Breno Accioly

Biografia

Natural da cidade alagoana Santana do Ipanema, nasceu em 21 de março de 1921. Filho do juiz Manuel Xavier Accioly[1] e Maria de Lourdes Rocha Accioly, Breno Rocha Accioly[2] foi um dos maiores contistas brasileiros, demonstrando em sua escrita uma grande habilidade e desenvoltura para o gênero, além de escritor ele ainda foi jornalista e formou-se em Medicina pela Escola de Medicina do Recife em 1938.

Ainda em sua adolescência Breno Accioly demonstrou características e atitudes que apontavam para um quadro de Esquizofrenia, o que lhe acarretou problemas com as relações sociais e depressão.

Embora optando pela carreira de médico, Breno enquanto cursava medicina, passava maior parte do tempo envolvido com o meio literário, convivendo com grandes escritores como: Gilberto Freyre, João Cabral de Melo Neto e Lêdo Ivo, seu conterrâneo.

Formou-se em medicina e em 1942 mudou-se para o Rio de Janeiro. Ainda que tenha vivenciado momentos de adversidade devido a sua doença e a crises que lhe acompanhavam, sua escrita revela o grande escritor que ele representa na literatura nacional. Em 1944, com os contos reunidos em João Urso, Breno ganhou dois dos maiores prêmios da literatura brasileira, o Afonso Arinos, da Academia Brasileira de Letras, e Graça Aranha, da Fundação Graça Aranha.

Faleceu no Rio de Janeiro em 13 de março de 1966 aos 44 anos.

Estética

Breno Accioly foi e será conhecido como um escritor denso, que escrevia com a mesma intensidade que as quedas d'água de uma cachoeira. Tratava principalmente de dois temas: a violência e a angustia humana. Não poucos de seus contos afligem os leitores com uma reflexão sobre a humanidade e suas fragilidades. Vinicius de Moraes tratando de Breno disse certa vez: “Breno Accioly veio abrir sobre as águas claras do conto brasileiro as comportas de sua alma tumultuosa, que habita nas trevas mais fundas e sórdidas do ser”. Já Mário de Andrade brevemente declarou: “Accioly de um nada fazia um conto e acendia numa vela a chama da angústia humana”[3].

Obras

[Livro de contos] João Urso, Rio de Janeiro: Edições EPASA, 1944. Prefaciado por José Lins do Rego;

[Livro de contos] Cogumelos, Rio de Janeiro: Edição A Noite, 1949. Prefaciado por Gilberto Freyre.

[Livro de contos] Maria Pudim, Rio de Janeiro: Livraria José Olympio Editora, 1955.

[Romance] Dunas, Rio de Janeiro: Ed. O Cruzeiro, 1955.

[Livro de contos] Os Cataventos, Rio de Janeiro: Livraria José Olympio Editora, 1962.

Referências

  1. «O homem do conto - Gazeta de Alagoas - Evoluindo a informação». gazetaweb.globo.com. Consultado em 14 de dezembro de 2020
  2. Ticianeli (18 de março de 2016). «Breno Accioly, o escritor dos personagens melancólicos». História de Alagoas. Consultado em 14 de dezembro de 2020
  3. Enjoy. «A obra densa e enigmática de Breno Accioly pode ser finalmente conhecida em volume imprescindível da editora Graciliano Ramos». www.alagoasboreal.com.br. Consultado em 14 de dezembro de 2020
This article is issued from Wikipedia. The text is licensed under Creative Commons - Attribution - Sharealike. Additional terms may apply for the media files.