Eduardo Schwalbach Lucci

Eduardo Frederico Schwalbach Lucci (Sacramento, Lisboa, 18 de maio de 1860Lapa, Lisboa, 8 de dezembro de 1946)[1][2] foi um jornalista e escritor português.

Eduardo Schwalbach
Nome completo Eduardo Frederico Schwalbach Lucci
Nascimento 18 de maio de 1860
Sacramento, Lisboa, Reino de Portugal Portugal
Morte 8 de dezembro de 1946 (86 anos)
Lapa, Lisboa, Portugal Portugal
Nacionalidade Portugal Português
Progenitores Mãe: Maria Clara Schwalbach
Pai: Manuel João Lucci
Cônjuge Mariana do Resgate de Lancastre
Maria Júlia da Assunção de Lancastre
Ocupação Escritor, dramaturgo e jornalista
Magnum opus Fogo sagrado: peça em 3 actos
Assinatura

Biografia

Eduardo era filho de Manuel João Lucci, um comerciante natural de Lisboa, de origem italiana e maltesa, e de sua mulher, Maria Clara Schwalbach, natural do Porto, de origem luso-alemã. Era neto paterno de Rafael Lucci e de sua mulher, Maria das Dores, materno de João Schwalbach, 1.º Visconde de Setúbal e 1.º Barão de Setúbal e de sua mulher, Antónia de Morais e Castro.[3]

Feito o curso de cavalaria saiu alferes em 1880, mas poucos anos depois deu a sua demissão de oficial do exército para se dedicar ao jornalismo, destacando-se como diretor da Revista do Conservatório Real de Lisboa[4] (1902). Colaborou igualmente na revista Brasil-Portugal[5] (1899-1914) e no Boletim do Sindicato Nacional dos Jornalistas[6] (1941-1945), além de outros jornais e revistas. Escreveu inúmeras peças de todos os géneros. Depois da sua estreia com o Intimo, comédia-drama em 3 atos (1892), fez representar sempre com êxito, entre outras: Anastacia & Cia; O Filho da Carolina; Os Pimentas; A Bisbilhoteira, Comédias: Santa Umbelina; A cruz da Esmola e Postiços, Comédias-dramas: Os filhos do capitão-mór; O João das Velhas e o chico das Pêgas, operetas: Retalhos de Lisboa; O Reino da Bolha, Formigas e Formigueiros; Agulhas e alfinetes; O barril do lixo, revistas, etc.

A 25 de março de 1944, foi agraciado com o grau de Grande-Oficial da Ordem Militar de Sant'Iago da Espada.[7]

Foi deputado, inspetor do Conservatório de Lisboa, conservador da Biblioteca Nacional e redator da câmara dos Pares, cargos que deixou após a proclamação da República, à exceção do último, em que foi aposentado. Depois dedicou-se em dirigir exclusivamente o Teatro Apolo, em Lisboa. Tem hoje uma placa comemorativa a si dedicada no prédio onde faleceu, na Calçada da Estrela, número 183. Encontra-se sepultado no Cemitério dos Prazeres, em jazigo de família.[2]

Família e descendência

Casou ainda jovem, aos 20 anos, a 17 de julho de 1880, na Igreja Paroquial de São Mamede, em Lisboa, com D. Mariana do Resgate de Lancastre (Benfica, Lisboa, 11 de agosto de 1856 - Encarnação, Lisboa, 4 de dezembro de 1884), filha do 4.º Conde da Lousã, D. João José de Lancastre Basto Baharem e de sua mulher, D. Carlota Inness[8]. Deste casamento teve um filho:

  • Carlos Frederico de Lancastre Schwalbach Lucci (Encarnação, Lisboa, 16 de outubro de 1884 - Santa Isabel, Lisboa, 29 de agosto de 1970), que casou com Isabel Maria Kluft Lopes da Silva, com geração;[9]

Casou, no estado de viúvo, em segundas núpcias, aos 24 anos, a 3 de fevereiro de 1885, na Igreja Paroquial de Santos-o-Velho, em Lisboa, com uma irmã da sua falecida esposa, D. Maria Júlia da Assunção de Lancastre (Encarnação, Lisboa, 15 de agosto de 1861 - Lapa, Lisboa, 3 de janeiro de 1945)[10], de quem teve dois filhos:

