Cybistax antisyphilitica

Ipê-verde (Cybistax antisyphilitica) é uma árvore nativa do Brasil, não endêmica.[5][6]

Cybistax antisyphilitica

Classificação científica
Reino: Plantae
Divisão: Magnoliophyta
Classe: Magnoliopsida
Subclasse: Magnoliidae
Superordem: Asteranae
Ordem: Lamiales
Família: Bignoniaceae
Gênero: Cybistax
Espécie: C. antysiphilitica[1][2][3][4]
Nome binomial
Cybistax antysiphilitica
(Mart.) Mart.
Sinónimos
  • Bignonia antisyphilitica Mart.
  • Bignonia quinquefolia Vell.
  • Bignonia rivularis DC.
  • Cybistax quinquefolia (Vell.) J.F.Macbr.
  • Cybistax tinctoria (Spruce) Tittel
  • Yangua tinctoria Spruce

Também é conhecida popularmente no Brasil pelos nomes: caroba-de-flor-verde, caroba-do-campo, carobinha verde, cinco-chagas, fava-de-aranha, ipê-de-flor-verde, ipê-mandioca, ipê-mirim, ipê-pardo, pau-de-mulato; no Peru: espeguilla, llangua, llangua colorado, orcco-huoranhuay, yangua, yangua caspi, yangua tinctoria; e no Paraguai pelo nome de taiiy hoby.[7]

Características

Uma árvore que atinge de 6 até 18 metros de altura.

Seu tronco tem de 30 a 40 centímetros de diâmetro, de uma casca espessa, escura e fendida longitudinalmente.

Suas folhas são compostas por 5 folíolos dispostos na extremidade da haste de sustentação, de 15 a 20 centímetros de comprimento. Saem todos de um mesmo ponto, abrindo-se como dedos em uma mão. Cada folíolo, oval, mede 7 a 18 centímetros.

As flores são verde claras e em formato tubular, de 7 centímetros de comprimento, aparentemente cobertas de pó, dotadas de pelos quase invisíveis em seu interior, protegidas por um conjunto de sépalas brancas, finas e plissadas, de 16 milímetros de comprimento e reunidas em curtos cachos.

O fruto é elíptico e alongado, do tipo cápsula seca, que se abre espontaneamente quando maduro, de até 25 centímetros de comprimento por 5 centímetros de largura e 2,5 centímetros de espessura, marcado com 12 estrias longitudinais, dotado de uma divisória em seu interior, onde se alojam inúmeras sementes.

As sementes são aladas, de núcleo coberto por pequenas estrias e circundado por tecido tênue e transparente, de 2,5 centímetros de comprimento, por 4 a centímetros de largura.

A floração ocorre em mais de uma época do ano, mas com maior intensidade entre os meses de dezembro e março. Os frutos amadurecem no período maio-outubro.[5][6]

Usos

É usada no paisagismo pelo porte da forma incomum da copa, principalmente para a arborização de ruas estreitas. Também é uma planta pioneira indicada para reflorestamento de áreas de preservação permanente.[5]

As folhas tem uso medicinal, auxiliando no tratamento de úlceras. Como sugere seu nome científico, tem como principal uso o combate à sífilis, cujas partes utilizadas para os preparos são a casca e ramos jovens.[6]

Distribuição geográfica

Cybistax antisyphilitica ocorre nas regiões Norte nos estados Pará e Tocantins; Nordeste nos estados Bahia, Ceará, Maranhão e Piauí; centro-oeste; sudeste e sul nos biomas de Amazônia, Caatinga, Cerrado, Mata Atlântica e Pantanal em vegetações do tipo Floresta Estacional Semidecidual, Floresta Ombrófila.[3] Também ocorre na Argentina, Bolívia, Colômbia e Equador.[4]

Galeria

Referências

  1. «Missouri Botanical Garden». Tropicos.org. Consultado em 6 de julho de 2017
  2. «The Plant List (2013). Version 1.1». Consultado em 6 de julho de 2017
  3. Lohmann, L.G. «Cybistax». Flora do Brasil 2020 em construção. Jardim Botânico do Rio de Janeiro
  4. Tamashiro, Jorge Yoshio (2012). Árvores do campus da Unicamp: nativas do Brasil. [S.l.]: Campinas, SP: Editora da Unicamp. pp. 32 e 33. ISBN 978-85-268-0995-6
  5. «Ipê-verde». Um pé de quê?
  6. «Ipê Verde - Cybistax antisyphilitica». Natureza Bela. 27 de fevereiro de 2018
  7. «Cybistax antisyphilitica (Mart.) Mart.». Flora do Brasil 2020
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