Comunidade terapêutica

Comunidade terapêutica (CT) é uma abordagem clínica de caráter coletivo, predominantemente utilizada no tratamento da drogadição.

No Brasil, tem sido proeminente o modelo espiritual-religioso, principalmente de orientação evangélica. O estatuto institucional das comunidades no sistema de saúde brasileiro é objeto de polêmicas frequentes. Denúncias de abusos e exploração do trabalho no interior das comunidades são recorrentes na mídia.[1][2]

História

Origem

As comunidades terapêuticas se originam no contexto anglofóno durante a década de 1950, visando tratamento de neuroses nos ingleses que serviram na Segunda Guerra Mundial. A metolodogia foi significativamente elaborada pelo psiquiatra do exécrito inglês Maxwell Jones. O tratamento envolveria atividades educativas, teatrais e de discussão, desenvolvidas num ambiente coletivo e colaborativo. Posteriormente, a abordagem foi sendo expandida para o tratamento de outras patologias, especialmente a drogadição.[3]

Expansão

A partir da consolidação e expansão da abordagem, a defesa de seu valor se centrou na ideia de que constituia uma alternativa ao confinamento manicomial. No entando, desde o momento inicial, já haviam criticas quanto ao seu caráter alternativo, com psicólogos apontando que tal metolodogia facilmente se confundia com o manicômio, adotando inúmeras práticas similares.[3]

Na década de 1980, desenvolveram-se dois modelos de CT - Modelo de Minnesota e o Modelo Synanon.[4]

No Brasil

Destaca-se no país o foco no tratamento da drogadição, estabelecendo comunidades principalmente em propriedades de zonas rurais, onde ficam confinados os pacientes. São utilizados diversos modelos de organização das comunidades, prevalecendo, por vezes, o caráter religioso-espiritual, e, em outros, cotidianos voltados ao trabalho.[4]

Referências

  1. «Adolescentes denunciam tortura e mostram marcas de violência em comunidade terapêutica evangélica». Agência pública. 30 de outubro de 2020. Consultado em 22 de março de 2023
  2. «Entidades cristãs receberam quase 70% da verba federal para comunidades terapêuticas no primeiro ano de governo Bolsonaro». Agência pública. 27 de julho de 2020. Consultado em 22 de março de 2023
  3. Damas 2013, p. 3.
  4. Damas 2013, p. 4.

Bibliografia

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