução do projecto foi apanhada em 2007 pela crise económica e do mercado imobiliário. Em 2012 o PUAL foi revisto pela CML, assim como o cronograma e a data de finalização do plano, actualmente fixada para 2030.[3]

Em 2020, nasce o ALTEAR, um novo projeto urbano na Alta de Lisboa, com mais de 110.000 m2 de construção residencial, comércio e estacionamento, em sintonia com espaços verdes. Uma cidade dentro da cidade, com comércio, restauração, uma oferta variada de serviços para que não lhe falte nada, e acesso direto a qualquer ponto de Lisboa.

Referências

  1. Antunes, Gonçalo (2015). Da Musgueira à Alta de Lisboa - recomposição social e urbana. Lisboa: Chiado Editora
  2. Revista Municipal da Câmara Municipal de Lisboa n.º 15, 1.º Trimestre de 1986.
  3. «CML - PUAL». 2016. Consultado em 19 de julho de 2016. Arquivado do original em 18 de agosto de 2016
  4. «Gebalis». 2016

Ligações externas

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