Cunhagem

Cunhagem é o processo pelo qual as moedas passam para serem gravadas. Consiste em promover a estampagem de um desenho em uma ou ambas as faces de uma moeda, utilizando para tanto um cunho.

 Nota: Se procura o termo Cunhagem relativo à Psicologia, veja Cunhagem (psicologia).
Cunhagem manual.

Em Economia, "cunhagem" geralmente se refere ao custo total da produção da moeda metálica, geralmente a cargo das autoridades governamentais e de países com reservas disponíveis para tal. A palavra estrangeira seignorage (francês arcaico, referente ao moderno Seigneuriage), que significa em português "vantagem da cunhagem", faz referência à diferença [positiva] entre o valor de uma moeda e o custo de produzi-la,[1] e pode ser usada como analogia moderna em relação à posição dos Estados Unidos como emissor do dólar americano, moeda-padrão usada nos negócios internacionais.

História da cunhagem

A história da cunhagem de moedas está muito ligada com a evolução dos métodos produtivos e das técnicas de metalurgia.

Esquema da prensa de balancim.

No início, as moedas eram cunhadas de forma artesanal. Para realizar a operação, o desenho a ser utilizado era gravado de forma "espelhada", em baixo relevo, em uma bigorna. Em seguida, o disco de metal, previamente aquecido, era pressionado sobre esta gravação com o auxilio de um punção, onde se aplicava a pressão necessária com um martelo, transferindo assim o desenho do cunho para o metal. Este processo produzia moedas com um desenho gravado em apenas uma das faces.

Num segundo momento, o punção onde se aplicava a pressão foi substituído por outro cunho (este, móvel; e gravado, como o cunho fixo). Este novo processo permitiu a cunhagem de moedas com gravações nas duas faces.

Este processo necessitava, porém, da força humana, o que tornava a produção de moedas uma atividade lenta.

Posteriormente, este processo foi melhorado com a introdução do balancim (século XVI), um tipo de prensa em que é possível fazer um esforço menor e produzir, no entanto, uma pressão maior e mais uniforme nos cunhos.

Já durante a Revolução Industrial, a cunhagem foi aprimorada com a introdução de prensas a vapor, e, posteriormente, prensas elétricas.

Ver também

Referências

  1. A CONTRA-REVOLUÇÃO MONETARISTA, René Villarreal, Editora Record, 1984, Rio de Janeiro, pg.39

Ligações externas

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