Usina Hidrelétrica de Angiquinho

Angiquinho é a primeira usina hidrelétrica do nordeste do Brasil, localizada na margem alagoana da cachoeira de Paulo Afonso, no Rio São Francisco.

 Nota: "Angiquinho" redireciona para este artigo. Para a árvore, veja Senegalia polyphylla.

Inaugurada em 26 de Janeiro de 1913 pelo então empresário Delmiro Gouveia, 1ª Hidrelétrica da Cachoeira de Paulo Afonso e a 1.ª do Nordeste tinha como objetivo fornecer energia elétrica a uma grande indústria têxtil chamada de Companhia Agro Fabril Mercantil localizada na cidade de Pedra (hoje Delmiro Gouveia). Sua energia era bastante também para alimentar uma bomba d'água que abastecia a mesma cidade, distante aproximadamente 24 km da cachoeira. A usina de Angiquinho fica a poucos quilômetros de Paulo Afonso, na Bahia.

História

Para construir Angiquinho, Delmiro foi à Serra do Mar adquirir o maquinário necessário, e acabou por contratar um engenheiro italiano, Luigi Borella, para projetar a empreitada. Também foram contratos engenheiros e técnicos franceses para montar a Usina. Conta a história que ao verem a localização da casa de máquinas da Usina (que era encravada no paredão do cânios do rio) não hesitaram em tentar recuar sendo barrados por Delmiro que o obrigaram a descer em um elevador improvisado por cordas trançadas de couro, debaixo da mira de uma arma. Como a casa de máquinas da usina ficaria no paredão do cânion do rio São Francisco — local de difícil acesso —, houve quem duvidasse do sucesso da obra.

Atualmente

Por intermédio da CHESF e da prefeitura de Delmiro Gouveia, está sendo executado um projeto de recuperação que prevê a restauração total da usina, da Furna dos Morcegos (onde dizem que Lampião se escondeu - contudo a presença dos cangaceiros na área de Angiquinho já foi praticamente desmentida, pois não se encontrou qualquer indício dessa passagem e depoimentos de cangaceiros do bando afirmaram que nunca estiveram naquela área. Além disso, seria incoerente um bando tão articulado como o de Lampião se esconder em um local que tem apenas uma única entrada) e de um elevador que leva à caverna. Foram gastos aproximadamente para a recuperação da área R$ 1.500.000,00 (um milhão e quinhentos mil reais) [1]

Segundo o projeto de recuperação denominado “Projeto de gestão de Angiquinho”, a usina será transformada em um ponto de visitação turística, que além de proporcionar ao turista comum uma vista diferenciada da cachoeira, irá também atrair o turismo técnico também com foco histórico, educacional, ambiental e cultural. Este projeto traz uma grande oportunidade para os interessados na área conhecer a história da eletricidade do Brasil. Para proteger esse patrimônio da Usina e do ambiente natural através leis especificas, foi incluindo no projeto o tombamento histórico de toda área ao redor da Usina e a Através da Fundação Delmiro Gouveia o sítio foi tombando pelo Governo do Estado espera-se agora o tombamento nacional.

Referências

  1. «Governador de Alagoas assina Decreto de Tombamento do Complexo Angiquinho» (HTML). Folha Sertaneja. 3 de dezembro de 2006. Consultado em 6 de janeiro de 2008
  • GALDINO, Antônio – MASCARENHAS, Sávio. Paulo Afonso: de pouso de boiadas a redenção do Nordeste Câmara Municipal de Paulo Afonso, Paulo Afonso-Ba, 1995.
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