Armando Basto

Armando Pereira de Basto (Porto, 1889 — Braga, 1923) foi um pintor, caricaturista, escultor e decorador português.

Armando de Basto
Armando Basto
Autorretrato, 1917, óleo sobre tela, 41 x 36 cm
Nascimento 1889
Porto
Morte 1923 (34 anos)
Braga
Nacionalidade Portugal portuguesa
Área Pintura
Formação Academia Portuense de Belas Artes

Vida e obra

O meu violão não tem cordas, só serve para isto (retrato do Dr. Pimentel), 1918, óleo sobre tela, 104,5 x 104,5 cm

Frequentou a Academia Portuense de Belas Artes entre os anos de 1903 e 1910 (desenho; arquitetura), tendo sido aluno de José de Brito e de Marques de Oliveira. Neste período obteve, num concurso de arquitetura, o Prémio Soares dos Reis.

Em 1910 viajou para Paris por formar a completar os seus estudos. Na capital francesa tem contacto com os trabalhos de Édouard Manet e Amedeo Modigliani, frequenta a Cité Falguière, Montparnasse, expoem no Salon des Humoristes, no Palis de Glace, lança a revista Génio Latino juntamente com Aquilino Ribeiro e Leal da Câmara e onde participam Manuel Jardim e Anjos Teixeira. De regresso a Portugal, a sua maior influência terá sido a de Columbano Bordalo Pinheiro, nomeadamente na adopção das tonalidades sombrias, segundo Fernando de Pamplona.[1] Em 1912 expõe individualmente no Porto (Salão da Fotografia Luso-Brasileira[2]). É também neste período que a tuberculose – que o viria a vitimar prematuramente em 1923 –, se manifesta obrigando à sua hospitalização em 1914; no final desse ano regressa de Paris e dedica-se à pintura e a trabalhos gráficos.

Admirador dos caricaturistas portugueses como Rafael Bordalo Pinheiro, Celso Hermínio ou Leal da Câmara e também de franceses e alemães, participou em exposições marcantes desse primeiro momento da afirmação das correntes renovadoras no panorama artístico português (assinalem-se obras como "O Lindo Gesto da Revolução", onde retrata um popular a guardar um banco no dia 5 de Outubro de 1910), nomeadamente na I Exposição dos Humoristas e Modernistas (Porto, 1915), na dos Fantasistas (Porto, 1916) e na III Exposição dos Modernistas (Porto, 1019) e realiza três exposições individuais no Porto e em Lisboa, sendo a última no Salão Bobone, em 1920.[2][3]

Foi colaborador dos jornais humorísticos "O Riso" e "Lucifer" e fundou "O Monóculo" e "A Folia".[2] Encontra-se colaboração da sua autoria no jornal de 1916 Miau!.[4].

Em 1958 o Secretariado Nacional de Informação organizou uma exposição retrospetiva da sua obra, de que foi publicado um pequeno catálogo com textos de Diogo de Macedo.[2]

Ver também

Referências

  1. Fernando de Pamplona, Dicionário de Pintores e Escultures Portugueses ou que Trabalharam em Portugal, Lisboa, Civilização Editora, 2000.
  2. Catálogo da "Exposição Retrospetiva da obra do pintor Armando de Basto", Secretariado Nacional de Informação, Lisboa, 1958
  3. «Antigos Estudantes Ilustres da Universidade do Porto: Armando Basto». Universidade do Porto. Consultado em 11 de março de 2017
  4. Rita Correia (24 de Novembro de 2010). «Ficha histórica: Miau! (1916)» (pdf). Hemeroteca Municipal de Lisboa. Consultado em 1 de outubro de 2014

Ligações externas

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