Estação Ferroviária de Albergaria dos Doze

A estação de Albergaria dos Doze, originalmente denominada apenas de Albergaria,[4] nome por vezes grafado como "Dos Doze",[3] é uma interface da Linha do Norte, que serve a localidade de Albergaria dos Doze, no Distrito de Leiria, em Portugal.

Albergaria dos Doze
Estação Ferroviária de Albergaria dos Doze
dístico da estação, de tipografia sui generis, em 2018
Identificação: 34439 ADO (Alberg.Doze)[1]
Denominação: Estação Satélite de Albergaria dos Doze
Administração: Infraestruturas de Portugal (até 2020: centro;[2] após 2020: sul)[3]
Classificação: ES (estação satélite)[1]
Tipologia: D [3]
Linha(s): Linha do Norte (PK 149+293)
Altitude: 250 m (a.n.m)
Coordenadas: 39°47′37.04″N × 8°35′21.14″W

(=+39.79362;−8.58921)

(mais mapas: 🌍; IGeoE)
Município: Pombal
Serviços:
Estação anterior Comboios de Portugal Comboios de Portugal Estação seguinte
Caxarias
Entroncam.to
  R   Litém
Coimbra-B
P-Campanhã

Conexões:
Serviço de táxis
Serviço de táxis
PBL
Equipamentos: Sala de espera Telefones públicos Acesso para pessoas de mobilidade reduzida Parque de estacionamento
Endereço: Largo da Estação
PT-3100-081 Albergaria dos Doze PBL
Inauguração:
Website:
 Nota: Para outras interfaces ferroviárias com nomes semelhantes ou relacionados, veja Estação Ferroviária de Albergaria-a-Velha ou Apeadeiro de Albergaria-a-Nova.
Aspeto da plataforma central em 2018, com seu abrigo e o edifício de passageiros em fundo.

Descrição

Localização e acessos

Esta interface situa-se no extremo sul da malha urbana da localidade nominal, distante quase dois quilómetros do seu centro (Castelo), apesar da ferrovia atrevessar longitudinalmente (Norte-Sul) toda a povoação; o acesso do lado noroeste é feito pelo Largo da Estação, que entronca na Rua Nova (=EM532-1), e do lado sudeste pela Rua Principal (=ER350).[5]

O edifício de passageiros, em 2018.

Infraestrutura

O edifício de passageiros situa-se do lado sudeste da via (lado direito do sentido ascendente, para Campanhã).[6][7]

Esta interface apresenta três vias de circulação, numeradas de I a III, com comprimentos de 754, 735, e 630 m, respetivamente,[3] e acessíveis por plataformas parcialmente desencontradas,[5] com de 254, 234, e 255 m de comprimento e 55 cm de altura; existe ainda uma via secundária, identificada como G2, com comprimento de 48 m; todas estas vias estão eletrificadas em toda a sua extensão.[3]

Serviços

Em dados de 2023, esta interface é servida por comboios de passageiros da C.P. de tipo regional tipicamente com onze circulações diárias em cada sentido entre Entroncamento e Coimbra.[8]

História

Ver artigo principal: História da Linha do Norte

Século XIX

Durante a fase de planeamento da Linha do Norte, ficou desde logo prevista a passagem por Albergaria, como parte do lanço entre o Entroncamento e Pombal.[9] Esta interface situa-se no lanço entre o Entroncamento e Soure, que abriu à exploração em 22 de Maio de 1864.[10] Porém, a construção na zona da Albergaria foi muito difícil em comparação com outros lanços da Linha do Norte, devido à natureza dos terrenos, de areia fina argilosa e aquífera, dificuldades que se relevaram especialmente durante a construção do túnel de Albergaria.[9]

Século XX

Brasão da freguesia de Albergaria dos Doze, em uso oficial de 2000 a 2013, alusivo à importância local da estação.

