Emmanuel Constant

Emmanuel Constant (apelidado de "Toto", nascido em 27 de outubro de 1956) é o fundador da Frente para o Avanço e Progresso do Haiti (FRAPH), um esquadrão da morte haitiano que aterrorizou apoiadores do presidente exilado Jean-Bertrand Aristide.

Em 2001, um tribunal haitiano o condenou à revelia e o sentenciou à prisão perpétua por seu papel no Massacre de Raboteau.[1] Em 2008, foi condenado por fraude hipotecária e sentenciado a 12 a 37 anos de prisão nos Estados Unidos.[2] Em 27 de junho de 2019, Constant estava sob custódia na Eastern Correctional Facility, uma prisão de segurança máxima em Nova York.[3]

Trajetória

Em meados de 1993, dois anos após o golpe de Estado no Haiti em 1991, Constant organizou um grupo paramilitar conhecido como Frente para o Avanço e Progresso do Haiti (FRAPH) para perseguir partidários do presidente exilado Jean-Bertrand Aristide.[1] Uma fonte da CIA implicou Constant no assassinato do Ministro da Justiça Guy Malary em 1993, embora a agência tenha dito que a fonte "não foi verificada".[4]

Constant foi pago pela CIA de 1992 a 1994, assim como vários membros importantes da junta militar. Ele fornecia informações à agência por cerca de US$ 500 por mês, segundo autoridades dos Estados Unidos e o próprio Constant.[4]

Depois que a operação multinacional liderada pelos estadunidenses e pela ONU em 1994 restaurou Aristide ao poder, Constant escapou para os Estados Unidos. Ele foi detido por oficiais do Serviço de Imigração e Naturalização em 1995 e preparado para ser deportado para o Haiti para ser julgado por envolvimento no Massacre de Raboteau.[1] Porém, em maio de 1996, o governo estadunidense determinou sua libertação.[1]

Em 2001, Constant foi condenado à revelia por seu papel no Massacre de Raboteau e sentenciado à prisão perpétua e trabalhos forçados.[1]

Em 7 de julho de 2006, Constant compareceu a um tribunal do condado de Long Island, Nova York, para enfrentar acusações de que participou de um esquema de fraude a hipotecas de mais de US $ 1 milhão.[5]

Em 28 de outubro de 2008, o juiz Abraham Gerges da Suprema Corte do Condado de Kings condenou Constant a cumprir de 12 a 37 anos de prisão.[2] O juiz concluiu seu memorando com um apelo para que o governo dos Estados Unidos permita que Constant cumpra toda a sua sentença no estado de Nova York, em vez de devolvê-lo ao Haiti "onde ele pode fugir da justiça devido à instabilidade do sistema judicial haitiano".[2]

Referências

  1. Grann, David (Julho de 2001). «Giving 'The Devil' His Due». The Atlantic
  2. Sentencing Memorandum, 28 de outubro de 2008.
  3. «Inmate Population Information Search». NYS Department of Corrections and Community Supervision. Inmate Information: DIN (Department Identification Number) 08-A-5836
  4. Weiner, Tim (13 de outubro de 1996). «'93 Report By C.I.A. Tied Haiti Agent To Slaying». The New York Times
  5. «Infamous Haitian Accused of Fraud». The New York Times. 7 de julho de 2006
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