Melancia
Melancia (Citrullus lanatus) é uma planta da família Cucurbitaceae e também o nome do seu fruto. Trata-se de uma trepadeira rastejante originária da África.
| Melancia | |||||||||||||||
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| Classificação científica | |||||||||||||||
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| Nome binomial | |||||||||||||||
| Citrullus lanatus (Thunb.) Matsum. & Nakai | |||||||||||||||
| Distribuição geográfica | |||||||||||||||
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Origem
Originária das regiões secas, tem um centro de diversificação secundário no sul da Ásia. A domesticação ocorreu na África Central, onde a melancia é cultivada há mais de 5000 anos. No Egito e no oriente médio é cultivada há mais de 4000 anos.[1] Na China, a cultura foi introduzida por volta do século X; na Europa, por volta do século XIII; e na América, no século XVI.[2] Foi trazida para o Brasil por negros de origem Banto e Sudanesa no processo de escravidão.[3]
O termo arcaico do português para se referir à fruta é "balancia" ou "belancia".[4]
Características
A planta é rasteira e anual com folhas triangulares e trilobuladas e flores pequenas e amareladas, gerando um fruto arredondado ou alongado, de polpa vermelha, suculenta e doce, com alto teor de água (cerca de 92%) e diâmetro variável entre 25 e 140 cm. A casca é verde e lustrosa, apresentando estrias escuras.
O número do cromossomo é 2n = 22.[5]
A maioria das variedades tem polpa vermelha, mas há também variedades verdes, laranjas, amarelas e brancas e espécies terrestres. As sementes variam em cor (preto, castanho, vermelho, verde, branco), forma e tamanho; as características podem ser usadas para identificar as variedades.
Valor nutricional
A composição das melancias varia naturalmente, dependendo tanto da variedade e das condições ambientais (solo, clima) como da técnica de cultivo (fertilização, pesticida).
Dados por porção comestível de 100 g:[6]
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O valor energético é de 152 kJ (=36 kcal) por 100 g de porção comestível.
Produção mundial
| País | Produção em 2018 (toneladas anuais) |
|---|---|
| 62.803.768 | |
| 4.113.711 | |
| 4.031.174 | |
| 2.520.000 | |
| 2.240.796 | |
| 2.095.757 | |
| 1.969.954 | |
| 1.836.959 | |
| 1.771.051 | |
| 1.483.255 | |
| 1.472.459 | |
| 1.248.613 | |
| 1.200.104 | |
| 1.092.401 | |
| Fonte: Food and Agriculture Organization[7] | |
Produção no Brasil
Em 2018, o Brasil produziu 2,2 milhões de toneladas de melancia, sendo o 5º maior produtor do mundo.[8] O estado que mais produz é o Rio Grande do Sul (283 mil toneladas), onde o município de Cacequi é conhecido como Capital da Melancia. A maior região produtora de melancia é o Nordeste, que somou 545 mil toneladas em 2016, onde os principais produtores são Bahia e Rio Grande do Norte. O Sul aparece na segunda colocação, com 458 mil toneladas. A Região Norte é a 3ª maior produtora, com 426 mil toneladas, seguida de Centro-oeste e Sudeste, que, juntos produzem 660 mil toneladas. Em 2017, o país exportou quase 74 mil toneladas, no valor de US$ 36 milhões, principalmente para a União Européia.[9]
Alergia
Por conter o aminoácido citrulina, deve ser evitado por pessoas que apresentam alergia a esse aminoácido.Também podem ocorrer uma série de problemas gástricos e diuréticos causando a hipertensão aguda, chamada fase de feijão.
Galeria
Referências
- Ancient Egyptians feasted on watermelons, too, according to find in ancient tomb por Elizabeth Pennisi (2019)
- http://www.dalmeida.com/hortnet/Melancia.pdf
- «Obtido em 19 de Agosto de 2009» 🔗. fesbe.org.br. Consultado em 5 de maio de 2019. Arquivado do original em 25 de outubro de 2007
- Editores do Aulete (2007). «Verbete «melancia»». Dicionário Caldas Aulete. Consultado em 3 de março de 2014[ligação inativa]
- Lewis, Walter H.; Suda, Yutaka; MacBryde, Bruce (1967). «Chromosome Numbers of Claytonia virginica in the St. Louis, Missouri Area». Annals of the Missouri Botanical Garden. 54 (2). 147 páginas. ISSN 0026-6493. doi:10.2307/2395000
- Fachmann, W.; Kraut, H.; Senser, Friedrich.; Souci, S. W. (2009). Lebensmitteltabelle für die Praxis : der kleine Souci-Fachmann-Kraut 4. Aufl ed. Stuttgart: Wiss. Verl.-Ges. ISBN 978-3-8047-2541-6. OCLC 551921971
- fao.org (FAOSTAT). «Watermelon production in 2018, Crops/World regions/Production quantity (from pick lists)». Consultado em 29 de agosto de 2020
- «Agricultura do Brasil em 2019, pela FAO». FAO. Consultado em 1 de março de 2021
- Anuário Brasileiro da Fruticultura 2018, página 75