  • Luís Filipe de Lancastre Schwalbach Lucci (Santa Isabel, Lisboa, 28 de abril de 1888 - ?), professor, escritor e geógrafo, que casou com Maria do Carmo Rodrigues Rocha, sem geração;[10]
  • António Maria de Lancastre Schwalbach Lucci (Mercês, Lisboa, 21 de março de 1898 - Cabeço de Montachique, 22 de junho de 1919), solteiro e sem geração.[11]

Obras

  • A Mulher Portugueza[12]
  • À lareira do passado: memórias[13]
  • Fogo Sagrado[14]
  • Revista do Conservatório Real de Lisboa[15]
  • A Sr.ª Ministra: comédia em 3 actos[16]

Jornais

  • Occidente (Chronica occidental)[17]

Referências

  1. «Auto da Barriga: farsa-revista em dois actos». Consultado em 31 de Janeiro de 2012
  2. «PT-TT-RC-CRCLSB5-003-00117_m0001.tif - Livro de registo de óbitos - Arquivo Nacional da Torre do Tombo - DigitArq». digitarq.arquivos.pt. Consultado em 31 de janeiro de 2021
  3. «PT-ADLSB-PRQ-PLSB27-001-B15_m0490.TIF - Livro de registo de baptismos - Arquivo Nacional da Torre do Tombo - DigitArq». digitarq.arquivos.pt. Consultado em 31 de janeiro de 2021
  4. Helena Roldão (7 de novembro de 2014). «Ficha histórica:Revista do Conservatório Real de Lisboa: publicação mensal ilustrada (1902)» (PDF). Hemeroteca Municipal de Lisboa. Consultado em 23 de julho de 2015
  5. Rita Correia (29 de Abril de 2009). «Ficha histórica: Brasil-Portugal : revista quinzenal illustrada (1899-1914).» (pdf). Hemeroteca Municipal de Lisboa. Consultado em 26 de Junho de 2014
  6. Rita Correia (30 de julho de 2019). «Ficha histórica:Boletim do Sindicato Nacional dos Jornalistas (1941-1945)» (PDF). Hemeroteca Municipal de Lisboa. Consultado em 3 de outubro de 2019
  7. «Entidades Nacionais Agraciadas com Ordens Portuguesas». Resultado da busca de "Eduardo Schwalbach Lucci". Presidência da República Portuguesa. Consultado em 4 de dezembro de 2021
  8. «PT-ADLSB-PRQ-PLSB46-002-C9_m0008.TIF - Livro de registo de casamentos - Arquivo Nacional da Torre do Tombo - DigitArq». digitarq.arquivos.pt. Consultado em 31 de janeiro de 2021
  9. «PT-ADLSB-PRQ-PLSB15-001-B31_m0395.TIF - Livro de registo de baptismos - Arquivo Nacional da Torre do Tombo - DigitArq». digitarq.arquivos.pt. Consultado em 31 de janeiro de 2021
  10. «PT-ADSLB-PRQ-PLSB30-001-B32_m0001.TIF - Livro de registo de baptismos - Arquivo Nacional da Torre do Tombo - DigitArq». digitarq.arquivos.pt. Consultado em 31 de janeiro de 2021
  11. «PT-ADLSB-PRQ-PLSB22-001-B30_m0583.TIF - Livro de registo de baptismos - Arquivo Nacional da Torre do Tombo - DigitArq». digitarq.arquivos.pt. Consultado em 31 de janeiro de 2021
  12. «PT Obras por Data de Lançamento (Português)/2008». Project Gutenberg. Consultado em 13 de fevereiro de 2013
  13. «Biblioteca Particular de Alfredo Pinto» (PDF). Biblioteca Municipal Rocha Peixoto – Póvoa de Varzim. Consultado em 13 de fevereiro de 2013
  14. «BIBLIOTECA CAMPOS PEREIRA» (PDF). Universidade Católica Portuguesa. Consultado em 13 de fevereiro de 2013
  15. «catalogolx.cm-lisboa.pt»
  16. «A Sr.a Ministra : comédia em 3 actos : original / Eduardo Schwalbach Lucci». Ministério da Educação. Consultado em 13 de Fevereiro de 2013
  17. «Chronica occidental». Bibliotecas Municipais de Lisboa. Consultado em 13 de Fevereiro de 2013
This article is issued from Wikipedia. The text is licensed under Creative Commons - Attribution - Sharealike. Additional terms may apply for the media files.