Eliana Macedo

Ely Macedo de Souza, (Itaocara, 21 de setembro de 1926Rio de Janeiro, 18 de julho de 1990), mais conhecida pelo nome artístico de Eliana Macedo ou apenas Eliana, foi uma atriz e cantora brasileira. Considerada uma das grandes estrelas do cinema nacional, foi vencedora em 1954 do Prêmio Saci – a maior premiação cinematográfica da ocasião – pelo trabalho em A Outra Face do Homem e a principal artista da Atlântida Cinematográfica, maior produtora de filmes brasileiros da época.[1]

Eliana Macedo
Eliana Macedo
Nome completo Ely Macedo de Sousa
Outros nomes Eliana
Nascimento 21 de setembro de 1926
Itaocara, RJ
Nacionalidade brasileira
Morte 18 de julho de 1990 (63 anos)
Rio de Janeiro, RJ
Ocupação
Atividade 1944–1964

Em 1964, após 26 filmes, abandonou a carreira no cinema no auge do estrelato quando as comédias musicais começaram perder espaço para os dramas realistas do Cinema novo, alegando que deixaria o gênero antes de seu esgotamento.[2]

Biografia

Nasceu em Portela, terceiro distrito do município de Itaocara. Seu avô incentivou filhos e netos a tocarem algum instrumento musical, formando a banda XV de Novembro, tendo Eliana como vocalista. Como não havia escolas em seu distrito natal, foi estudar em Nova Friburgo, onde cursou o primário. Posteriormente, cursou o ginásio em Miracema e o curso normal na Escola Normal de Nossa Senhora do Carmo, em Cataguases, Minas Gerais.

Sua primeira atuação em filmes foi em E o Mundo se Diverte, de 1948, sendo dirigida por seu tio Watson Macedo, ao lado de Carlos Manga, que foi o responsável pela época áurea da Atlântida Cinematográfica. Watson Macedo dirigiu Eliana por quase toda a sua vida artística. Nos filmes, em vários números musicais, imitou por diversas vezes os trejeitos de Carmen Miranda.

Seu grande momento como atriz foi no filme Carnaval no Fogo, de 1949, em que interpretou dois papéis. Watson Macedo tinha preferência pelas atrizes Maria Della Costa e Cacilda Becker, mas os diretores da Atlântida impuseram Eliana e foi um sucesso.

Estrela das chanchadas da Atlântida, atuou em cerca de 26 filmes. Contracenou com artistas que marcaram época, como Oscarito, Anselmo Duarte, Cyll Farney, Trio Irakitan, José Lewgoy, Grande Otelo.

Cantou, gravou e interpretou seus filmes com Adelaide Chiozzo e seu acordeão, sobressaindo os sucessos Pedalando, de Anselmo Duarte/Bené Nunes, Bate o bombo Sinfrônio, Encosta sua cabecinha e Vem cá sabiá.

Em 1950, casou-se com o pioneiro radiofônico Renato Murce, da então Rádio Nacional, atual CBN, causando muitos comentários devido à grande diferença de idade entre ambos.

Em 1954, foi agraciada com o Prêmio Saci de melhor atriz, com o filme A outra face do homem. Participou também do filme Malandros em Quarta Dimensão, de Luiz de Barros. Em 1958, no filme Alegria de Viver, exibiu seu talento de dançarina experimentando um novo estilo: o Rock'n roll.

Faleceu em 1990, no Rio de Janeiro, vitima de infarto.

Participação especial

Na telenovela Feijão Maravilha (1979 - TV Globo), contracenou com a sua amiga de chanchadas, Adelaide Chiozzo, quando cantaram alguns sucessos dos musicais dos filmes da Atlântida Cinematográfica.[3]

Discografia

Ano Título Gravadora Tipo
1953 Queria ser patrona/Com pandeiro na mão Discos Copacabana 78 RPM
1954 Beijinho doce/Cabeça inchada Discos Copababana 78 RPM
1955 Ele...ela...E o outro/Procura do samba Continental 78 RPM[4]

Filmografia

Ano Título Personagem
1948... E o Mundo Se DiverteNeusa, filha do Diretor Teatral
1949Carnaval no fogoMarina
1950A Sombra da OutraElsa/Helena[5]
Aviso aos navegantesCléia [6]
1951Aí Vem o BarãoNorma
1952 Carnaval Atlântida Regina
1953Amei um BicheiroLaura
1954A Outra Face do Homem
Malandros em Quarta DimensãoCantora
Nem Sansão nem DalilaDalila
1955Sinfonia CariocaSusana
Guerra ao SambaSonia
1956Vamos com CalmaSandra
Depois Eu ContoSônia
1957Doutora é Muito VivaBeatriz
Rio FantasiaLia
O Barbeiro que se ViraRosinha
1958E o Espetáculo ContinuaCelinha
Alegria de ViverElizabeth
1959Titio Não é SopaVerinha
1960Maria 38Maria
Samba em BrasíliaTeresa
1961Três Colegas de BatinaCelina
1964Um Morto ao TelefoneHelena
1975Assim era a AtlântidaEla Mesma
1978Mulheres de cinemaEla Mesma[7]

Referências

  1. «ELIANA MACEDO». PRÓ-TV. Consultado em 22 de setembro de 2020
  2. «Eliana Macedo | Mapa de Cultura RJ». mapadecultura.rj.gov.br. Consultado em 22 de setembro de 2020
  3. «Curiosidades – Feijão Maravilha – Memória». Consultado em 22 de setembro de 2020
  4. «Dicionário Cravo Albin - Eliana Macedo». Dicionário MPB. Consultado em 22 de setembro de 2020
  5. «A Sombra da Outra». Cinemateca Brasileira. Consultado em 5 de abril de 2017
  6. Cinemateca Brasileira, Aviso aos navegantes [em linha]
  7. AdoroCinema. «Filmografia Eliana Macedo». AdoroCinema. Consultado em 22 de setembro de 2020
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