Dynastinae
A Dynastinae é uma subfamília de besouros da família Scarabaeidae, conhecidos como besouro-rinoceronte, besouro-elefante, besouro-de-chifre e besouro-unicórnio, entre outros nomes, que também são utilizados para outras espécies de escaravelhos[1]. São cerca de 1500 espécies de 220 gêneros distribuídos em todo o mundo, com maioria das espécies nativa nas américas.[1]
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| Classificação científica | |||||||||||||||||||
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| Géneros | |||||||||||||||||||
Entre as espécies mais famosas deste grupo estão o besouro-hércules-verdadeiro (Dynastes hercules), besouro-atlas-verdadeiro (Chalcosoma atlas), besouro-elefante-verdadeiro (Megasoma elephas) e o besouro-rinoceronte-japonês ou kabuto (Allomyrina dichotoma). Outros exemplos são o "besouro-preto-chifrudo" (Enema pan), bastante comum em algumas regiões do Brasil, além do besouro-boi (Strategus aloeus), besouro-hércules-do-leste (Dynastes tityus), besouro-rinoceronte-asiático (Xylotrupes ulysses) e besouro-rinoceronte-europeu (Oryctes nasicornis).
Caracterização

Os Dynastinae em geral têm o corpo robusto e podem medir de 4 milímetros a 16 centímentros, com algumas espécies entre os maiores de besouros do mundo.[1] As cores geralmente são preta ou marrom claro, escuro ou avermelhado.[1]
Mas a característica mais marcante do grupo são os chifres grandes exibidos pelos machos.[1] O que ocorre em muitas espécies de Dynastinae, mas não em todas.[1] Nessas espécies, os chifres proporcionados pelo dimorfismo sexual dos machos são utilizados na luta contra outros machos durante a época de acasalamento e para escavar. O tamanho do chifre é um bom indicador de nutrição e saúde física.[2]
Algumas espécies têm alegadamente levantado até 850 vezes o seu próprio peso.[3] Assim, se os humanos fossem tão fortes quanto este besouro, poderiam erguer 15 elefantes - um peso equivalente a 60 toneladas.
Hábitos
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A maioria das espécies é benéfica, com larvas que consomem a matéria orgânica e funcionando como recicladores de nutrientes nos ecossistemas.[1] Algumas poucas espécies são consideradas pragas agrícolas,[1] como Oryctes rhinoceros e Cyclocephala. Outras, são utilizadas como animais de estimação exóticos, como os besouros-hércules.[4] Certas espécies são consideradas ainda alimentos por populações tradicionais, especialmente as larvas.
Vivem cerca de 2 a 10 meses, mas algumas espécies podem chegar até dois anos de vida, a exemplo de Dynastes tytius.[4]
Adultos da maioria das espécies têm hábitos noturnos ou crespúsculares, sendo atraídos facilmente por luzes artificiais durante a noite.[1]
Alimentação
Dependendo da espécie, os adultos se alimentam de folhas, seiva de árvores, frutas, pólen e flores.[1] Já as larvas podem ser herbívoras, se alimentando de raízes, troncos, sementes ou decompositoras, se alimentando de troncos podres e outros tipos de matéria orgânica vegetal em decomposição.[1]
Larva de besouro Dynastinae, com alimentação de matéria orgânica vegetal em decomposição.
Larva gigante de besouro-hercules, um dos maiores insetos do mundo.
Dinastíneo adulto, se alimentando de fruta.
Diversidade de espécies
Abaixo é apresentada uma amostra da diversidade de escaravelhos Dynastinae, com o nome do gênero ou espécie :
Cyclocephala sp.: gênero presente no Brasil
Phileurus truncatus
Enema pan: espécie presente no Brasil
Xylotrupes socrates
Aegopsis sp.
Strategus antaeus
Golofa aegeon
Megasoma elephas
Dynastes grantii
Chalcosoma atlas
Dynastes hercules
Peltonotus
Classificação
Alguns cientistas consideram este grupo não como uma subfamília, mas sim como uma familia de besouros.[1]
Abaixo seguem os principais gêneros e algumas espécies represetantivas de Dynastinae:
Agaocephalini Burmeister, 1847 (em disputa)
- Aegopsis
- Agaocephala
Cyclocephalini Laporte, 1840
- Cyclocephala
Dynastini MacLeay, 1819
- Allomyrina Arrow, 1911 (inclui Trypoxylus)
- Allomyrina dichotoma – Besouro-rinoceronte-japonês
- Chalcosoma Hope, 1837
- Chalcosoma atlas – Atlas beetle
- Chalcosoma moellenkampi - Besouro Moellenkampi
- Chalcosoma caucasus - Besouro-do-cáucaso
- Dynastes Kirby, 1825
- Dynastes hercules - Besouro-hércules-verdadeiro
- Eupatorus Burmeister, 1847
- Eupatorus gracilicornis - Besouro-rinoceronte-de-cinco-chifres
- Eupatorus siamensis - Besouro Eupatorus
- Megasoma Kirby, 1825
- Megasoma mars
- Xylotrupes Hope, 1837
- Xylotrupes gideon - Besouro-rinoceronte-siamês
- Xylotrupes ulysses
Hexodontini (em disputa)
- Hexodon
- Hyboschema
Oryctini Mulsant, 1842
- Coelosis Hope, 1837
- Coelosis bicornis
- Coelosis biloba
- Coelosis bourgini
- Coelosis denticornis
- Coelosis hippocrates
- Coelosis inermis
- Coelosis sylvanus
- Coelosis wayuorum[5]
- Enema Hope,1837
- Enema pan - Besouro-preto-chifrudo
- Heterogomphus Burmeister, 1847
- Megaceras Hope, 1837
- Megaceras briansaltini
- Oryctes Illiger, 1798
- Oryctes nasicornis – Besouro-rinoceronte-europeu
- Oryctes rhinoceros – Besouro-rinoceronte-asiático
- Strategus Hope, 1837
- Strategus aloeus – Besouro-boi
- Trichogomphus Burmeister, 1847
Oryctoderini
- Chalcocrates
- Oryctoderus
Pentodontini Mulsant, 1842
- Bothynus Hope, 1837
- Pentodon Hope, 1837
- Pericoptus Burmeister, 1847
- Thronistes Burmeister, 1847
- Tomarus Erichson, 1847
Phileurini Burmeister, 1847
- Homophileurus Kolbe, 1910
- Phileurus Latreille, 1807
Referências
- Alvarez & Amat, Hector (2010). «Synopsis and key to the genera of Dynastinae (Coleoptera, Scarabaeoidea, Scarabaeidae) of Colombia» (PDF). ZooKeys 34: 153–192 (2010). Consultado em 5 de janeiro de 2019
- «Why horn size matters when picking a mate». New Scientist
- Rodger Kram: Inexpensive Load Carrying By Rhinoceros Beetles. The Journal of Experimental Biology 199, 609–612 (1996)
- KRELL & KRELL, Frank-Thorsten (2015). «Longevity of the Western Hercules Beetle, Dynastes grantii Horn (Coleoptera: Scarabaeidae: Dynastinae)». The Coleopterists Bulletin 69(4):760-760 . Consultado em 5 de janeiro de 2018.
- «Description of a new species of Coelosis Hope from Guajira Peninsula, northern Colombia». Zookeys. Consultado em 3 de abril de 2018
