Escola Secundária Marques de Castilho

A Escola Secundária Marques de Castilho é um estabelecimento público de ensino da cidade de Águeda, no distrito de Aveiro, em Portugal. Resulta da transformação em escola secundária da antiga Escola Industrial e Comercial de Águeda.[1]

Escola Secundária Marques de Castilho
Nomes alternativos Escola Industrial e Comercial de Águeda
Inauguração 14 de Novembro de 1927
Website Página oficial
Património Nacional
SIPA 22132
Geografia
País Portugal Portugal
Coordenadas 40° 34' 31.5" N 8° 26' 25.0" O
Localização do edifício em mapa dinâmico

Descrição

O complexo da escola situa-se junto ao Largo Dr. António Breda, em Águeda.[1]

História

A escola foi fundada pelo Decreto n.º 13149, de 29 de Janeiro de 1927, sendo originalmente denominada de Escola Industrial e Comercial de Águeda.[2] Foi instituída no âmbito de uma fase de grande desenvolvimento da vila de Águeda, na década de 1920, principalmente em termos de indústrias, que levaram a novas necessidades em termos do ensino.[3] Com efeito, o Decreto afirmou a necessidade de formar operários para «numerosos estabelecimentos fabris de serralharia e carpintaria mecânicas, de cerâmica, de serração de madeiras e outros», além de ter sido criado por «solicitação dos habitantes da vila de Águeda, que representaram pedindo a criação naquela localidade de uma escola do ensino elementar, industrial e comercial».[2] Do ponto de vista legal, também se justificava a presença de um estabelecimento escolar, uma vez que a localidade contava com uma frequência escolar superior a dois mil alunos, considerada suficiente para «uma escola de ensino técnico elementar».[2] O diploma legal foi rectificado no Diário do Governo nº 37, de 29 de Janeiro de 1929, que alterou o texto relativo ao pessoal docente.[4] A escolha do local onde instalar a escola recaiu na Câmara Municipal, motivo pelo qual em 6 de Junho de 1927 o Director-Geral do Ministério do Comércio «veio escolher o edifício mais adequado à instalação», em conjunto com o presidente da Comissão Municipal, Joaquim de Mello.[3] Optou-se pela Casa de D. Matilde, situada na Rua Fernando Caldeira, que foi adquirida ao Conde de Águeda por apenas 55 contos, e que foi paga pela autarquia, com fundos que vieram das Minas de Talhadas.[3]

Abriu oficialmente em 14 de Novembro de 1927, oferecendo dois cursos, o Industrial e o Comercial, tendo então 129 alunos.[3] Porém, durante os seus primeiros anos, a escola manteve um funcionamento muito limitado devido à falta de materiais de ensino e ao reduzido espaço disponivel.[3] O seu primeiro director foi o padre José Marques de Castilho, que ocupou esta função ate 1939.[3] Entretanto, em 1930 foi publicado o Decreto n.º 18420, que reorganizou o ensino técnico profissional a nível nacional, surgindo este estabelecimento com o nome de Escola Comercial e Industrial de Pedro Nunes.[5] Teve este nome até 10 de Fevereiro de 1938, quando por portaria daquela data passou a designar-se Escola Industrial e Comercial Madeira Pinto[6]

Em 1948 retomou o nome de Escola Industrial e Comercial de Águeda.[carece de fontes?]

Em 1959 foram feitos os planos para a reconversão do estabelecimento, Junta das Construções para o Ensino Técnico e Secundário, tendo esta intervenção sido incluída no segundo Plano de Fomento.[1] A nova escola foi inaugurada em 1964.[1] Em 1978 passou a denominar-se de Escola Secundária de Águeda, devido à publicação do Decreto-Lei n.º 80/78, de 27 de Abril, que determinou que todas os estabelecimentos de ensino secundário deveriam passar a denominar-se de Escola Secundária.[7]

Em 28 de Junho de 2012 foi formado o Agrupamento de Escolas de Águeda Sul, que agregou os antigos Agrupamentos de Escolas de Aguada de Cima e de Fermentelos à Escola Marques de Castilho, sendo esta última a sede do agrupamento.[3]

Referências

  1. BASTO, Sónia (2012). «Escola Industrial e Comercial de Águeda / Escola Secundária Marques de Castilho». Sistema de Informação para o Património Arquitectónico. Direcção-Geral do Património Cultural. Consultado em 27 de Fevereiro de 2023
  2. PORTUGAL. Decreto n.º 13149, de 16 de Fevereiro de 1927. Ministério do Comércio e Comunicações - Direcção Geral do Ensino Comercial e Industrial. Publicado no Diário do Govêrno n.º 32, Série I, de 16 de Fevereiro de 1927.
  3. «História». Escola Secundária Marques de Castilho. Consultado em 27 de Fevereiro de 2023
  4. PORTUGAL. Nova Publicação (Rectificação), de 22 de fevereiro de 1927. Ministério do Comércio e Comunicações - Direcção Geral do Ensino Comercial e Industrial. Publicado no Diário do Govêrno n.º 37, Série I, de 22 de fevereiro de 1927.
  5. PORTUGAL. Decreto n.º 18420, de 4 de Junho de 1930. Ministério da Instrução Pública - Direcção Geral do Ensino Técnico. Publicado no Diário do Govêrno n.º 128, Série I, de 6 de Abril de 1930.
  6. A referida Portaria afirma: Tendo o Governo Civil do Distrito de Angra do Heroísmo e o Conselho Escolar da escola Industrial e Comercial Madeira Pinto, da mesma cidade, proposto como justa consagração e reconhecimento a Sua Excelência o Presidente do Conselho que, à mesma, fosse dado o nome de Doutor Salazar, o Governo considerava impróprio que a Escola Industrial e Comercial de Águeda mantivesse como patrono Pedro Nunes, atribuía o nome do conselheiro Ernesto Madeira Pinto à escola, passando a de Angra do Heroísmo a ser a Escola Industrial e Comercial Doutor Salazar.
  7. PORTUGAL. Decreto-Lei n.º 80/78, de 27 de Abril Ministério da Educação e Cultura. Publicado no Diário do Governo n.º 97, Série I, de 27 de Abril de 1978.

Ligações externas


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