Escala octatônica

Em música, uma escala octatônica é uma escala ou modo musical constituído por uma sucessão de oito sons, alturas ou notas diferentes dentro de uma oitava.[1]

Escalas octatônicas em dó.  Reproduzir

Descrição

O exemplo típico de escala octatônica é uma escala em que as notas ascendem, alternando intervalos de um tom inteiro e um semitom, criando uma escala simétrica. Na teoria clássica, em contraposição à teoria de jazz, essa escala pode ser chamada simplesmente escala octatônica, ainda que existam outros quarenta e dois conjuntos de oito tons possíveis não enarmonicamente equivalentes e não transposicionalmente equivalentes.

Na teoria do jazz, essa escala é mais comumente denominada escala diminuída ou escala simétrica diminuída, pois ela pode ser concebida como uma combinação de dois acordes de sétima diminuída entrelaçados,[2][3] assim como a escala aumentada pode ser concebida como uma combinação de duas tríades aumentadas entrelaçadas.

O primeiro tratamento sistémico da escala octatônica aparece no tratado inédito de Edmond de Polignac titulado Étude sur les sucesiones alternantes de tons et démi-tons (Et sur la gamme dite majeure-mineure) de 1879.[4] Esse tratado precedeu em meio século à obra Scale alternate per pianoforte de Vito Frazzi, de 1930.[5]

Ver também

Referências

  1. Randel, Don Michael: The Harvard Dictionary of Music. Harvard University Press, 2003, p. 758.
  2. Campbell, Gary: Triad Pairs for Jazz. Alfred Music, 2001, p. 126.
  3. Hatfield, Ken: Jazz and the Classical Guitar. Mel Bay, 2005, p. 125.
  4. Kahan, Sylvia: In Search of New Scales: Prince Edmond De Polignac, Octatonic Explorer. University Rochester Press, 2009, p. 38.
  5. Sanguinetti, Giorgio: «Il primo studio teorico sulle scale octatoniche: Le 'scale alternate' di Vito Frazzi». Studi Musicali, 22:411-446, 1993
  6. Toorn, Pieter van den: The Music of Igor Stravinsky. Yale University Press, 1983.
  7. Schuijer, Michiel: Analyzing Atonal Music: Pitch-class Set Theory and Its Contexts. University Rochester Press, 2008, p. 109.
  8. Cohn, Richard: «Bartók's Octatonic Strategies: A Motivic Approach». Journal of the American Musicological Society, 44 (2):262-300, 1991.
  9. Pople, Anthony: Berg: Violin Concerto. Cambridge University Press, 1991, p. 2.
  10. Schillinger, Joseph: The Schillinger System of Musical Composition. Fischer, 1946, vol. 1, p. 535.
  11. Agmon, Eytan: «Equal Divisions of the Octave in a Scarlatti Sonata». In Theory Only, 11 (5), 1990.
  12. Langlé, Honoré: Traité d'harmonie et de modulation. París: Boyer, 1797, p. 72, (ej. 25,2).
  13. Antokoletz, Elliot: The Music of Béla Bartók. University of California Press, 1984, p. 204.
  14. Wilson, Paul: The Music of Béla Bartók. Yale University Press, 1992, pp. 26-27.
  15. Alegant, Brian: The Twelve-tone Music of Luigi Dallapiccola. University Rochester Press, 2010, p. 109.
  16. Clement, Brett: A Study of the Instrumental Music of Frank Zappa. University of Cincinnati, 2009, p. 214.
This article is issued from Wikipedia. The text is licensed under Creative Commons - Attribution - Sharealike. Additional terms may apply for the media files.