Radiofrequência

Radiofrequência (RF) é a faixa de frequência que abrange aproximadamente de 3 kHz a 300 GHz e que corresponde à frequência das ondas de rádio.[1][2][3] RF geralmente se refere a oscilações eletromagnéticas ao invés de mecânicas nessa faixa de frequência, embora existam sistemas mecânicos em RF.

Propriedades especiais da corrente elétrica em RF

As correntes elétricas que oscilam na frequência de rádio possuem propriedades especiais que não são encontradas nas correntes contínuas ou correntes alternadas em baixas frequências. A corrente em RF pode irradiar energia para fora do condutor, no espaço, através de ondas eletromagnéticas (ondas de rádio); esta é a base da tecnologia de rádio. Elas também não penetram profundamente em condutores elétricos, e acabam fluindo ao longo da superfície; tal característica é conhecida como efeito skin. Correntes em RF podem ionizar o ar facilmente, criando um caminho condutor nele. Esta propriedade é explorada pelas unidades de "alta frequência" usadas em soldas de arco que utilizam correntes em frequências mais altas do que a fornecida por sua fonte de alimentação. Quando conduzida por um cabo elétrico comum, a corrente em RF tem uma tendência a refletir nas extremidades do cabo, tais como os conectores, e retornar de volta ao cabo em direção à fonte, causando uma condição chamada de ondas estacionárias. Esse efeito pode ser evitado com o uso de cabos especiais chamados linhas de transmissão.

Bandas de frequência

FrequênciaComprimento de ondaDesignaçãoAbreviatura[4]
3–30 Hz105–104 kmExtremely low frequencyELF
30–300 Hz104–103 kmSuper low frequencySLF
300–3000 Hz103–100 kmUltra low frequencyULF
3–30 kHz100–10 kmVery low frequencyVLF
30–300 kHz10–1 kmLow frequencyLF
300 kHz – 3 MHz1 km – 100 mMedium frequencyMF
3–30 MHz100–10 mHigh frequencyHF
30–300 MHz10–1 mVery high frequencyVHF
300 MHz – 3 GHz1 m – 10 cmUltra high frequencyUHF
3–30 GHz10–1 cmSuper high frequencySHF
30–300 GHz1 cm – 1 mmExtremely high frequencyEHF
300 GHz – 3000 GHz1 mm – 0.1 mmTremendously high frequencyTHF

Na medicina

A energia de radiofrequência (RF), na forma de ondas ou correntes elétricas, é usada em tratamentos médicos há mais de 75 anos,[5] geralmente através da ablação por radiofrequência em cirurgias minimamente invasivas, como no tratamento da apneia do sono.[6] Ressonâncias magnéticas (MRI) também usam frequências de rádio para produzirem imagens do corpo humano.[7]

A radiofrequência em níveis de energia não ablativa é geralmente usada como parte de tratamentos estéticos para comprimir peles flácidas, reduzir gorduras através de lipólise e apoptose,[8] e também promove a cicatrização.[9]

Ver também

Referências

  1. RADIOFREQUÊNCIA. Dicionário Houaiss de Física. Rio de Janeiro: Editora Objetiva, 2005, p. 192
  2. ONDA de rádio. Dicionário Houaiss de Física. Rio de Janeiro: Editora Objetiva, 2005, p. 166
  3. Aiha Nonionizing Radiatio Committee. Radio-frequency and microwave radiation. 2004. p. 1
  4. Jeffrey S. Beasley, Gary M. Miller (2008). Modern Electronic Communication 9th ed. [S.l.: s.n.] pp. 4–5. ISBN 978-0132251136
  5. Ruey J. Sung & Michael R. Lauer (2000). Fundamental approaches to the management of cardiac arrhythmias. [S.l.]: Springer. p. 153. ISBN 978-0-7923-6559-4. Cópia arquivada em 5 de setembro de 2015
  6. Melvin A. Shiffman; Sid J. Mirrafati; Samuel M. Lam; Chelso G. Cueteaux (2007). Simplified Facial Rejuvenation. [S.l.]: Springer. p. 157. ISBN 978-3-540-71096-7
  7. Bethge, K. (27 de abril de 2004). Medical Applications of Nuclear Physics (em inglês). [S.l.]: Springer Science & Business Media. ISBN 9783540208051. Cópia arquivada em 1 de maio de 2018
  8. McDaniel, David; Lozanova, Paula (2015–2016). «Human Adipocyte Apoptosis Immediately Following High Frequency Focused Field Radio Frequency: Case Study». Journal of Drugs in Dermatology: JDD. 14 (6): 622–623. ISSN 1545-9616. PMID 26091389
  9. «Noninvasive Radio Frequency for Skin Tightening and Body Contouring, Frontline Medical Communications, 2013» (PDF). skinandallergynews.com. Consultado em 16 de março de 2018. Cópia arquivada (PDF) em 29 de outubro de 2013

Ligações externas

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