EN-100

A Estrada Nacional nº 100, mais conhecida pelo seu prefixo EN-100, é uma rodovia do tipo longitudinal angolana, que atravessa o país de norte a sul. Segundo as disposições do plano nacional rodoviário, liga a comuna de Massabi, na província de Cabinda, ao posto administrativo da foz do rio Cunene no Parque Nacional do Iona, na província do Namibe.[1]

Estrada Nacional nº 100
Angola
EN-100
EN-100, nas proximidades da ponte sobre o rio Cuanza, em 2008.
Identificador  EN-100 
Tipo Rodovia estatal
Inauguração Século XV
Extensão 1858,00 km
Orientação Norte a Sul
Extremos
 • Norte:
 • Sul:

Massabi (Cabinda)
Posto administrativo da foz do rio Cunene no Parque Nacional do Iona (Namibe)
Cruzamentos Rio Congo
Rodovia N11 (Congo-Quinxassa)

É a maior e mais importante rodovia angolana, com 1858 km de extensão, atravessando as mais ricas e povoadas áreas do território nacional, sendo pelo menos cinco capitais provinciais, a saber: Cabinda,[2] Luanda, Sumbe, Benguela[3] e Moçâmedes.[4] Dá acesso a todos os grandes portos da nação (Luanda, Lobito, Namibe, Soio, Porto Amboim e Cabinda), ainda servindo de conexão aos caminhos de ferro de Benguela, Luanda e Moçâmedes.

Uma das mais antigas estradas do país, seu primeiro trecho aberto, ainda no século XV, foi possivelmente entre Luanda, Ambriz e Soio, servindo como caminho de passagem de animais.[5] Depois o Império Português preocupou-se em ligá-la à Benguela, a partir do século XVI, por fim chegando ao Moçâmedes e ao deserto da Namíbia, no século XIX.

Não é pavimentada em toda a sua extensão. Grande parte do seu percurso ainda encontra-se com problemas herdados da Guerra Civil Angolana e da Guerra de Independência de Angola, como pavimentação asfáltica precária, pontes deterioradas e falta de sinalização. Outra questão que colabora para o seu atual estágio de degradação é o intenso fluxo veicular e volume de carga transportado.[4]

Conexões

No Soio a rodovia desconexa com sua seção norte, em virtude de barreiras geográficas impostas pelo rio Congo.[6] A travessia de balsa é feita do porto do Soio até o porto de Banana, na margem oposta do rio Congo, na cidade de Muanda (Congo-Quinxassa). Ali a EN-100 torna-se a rodovia quinxassa-congolesa N11, seguindo até a vila de Ndunji, que faz fonteira com a vila angolana de Iema, onde torna-se novamente EN-100. De lá segue até a comuna de Massabi, na fronteira com a cidade de Fouta, no Congo-Brazavile, tornando-se a rodovia RN 4.

Já no sul, após o posto administrativo da foz do rio Cunene no Parque Nacional do Iona, a rodovia liga-se com a uma rede de estradas na Namíbia que cortam o deserto da Namíbia.

Referências

  1. Estudo sobre o estado das rodovias de Angola. República de Angola - Ministério dos Transportes. 2018
  2. Porto do Caio condiciona obra em estradas em Cabinda. Portal Angop. 22 de maio de 2018.
  3. Estrada Benguela-Luanda será alargada até Agosto. AngoNotícas. 11 de fevereiro de 2017.
  4. Conclusão de duas estradas na província angolana do Namibe em concurso por 130 MEuro. DN Português. 22 de agosto de 2018.
  5. Ferreira, Roquinaldo. The conquest of Ambriz: Colonial expansion and imperial competition in Central Africa. Luanda: Mulemba - Revista Angolana de Ciências Sociais, 2015. p. 221-242.
  6. Troço Soyo-Nzeto pode encerrar. Jornal de Angola. 1 de janeiro de 2016.
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