Baal de Tiro

Baal (ou Baal I) foi rei de Tiro, que reinou de 680 a.C. à 660 a.C.. Tem o nome da principal divindade fenícia, Baal. De acordo com a lista de reis de Tiro, ele reinou de 609 a.C. até 595 a.C..[1]

Baal (de Tiro)
Rei de Tiro
Baal de Tiro
Baal I (à direita) suplicando na Estela da Vitória de Assaradão.
Reinado ca. 680 a.C. - 660 a.C. ou
605 a.C. - 595 a.C.
Antecessor(a) Etbaal II
Sucessor(a) Ecnibaal
Morte 595 a.C.
Nome completo Baal I
Filho(s) Iaqui-Milqui
Filha(s) Desconhecidas

Reinado

Em 676 a.C., após a conquista de Sidom pelos assírios, um governador foi encarregado de administrar a região em torno da cidade, cuja parte meridional, onde se localizavam Marubu e Sarepta, foram concedidas a Baal,[2] já que durante seu reinado este havia assinado um tratado de vassalagem com o rei assírio Assaradão, concedendo-lhe tributo sobre os rendimentos comerciais da cidade em troca de apoio militar contra o rei sidônio Abdi-Milcuti.[3] Quando Assaradão iniciou sua guerra contra o Egito, no entanto, em 671 a.C., Baal se aliou ao faraó Taraca, rei cuxita que dominava o Egito à época, contra a Assíria.[2] Assaradão então sitiou Tiro, "cortando-lhe o fornecimento de comida e água",[2] e, embora a eventual queda da cidade não tenha sido registrada - podendo nem mesmo ter ocorrido - sabe-se que Baal voltou a pagar tributos para os assírios,[3] que haviam conquistado o resto da Fenícia.

Em 667 a.C. Baal é mencionado novamente como o primeiro dos soberanos elencados numa lista dos vassalos de Assurbanípal que teriam se juntado ao rei assírio durante a campanha militar que retornou o seu domínio à região do delta e do vale do Nilo.[2] Quatro anos depois, no entanto, em 663 ou 662 a.C., Baal foi atacado e punido pelo monarca assírio, por ter, segundo a inscrição que traz as próprias palavras de Assurbanípal, "desrespeitado minha vontade real e não dado ouvido às palavras de meus lábios".[2] O rei assírio então sitiou novamente Tiro, levando as filhas de Baal e de seus irmãos como concubinas, e seu filho, Iaqui-Milqui, como refém, juntamente com grandes quantias em tributo. Sabe-se que eventualmente seu filho retornou ao seu convívio, porém nada mais se ouviu falar de ambos nos registros históricos.[2]

Ver também

Referências

  1. Nicolas Lenglet Dufresnoy, Chronological Tables of Universal History (1762), Kings of Tyre, p.125
  2. Lipiński, Edward. On the skirts of Canaan in the Iron Age: historical and topographical researches, p. 192. Volume 153 de Orientalia Lovaniensia analecta. Edição ilustrada. Peeters Publishers, 2006. ISBN 9042917989, 9789042917989.
  3. Leick, Gwendolyn. Who's Who in the Ancient Near East, p. 37. Edição ilustrada, reimpressão. Routledge, 2001. ISBN 0415132312, 9780415132312.
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