Companhia Nacional de Navegação

A Companhia Nacional de Navegação (CNN) (anteriormente conhecido como Empresa Nacional de Navegação a Vapor para a África Portuguesa, ou Empresa Nacional de Navegação (ENN)) foi uma empresa de navegação portuguesa.[carece de fontes?]

Companhia Nacional de Navegação
Companhia Nacional de Navegação
Postal da Empresa Nacional de Navegação a Vapor para a África Portuguesa, 1899
Nome(s) anterior(es) Empresa Nacional de Navegação a Vapor para a África Portuguesa (ENN)
(1880–1918)
Fundação 20 de dezembro de 1881
Destino extinção em 1985, liquidação em 2001
Encerramento 3 de maio de 1985
N/T Angola no porto de Lourenço Marques em 1929

História

1881 - 1918

Foi constituída em 1881, mediante contrato com o Governo Português, para efetuar a ligação marítima de Lisboa a Moçâmedes, as ligações entre as ilhas de Cabo Verde e entre estas e a Guiné, por um período de 10 anos.[1] Tinha como acionistas as empresas Bensaude & Cia., Lima, Mayer & Cia. e Ernst George.

A rota dos navios a vapor da ENN tinha escalas nos portos de Porto Alexandre (atual Tômbua), Moçâmedes, Benguela e Novo Redondo (atual Sumbe), São Tomé e Príncipe, Cabo Verde e Lisboa. O regresso fazia-se pela mesma rota.

1918 - 1985 (Companhia Nacional de Navegação)

Em 1918 a empresa foi transformada e passou a ser denominada Companhia Nacional de Navegação (CNN).[1]

Em 1922, perde o monopólio das rotas para as colónias, após a criação da empresa concorrente Companhia Colonial de Navegação, com sede em Angola.

Ao longo da sua existência, a CNN incorporou parte da Sociedade Geral de Indústria Comércio e Transportes (SGCIT) (1919-1972), empresa cuja atividade estava ligada à Companhia União Fabril (CUF) pelo transporte de matérias-primas necessárias e de produtos saídos das unidades fabris dessa empresa.[1]

1985 - 2001 (extinção e liquidação)

Após várias tentativas de reestruturação, a CNN, em simultâneo com a Companhia Portuguesa de Transportes Marítimos (CPTM), foi extinta pelo Decreto-Lei n.º 138/85, de 3 de maio,[1][2] tendo a sua liquidação, após sucessivas prorrogações, sido fixada para 30 de abril de 2001 pelo Decreto-Lei n.º 119/2001, de 17 de abril.[3]

Postal da Empresa Nacional de Navegação a Vapor para a África Portuguesa, Portugal

Embarcações

N/T Angola (1881-1909)
N/T África (1905-1932)
N/T Moçambique (1949)
N/T Príncipe Perfeito em 1967

A CNN deteve a maior frota do país, com nove unidades: o "N/T Príncipe Perfeito" (1961), que se constituía no seu navio-almirante, os gémeos "N/T Angola" (1948) e "N/T Moçambique" (1949), o "N/T Niassa" (1955), os irmãos "N/T Índia" (1951) e "N/T Timor" (1951), o "N/T Quanza" (1929),os gémeos "N/T Lúrio" (1950) e o "N/T Zambézia" (1949).

Nestes navios se fez a maior parte do transporte dos contingentes militares, material, funcionários do Estado e portugueses que iam para os antigos territórios portugueses em África Ocidental.[1] Alguns deles faziam ainda as carreiras de África Oriental e do Extremo Oriente.

Lista

  • N/T Portugal (1881-1897)
  • N/T Angola (1881- 1909)
  • N/T Bolama (1883-1896)
  • N/T S. Thomé (1883-1904)
  • N/T Cabo Verde (1883-1917)
  • N/T Loanda (1889-1922)
  • N/T Lobito (1905-1909)
  • N/T África (1905-1932)
  • N/T Lisboa (1910-1910)
  • N/T Lourenço Marques – Ex-Admiral, tomado aos alemães em 1916 [4][5]
  • N/T Quelimane – Ex-Kronkprinz , tomado aos alemães em 1916
  • N/T Pedro Gomes (1922-1932), ex-Sindoro
  • N/T Angola (1948)
  • N/T Moçambique (1949)
  • N/T Niassa (1955)
  • N/T Índia (1951)
  • N/T Timor (1951)
  • N/T Quanza (1929)
  • N/T Lúrio (1950)
  • N/T Zambézia (1949)
  • N/T Príncipe Perfeito (1961)

Rotas e serviços

Anúncio da CNN, de 1912, com indicação de algumas rotas e navios
Anúncio da CNN, de 1926, com indicação de algumas rotas e navios

1912

1929

  • "Serviço regular entre a Metrópole e a África Ocidental e Oriental Portuguesa"
  • "Saídas de Lisboa em 1 de cada mês para os portos da África Ocidental e Oriental"
  • "Saídas de Lisboa em 15 de cada uma para todos os portos da África Ocidental"

Ver também

Referências

Ligações externas

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