Camille Barrère

Camille Barrère (La Charité-sur-Loire, 23 de novembro de 1851 - Paris, 7 de outubro de 1940) foi um diplomata francês, durante muito tempo embaixador do seu país em Roma.

Camille Barrère

Criado em criança em Inglaterra, perfeitamente fluente na língua inglesa, Barrère foi ex-communard, depois jornalista. Entrou na diplomacia devido à vontade dos vários governos da Terceira República Francesa em ampliar a base social deste corpo exclusivo reservado essencialmente à aristocracia ou à alta burguesia.

Barrère foi cônsul-geral no Cairo (1883/1885), depois ministro plenipotenciário em Estocolmo (1885/1888), e foi nomeado para Munique. Representou o governo francês em Roma de 1897 a 1924. Favoreceu a assinatura de um tratado de comércio entre França e Itália, elaborou um regulamento cordial sobre o diferendo colonial na Líbia, agiu para manter a Itália neutral em setembro de 1914, o que conduziu à aliança da Tríplice Entente franco-britânica em 1915.

Dele escreveu Guilherme II da Alemanha no seu diário, em setembro de 1914 : "Os nossos aliados afastam-se de nós como das maçãs podres..."[1].

Foi demitido em 1924 do posto em Roma por decisão de Édouard Herriot, após a vitória eleitoral do Cartel des gauches. Em 1926 foi eleito membro da Académie des sciences morales et politiques. Foi administrador da companhia do canal do Suez.

Quando morreu era o último communard.

Referências

  1. Pierre Renouvin, La crise européenne et la Première Guerre mondiale, PUF, 1969, p. 209
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