Império Nanda

O Império Nanda foi um antigo estado indiano efémero, mas poderoso e extenso, governado pela dinastia homônima, com origem em Mágada, que existiu entre 345 a.C. e 321 a.C.. Na sua maior extensão os seus territórios estendiam-se desde a região do Panjabe, a ocidente, até Bengala, a oriente, ocupando toda a planície indo-gangética. Na parte central do subcontinente indiano, estendia-se até à cordilheira de Víndia.

Império Nanda

Dinastia Nanda

345 a.C.321 a.C. 

Mapa do Império Nanda na época da sua maior extensão, c.325 a.C., durante o reinado de Dana Nanda
Coordenadas de Pataliputra   25° 36' 40" N 85° 8' 38" E
Continente Ásia
Região Subcontinente indianoplanície indo-gangética
Capital Pataliputra
Países atuais  Bangladesh
 Índia
Nepal

Línguas línguas índicas antigas, como o magádi e outros prácritos;
sânscrito
Religiões hinduísmo (bramanismo)
budismo
jainismo

Forma de governo monarquia
Rei
 345–329 a.C.  Maapadema Nanda
 c. 329–321 a.C.  Dana Nanda

Período histórico Antiguidade
 345 a.C.  Fundação
 321 a.C.  conquista por Chandragupta Máuria

Estabelecimento da dinastia

A dinastia Nanda foi fundada por Maapadema Nanda, um filho ilegítimo do rei Maanandim, o último da dinastia de Xixunaga de Mágada.

Alguns autores aceitam que Maapadema teria sido filho de uma mãe sudra e alguns acreditam até que nem mesmo seu pai teria pertencido à realeza, enquanto outros dizem que estas alegações não são mais que a difamações dos xátrias posteriores. De qualquer forma é certo que esta dinastia foi a primeira de origem não xátria no norte da Índia.

Maapadema morreu aos 88 anos e portanto governou a maior parte do período dinástico que, segundo os Puranas durou apenas 100 anos[carece de fontes?] e foi sucedida pelo Império Máuria.

O Império Nanda

Atribui-se ao primeiro rei Nanda a destruição dos xátrias que eram o povo imperial, além da conquista dos Ikshvakus, Panchalas, Kasis, Harhayas, Kalingas, Asmakas, Kurus, Maithilas, Surasenas, Vitihotras, entre outros, na ampliação de seus domínios até o do Decão.

Mercê de um sistema tributário rígido e uma administração organizada, o tesouro do Império Nanda cresceu continuamente e alguns grandes projetos de interesses geral foram executados, como, por exemplo, a construção de canais de irrigação constituindo-se no primeiro grande império baseado numa economia essencialmente agrária.

Alguns autores também referem-se à dinastia Nanda como a construtora do império antigo da Índia baseando-se no fato da grande ampliação dos domínios do Reino de Mágada que, no seu apogeu, contava com uma notável força bélica composta por cerca de 3 000 elefantes, 2 000 arqueiros, 20 000 cavaleiros e 200 000 infantes.

Esta força, entretanto, jamais se deparou com Alexandre Magno que na mesma época cessou no Panjabe a sua invasão do Norte da Índia. Aliás, alguns autores apontam justamente o reconhecimento da força bélica de Mágada como fator da decisão de Alexandre dar por finda a sua campanha.

Queda

A dinastia terminou com o reinado de Dana Nanda, mencionado nas fontes gregas com o nome de Agrames ou Xandrames. Plutarco nos relata que este rei era extremamente cruel e perverso com o seu povo, que teria sido este o fator que possibilitou sua derrota pelo imperador maúria Chandragupta.

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