Esquistossomose medular

A esquistossomose medular é considerada uma das formas mais graves de esquistossomose, apesar de existirem seis espécies de Schistosoma que podem causar a esquistossomose ao homem (S. hematobium, S. intercalatum, S. japonicum, S. malayensis, S. mansoni e S. mekongi), as que mais frequentemente estão envolvidas como causa de esquistossomose medular são as S. hematobium (que não existe nas Américas) e a S. mansoni (única encontrada no continente americano)[1][2].

Esquistossomose
Classificação e recursos externos
CID-10 B65
CID-9 120
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Quadro clínico

O quadro clínico inicial mais comum da esquistossomose medular[3] é de dor e queimação na região lombar com irradiação para as pernas. Durante a evolução o paciente pode apresentar perda no controle da urina e das fezes e diminuição na força muscular e até paralisia nas pernas. Esta forma de esquistossomose pode ocorrer em pacientes que vivem em área de transmissão ou em pacientes que eventualmente se expõe a lagoas contaminadas com S. mansoni. O turismo rural e de aventura tem sido definido como um fator de risco para esta forma da doença. O início do quadro clínico pode variar muito desde semanas até anos após o contato inicial com a lagoa, isto acaba dificultando muito o diagnóstico.

Diagnóstico

O diagnóstico é feito através de exame de ressonância magnética da medula espinhal que demonstra a lesão inflamatória que que se desenvolve ao redor do ovo do Schistosoma. Além de ressonância magnética exame é necessário fazer exame de fezes, exame de líquor e exame de sangue (sorologia para esquistossomose e outros). O objetivo destes exames é confirmar o diagnóstico de esquistossomose e excluir o diagnóstico de outras doenças parecidas que possam confundir.

Tratamento

O tratamento da esquistossomose medular é feito com medicamentos para matar o parasita (Schistosoma) e com medicamentos para diminuir a inflamação (corticoesteróides).

Consequências (ou prognóstico)

O paciente que tem esquistossomose medular se tratado cedo e de maneira adequada pode recuperar totalmente, se houver atraso no diagnóstico e no tratamento pode até morrer ou ficar paraplégico de forma permanente.

Referências

  1. FREITAS, André Ricardo Ribas; OLIVEIRA, Augusto César Penalva and SILVA, Luiz Jacintho. Schistosomal myeloradiculopathy in a low-prevalence area: 27 cases (14 autochthonous) in Campinas, São Paulo, Brazil. Mem. Inst. Oswaldo Cruz [online]. 2010, vol.105, n.4, pp. 398-408. ISSN 0074-0276. doi: 10.1590/S0074-02762010000400009. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0074-02762010000400009&lng=en&nrm=iso&tlng=en> ou <http://www.scielo.br/pdf/mioc/v105n4/09.pdf>
  2. Guia de vigilância epidemiológica e controle da mielorradiculopatia esquistossomótica / Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde. – Brasília: Ministério da Saúde, 2006. 32 p.
  3. André Ricardo Ribas Freitas and Rodrigo Nogueira Angerami (2013). Spinal Cord Schistosomiasis, Parasitic Diseases - Schistosomiasis, Rashika El Ridi (Ed.), ISBN 978-953-51-0942-6, InTech, doi:10.5772/53771. Available from: http://www.intechopen.com/books/parasitic-diseases-schistosomiasis/spinal-cord-schistosomiasis
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