Castor-europeu

O Castor fiber, comummente conhecido como castor-europeu[2], é uma espécie de castor, difundida pela Eurásia, onde foi caçado até ao limiar da extinção. Todavia, têm havido vários projetos ambientais europeus recentes que foram criados com o escopo de evitar a sua extinção.[1]

Castor-europeu

Estado de conservação
Espécie pouco preocupante
Pouco preocupante (IUCN 3.1) [1]
Classificação científica
Reino: Animalia
Filo: Chordata
Classe: Mammalia
Ordem: Rodentia
Família: Castoridae
Género: Castor
Espécie: C. fiber
Nome binomial
Castor fiber
Linnaeus, 1758
Distribuição geográfica

Etimologia

No que toca ao nome científico:

Descrição

No que toca às suas dimensões, pode medir entre 73 a 135 centímetros de comprimento e pesar entre 13 e 35 quilos. [5]

Caracteriza-se pela pelagem de duas camadas.[6] A primeira, também dita camada interior, é mais fofa e densa e assume uma coloração castanha mais pardacenta ou acinzentada.[5][6] A segunda camada, também dita a camada exterior, ostenta pêlos cerdosos e compridos, de coloração castanha, mas com matizes arruivados.[6] Os espécimes que habitam em territórios mais a Norte do continente tendem a ostentar uma pelagem mais escura.[6]

Os castores europeus contam, ainda, com duas glândulas de almíscar - comummente designado castóreo - junto à cavidade cloacal. Servem-se destes dois órgãos para marcar o território. [7]

Têm, também, focinhos curtos, orelhas pequenas e pernas atarracadas.[7] Tanto as orelhas como as narinas são valvulares e os olhos contam com membranas nictantes, para os ajudar, quando mergulham.[7]

Caracterizam-se, ainda, pela cauda glabra, por vezes até escamosa, de coloração negra, formato achatado e oval, a qual pode orçar até metro e meio de comprimento.[7]

Têm patas de 5 dígitos, que se matizam entre o castanho-escuro e o preto.[5] As patas traseiras têm membranas interdigitais.[5]

Distribuição geográfica

Distribuem-se desde a Noruega até a Rússia, habitando nas áreas mais húmidas das florestas temperadas, principalmente perto de rios, lagos e córregos.[8]

Podem ser encontrados nos seguintes países: Noruega, Suécia, Finlândia, Dinamarca, Alemanha, Polónia, Lituânia, Estónia, Letónia, Bielorrússia e Rússia.[8]

Dieta e hábitos

Os castores são herbívoros folívoros e lignivoros, alimentando-se, por conseguinte, de folhas e vegetação lenhosa, especialmente nos meses de Inverno.[9] Dão primazia aos galhos de salgueiro, vidoeiro e choupo, com diâmetros inferiores a 10 centímetros.[9] Acumulam e armazenam estes ramos e galhos, na água, durante os meses de Outono.[9]

Tal como o castor-americano, os castores-europeus constroem diques em córregos e regatos.[8]

História

Mercê da sua pelagem, altamente cobiçada no mercado das peles, do castóreo, almíscar que durante o séc. XIX se acreditava possuir propriedades medicinais, viu-se vitima de sobre-caça.[9] Por torno do séc. XX, estimava-se que só haveria cerca de 1.300 castores-europeus em estado selvagem. [9]

Graças a esforços concertados pelas nações europeias, com vista ao restabelecimento das populações de castores-europeus, hoje em dia há comunidades em França, na Alemanha, na Polónia, no Sul da Escandinávia e na Rússia Central, pese embora sejam ainda pequenas e dispersas.[9]

Referências

  1. Batbold, J., Batsaikhan, N., Shar, S., Hutterer, R., Kryštufek, B., Yigit, N., Mitsainas, G. & Palomo, L. (2021). Castor fiber (em inglês). IUCN 2021. Lista Vermelha de Espécies Ameaçadas da IUCN. 2021: e.T4007A197499749. doi:10.2305/IUCN.UK.2021-1.RLTS.T4007A197499749.en Página visitada em 28 de outubro de 2021.
  2. Infopédia. «castor-europeu | Dicionário Infopédia da Língua Portuguesa». infopedia.pt - Porto Editora. Consultado em 6 de outubro de 2022
  3. «Castor - ONLINE LATIN DICTIONARY - Latin - English». www.online-latin-dictionary.com. Consultado em 6 de outubro de 2022
  4. «fĭbĕr - ONLINE LATIN DICTIONARY - Latin - English». www.online-latin-dictionary.com. Consultado em 6 de outubro de 2022
  5. Muller-Schwarze, Dietland (2011). The Beaver : Its Life and Impact. 2. ed ed. Ithaca: Comstock Pub. Associates. OCLC 792934969
  6. Ronald, H. P. (19 de fevereiro de 1993). «Nowak, R. M. 1991. WALKER'S MAMMALS OF THE WORLD. Johns Hopkins University Press, Baltimore, Maryland, 5th ed., 1: i-xlviii + 1-642 + xlix-lxiii and 2: i-xiii + 643-1629 pp. ISBN 0-8018-3970-X. Price (hardbound)». Journal of Mammalogy (1): 236–238. ISSN 1545-1542. doi:10.2307/1381927. Consultado em 6 de outubro de 2022
  7. Langer, P. (novembro de 2005). «Book review». Mammalian Biology (em inglês) (6). 390 páginas. doi:10.1016/j.mambio.2004.11.008. Consultado em 6 de outubro de 2022
  8. Holden, Josh. «Castor fiber (Eurasian beaver)». Animal Diversity Web (em inglês). Consultado em 6 de outubro de 2022
  9. Long, John L. (2003). Introduced mammals of the world : their history, distribution, and influence. Wallingford, Oxon, UK: CABI Pub. ISBN 0643067140. OCLC 52203160
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