Batalha de Cranão

Batalha de Cranão[1] foi a última grande batalha da Guerra Lamiaca, e ocorreu em 322 a.C.[2] perto da cidade tessália de Cranão (atual Cranonas).

Contexto

A batalha ocorreu após a morte de Leonato[2] e a chegada de Crátero com reforços da Ásia.[3]

Crátero trouxe 6 000 soldados de infantaria, que haviam sido levados por Alexandre para a Ásia, 4 000 que haviam sido alistados durante a marcha, 1 000 persas (arqueiros e lançadores de funda) e 1 500 cavaleiros.[3] Ao chegar na Tessália, Crátero pôs-se ao comando de Antípatro, e acampou perto do rio Peneu.[4] Com as forças que haviam sido trazidas por Leonato, o exército macedônio tinha mais de 40 000 soldados de infantaria, 3 000 arqueiros e atiradores de funda e 5 000 cavaleiros.[4]

A forças gregas estavam em número bem inferior, pois vários deles haviam desprezado o inimigo por causa do sucesso anterior, e haviam voltado para suas cidades.[5] Havia apenas 25 000 soldados de infantaria e 3 500 cavaleiros, e a esperança de vitória estava na cavalaria, pois eram homens valentes e o terreno era plano.[6]

Batalha

Antípatro passou a provocar os gregos para a batalha, e, enquanto esperavam o retorno dos soldados, foram forçados a lutar e arriscar tudo.[7] Os gregos colocaram a cavalaria na frente da falange de infantaria, pois queriam decidir logo a batalha pela cavalaria.[7]

Quando começou a batalha e a cavalaria tessália começou a vencer, pelo seu valor, Antípatro avançou sua falange sobre a infantaria grega, e começou a massacrá-los.[8] Os gregos, incapazes de suportar o ataque inimigo, recuaram para um terreno acidentado, mantendo suas linhas.[8] Eles ocuparam um terreno alto, e se defenderam facilmente dos macedônios, por estarem em posição superior.[8] Apesar da cavalaria grega estar em vantagem, quando souberam da retirada da infantaria, se juntaram a eles.[9]

A batalha terminou, com vitória dos macedônios; mais de 5 000 gregos foram mortos, e 130 macedônios.[9]

Consequências

Menão e Antífilo, líderes dos gregos, se reuniram, para decidir se era melhor esperar os aliados e lutar em termos iguais, ou tentar obter um acordo de paz; e optaram pela paz.[10] Antípatro respondeu que ele negociaria com cada cidade em separado, e, quando os gregos recusaram, Antípatro e Crátero passaram a sitiar e tomar cada cidade da Tessália.[11] A cidades da Tessália, aterrorizadas, passaram a enviar emissários a Antípatro, que negociou a paz em termos brandos,[11] o que levou a um movimento de todas as cidades tentar obter segurança separadamente, e todas obtiveram paz, exceto os aliados mais hostis aos macedônios, os etólios e os atenienses.[12]

Antípatro, após destruir a aliança dos gregos, avançou sobre Atenas,[13] e obteve deles rendição total,[14] mas tratou-os humanamente, apesar de acabar com a democracia.[15]

Referências

  1. Pires 2014, p. 167.
  2. Heckel, Waldemar (1992). The Marshals of Alexander's Empire. New York City: Routledge. OCLC 849098473
  3. Diodoro Sículo, 18.16.4
  4. Diodoro Sículo, 18.16.5
  5. Diodoro Sículo, 18.17.1
  6. Diodoro Sículo, 18.17.2
  7. Diodoro Sículo, 18.17.3
  8. Diodoro Sículo, 18.17.4
  9. Diodoro Sículo, 18.17.5
  10. Diodoro Sículo, 18.17.6
  11. Diodoro Sículo, 18.17.7
  12. Diodoro Sículo, 18.17.8
  13. Diodoro Sículo, 18.18.1
  14. Diodoro Sículo, 18.18.3
  15. Diodoro Sículo, 18.18.4

Bibliografia

  • Pires, Robert Brose (2014). Epikomios Hymnos. Investigações sobre a performance dos epinícios pindáricos. São Paulo: Universidade de São Paulo
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