Nicolas Boileau

Nicolas Boileau-Despréaux (pronunciada(o) [nikɔla bwalo dɛpʁeo]; Paris, 1º de novembro de 1636 — Paris, 13 de março de 1711) foi um poeta, tradutor, polemista e teórico da literatura francês.[1] Publicou seu primeiro volume de sátiras em 1666. Foi apresentado na corte, em 1669, após a publicação de seu Discurso sobre a sátira.[2]

Nicolas Boileau
Nicolas Boileau
Busto de Nicolas Boileau
(por François Girardon)
Nome completo Nicolas Boileau-Despréaux
Nascimento 1º de novembro de 1636
Paris
Morte 13 de março de 1711 (74 anos)
Paris
Nacionalidade francesa

Nicolas Boileau-Despréaux era mais conhecido apenas por "Boileau". O nome "Despréaux" derivava de uma pequena propriedade em Crosne, perto de Villeneuve-Saint-Georges.[1] Era o décimo quinto filho de Gilles Boileau, escrivão no parlamento de Paris. Dois dos seus irmãos foram, de alguma forma, distintos: Gilles Boileau (1631-1669), tradutor de Epicteto; e Jacques Boileau, que se tornou cónego na Sainte-Chapelle, onde foi responsável por algumas contribuições valiosas na história da Igreja. Ficou órfão de mãe com apenas dois anos de idade. De constituição frágil, parece ter sofrido bastante com o fato e terá tido alguma falta de afeto.

Sainte-Beuve ridiculariza o seu aspecto rígido que, de resto, seria devido às circunstâncias pouco inspiradoras da época. Pode-se dizer que nunca se desiludiu do mundo porque, desde cedo, aprendeu a não ter qualquer ilusão. Cresceu apenas com uma paixão que lhe movia os atos: "o desprezo pelos livros estúpidos". Foi educado no Colégio de Beauvais e continuou os seus estudos de teologia na Sorbonne. Mudou de curso, para direito. A 4 de dezembro de 1656, teve o seu primeiro caso no tribunal. Depois de um breve período na carreira das leis, decidiu abandoná-la com desgosto, queixando-se amargamente do meio judicial. Seu pai, morto em 1657, deixou-lhe uma pequena fortuna,[2] o que lhe possibilitou dedicar-se basicamente às letras.[1]

Trabalhos

  • Les Satires (1666–1716). Reedição: 2002.
  • Épîtres (1670-1698). Reedição: 1937.
  • Arrêt burlesque[3] (1671) (em colaboração)
  • Poésies diverses avec Amitié Fidéle (1654)
  • Le Lutrin (Poème héroï-comique) (1674-1683)
  • L’Art poétique (1674)
  • Pseudo-Longin, Traité du sublime, trad. par Nicolas Boileau, Paris, 1674 (en ligne ; transcr.) : com introdução e notas de Francis Goyet, Paris, 1995 ISBN 2-253-90713-8.
  • Dialogue sur les héros de roman (1688). (Uma análise deste trabalho pode ser encontrada no artigo Reflexões sobre o romance do século XVIII)
  • Réflexions critiques sur Longin (1694-1710)
  • Lettres à Charles Perrault (1700)
  • Œuvres de Boileau (1740), édition Pierre et Berthe Bricage 1961, 5 volumes, ilustrações de Rémy Lejeune (Ladoré)
  • Correspondance avec Brossette (1858)

Referências

  1. «Nicolas Boileau-Despréaux» (em inglês). Catholic Encyclopedia. Consultado em 1º de novembro de 2013
  2. «Boileau». Enciclopédia Mirador Internacional. UOL Biografias. Consultado em 1º de novembro de 2013
  3. Arrêt burlesque.
This article is issued from Wikipedia. The text is licensed under Creative Commons - Attribution - Sharealike. Additional terms may apply for the media files.