Em 1914, o edifício da estação foi alvo de obras de ampliação, tendo sido construído um novo piso.[11] Em 16 de Setembro de 1926, a Gazeta dos Caminhos de Ferro noticiou que estavam previstas novas obras na estação, para começar o alongamento do túnel.[12] Em 1939, foi organizado um comboio especial entre Lisboa e o Porto para regular a marcha dos serviços rápidos, que parou nesta estação para alimentação de água e manutenção da locomotiva.[13]

No relatório de 1954 do Conselho de Administração da Companhia dos Caminhos de Ferro Portugueses, estava prevista a duplicação do lanço entre esta estação e Fátima.[14] Num artigo publicado na Gazeta dos Caminhos de Ferro de 16 de Fevereiro de 1956, o escritor José da Guerra Maio calculou que o tempo de percurso do comboio Sud Express em Portugal fosse reduzido para seis horas, quando estivessem terminadas as obras de duplicação do lanço entre esta estação e Fátima, e substituídas as pontes na Linha da Beira Alta.[15]

Século XXI

Em Janeiro de 2011, apresentava três vias de circulação, com 744, 725 e 639 m de comprimento, enquanto que as plataformas tinham 255 e 234 m de extensão, e 55 cm de altura[16] — valores mais tarde ligeiramente alterados para os atuais.[3]

Ver também

Referências

  1. (I.E.T. 50/56) 56.º Aditamento à Instrução de Exploração Técnica N.º 50 : Rede Ferroviária Nacional. IMTT, 2011.10.20
  2. Diretório da Rede 2021. IP: 2019.12.09
  3. Diretório da Rede 2024. I.P.: 2022.12.09
  4. “Horário dos combóios directos da Linha Norte” Caminhos de Ferro 1089 (1933.05.01)
  5. «Cálculo de distância pedonal (39,79348; −8,58920 → 39,80260; −8,58788)». OpenStreetMaps / GraphHopper. Consultado em 1 de dezembro de 2023: 1770 m: desnível acumulado de +24−19 m
  6. (anónimo): Mapa 20 : Diagrama das Linhas Férreas Portuguesas com as estações (Edição de 1985), CP: Departamento de Transportes: Serviço de Estudos: Sala de Desenho / Fergráfica — Artes Gráficas L.da: Lisboa, 1985
  7. Diagrama das Linhas Férreas Portuguesas com as estações (Edição de 1988), C.P.: Direcção de Transportes: Serviço de Regulamentação e Segurança, 1988
  8. Comboios Regionais : Linha do Norte : Entroncamento ⇄ Coimbra («horário em vigor desde 2022.12.11»). Esta informação refere-se aos dias úteis.
  9. ABRAGÃO, Frederico de Quadros (16 de Setembro de 1956). «No Centenário dos Caminhos de Ferro em Portugal: Algumas notas sobre a sua história» (PDF). Gazeta dos Caminhos de Ferro. Ano 69 (1650). Lisboa. p. 407-424. Consultado em 24 de Setembro de 2017 via Hemeroteca Digital de Lisboa
  10. Carlos Manitto Torres (1 de Janeiro de 1958). «A evolução das linhas portuguesas e o seu significado ferroviário» (PDF). Gazeta dos Caminhos de Ferro. Ano 70 (1681). Lisboa. p. 9-12. Consultado em 5 de Março de 2014 via Hemeroteca Digital de Lisboa
  11. «Linhas Portuguesas» (PDF). Gazeta dos Caminhos de Ferro. Ano 27 (647). Lisboa. 1 de Dezembro de 1914. p. 363. Consultado em 4 de Julho de 2012 via Hemeroteca Digital de Lisboa
  12. «Linhas Portuguesas» (PDF). Gazeta dos Caminhos de Ferro. Ano 39 (930). Lisboa. 16 de Setembro de 1926. p. 287. Consultado em 7 de Março de 2012 via Hemeroteca Digital de Lisboa
  13. «A Futura Marcha dos Combóios» (PDF). Gazeta dos Caminhos de Ferro. Ano 51 (1232). Lisboa. 16 de Abril de 1939. p. 208. Consultado em 2 de Março de 2014 via Hemeroteca Digital de Lisboa
  14. «Companhia dos Caminhos de Ferro» (PDF). Gazeta dos Caminhos de Ferro. Ano 68 (1622). Lisboa. 16 de Julho de 1955. p. 225-228. Consultado em 24 de Setembro de 2017 via Hemeroteca Digital de Lisboa
  15. MAIO, Guerra (16 de Fevereiro de 1956). «O "Sud-Express" ao serviço do Porto de Lisboa» (PDF). Gazeta dos Caminhos de Ferro. Ano 68 (1636). Lisboa. p. 105-106. Consultado em 24 de Setembro de 2017 via Hemeroteca Digital de Lisboa
  16. «Directório da Rede 2012». Rede Ferroviária Nacional. 6 de Janeiro de 2011. p. 74, 96

Ligações externas

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