Carlos Aboim Inglez

Biografia

Entrou no partido apenas com 16 anos, em 1946. Preocupou-se, nos últimos anos de vida, sobre o tema da globalização, sob uma perspetiva marxista, articulando-a com a noção de fases na mundialização do capitalismo e a noção de imperialismo.

Vida na clandestinidade

Em 1953, com 23 anos, torna-se funcionário do PCP, o que significava, nessa altura, e durante mais de duas décadas ainda, passar à clandestinidade, algo que viveu com a sua mulher Maria Adelaide Aboim Inglez. Esteve preso durante o regime do Estado Novo, altura em que tentou traduzir a "Fenomenologia do Espírito" de Hegel, tendo ficado pela "Introdução".

Escrita

Poeta, mostrou grande interesse pela poesia portuguesa, como se nota no facto de incluir várias notas sobre poesia no jornal comunista "Avante!", como a respeito de Sá de Miranda, Camões ou Gil Vicente. Interessava-o as relações entre o pensamento materialista e a controvérsia medieval entre o realismo e nominalismo.

Falecimento

Quando morreu, pediu para ser cremado ao som do Coro dos Escravos da Ópera Nabucco, de Verdi.

Homenagem

A Câmara Municipal de Lisboa prestou-lhe a sua homenagem ao atribuir o seu nome a uma rua na freguesia da Charneca, no Alto do Lumiar.[2]

Obras publicadas

  • Soma pouca: poesia (2003)[3]

Referências

  1. Alexandre Martins. «Morreu o dirigente comunista Carlos Aboim Inglez». Público. Consultado em 5 de junho de 2011
  2. Comissão Municipal de Toponímia, Toponimia lx Carlos Aboim Inglez, Maio 2005.
  3. «Inglês, Carlos Aboim, 1930-2002». PORBASE. Consultado em 17 de junho de 2010

Bibliografia

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