Eueides pavana

Eueides pavana (conhecida popularmente, em inglês, Pavana Longwing)[2] é uma borboleta neotropical da família Nymphalidae e subfamília Heliconiinae[1], nativa da floresta costeira Atlântica do Brasil.[3] Foi classificada por Édouard Ménétries, em 1857, no texto Enumeratio Corporum Animalium Musei Imperialis Academiae Scientiarum Petropilitanae. Classis Insectorum, Ordo Lepidopterorum.[1] Suas lagartas se alimentam gregariamente[4] de plantas do gênero Passiflora (família Passifloraceae; espécies Passiflora rhamnifolia, P. sidaefolia e P. haematostigma).[3]

Eueides pavana
Ilustração do síntipo de E. pavana por Ménétriés, em 1857.
Ilustração do síntipo de E. pavana por Ménétriés, em 1857.
Classificação científica
Reino: Animalia
Filo: Arthropoda
Classe: Insecta
Ordem: Lepidoptera
Subordem: Papilionoidea
Família: Nymphalidae
Subfamília: Heliconiinae[1]
Tribo: Heliconiini
Género: Eueides
Hübner, 1816[1]
Espécie: E. pavana
Nome binomial
Eueides pavana
Ménétriés, 1857[1]
Sinónimos
Eueides thyana C. & R. Felder, 1860[1]

Descrição

Indivíduos desta espécie possuem as asas moderadamente longas e estreitas e são de coloração alaranjada, vistos por cima, com faixas e linhas amarronzadas, quase negras, que as fazem lembrar borboletas do gênero Actinote[5], das quais são miméticas.[6][2][7] Vistos por baixo, apresentam padrão de coloração mais pálido.[6] Também apresentam dimorfismo sexual aparente[8], com os machos mais alaranjados que as fêmeas.[9][10]

Hábitos

Eueides pavana pode ser encontrada desde o nível médio do mar até 1.500 metros de altitude, voando em florestas úmidas e passando a maior parte de seu tempo no dossel florestal. No acasalamento, machos sentam-se nas crisálidas de fêmeas um dia antes de seu surgimento, com a fecundação ocorrendo na manhã seguinte, antes que a fêmea tenha eclodido completamente. Suas lagartas são gregárias.[4]

Epíteto específico: etimologia

A etimologia do epíteto específico pavana possui sua definição vinda do mundo oriental: "Pavana", ou "Vayu", é um nome hindu sagrado. Deus do vento ou do ar, é um deus feroz. Ele dirige os seus cavalos furiosamente, às vezes mil deles; considerado o deus dos movimentos rápidos e, portanto, o pai dos velozes ("Vayu").[4]

Referências

  1. Savela, Markku. «Eueides pavana» (em inglês). Lepidoptera and some other life forms. 1 páginas. Consultado em 3 de janeiro de 2018
  2. Robacker, Karen (10 de outubro de 2002). «Pavana Longwing (Eueides pavana (em inglês). Neotropical Butterflies. 1 páginas. Consultado em 3 de janeiro de 2018
  3. Alves, Verônica Angélica; Barão, Kim; Moreira, Gilson R. P. «Morfologia externa dos estágios imaturos de Eueides pavana Ménétriés, 1857 (Lepidoptera, Nymphalidae, Heliconiinae (PDF). LUME - Repositório Digital - UFRGS. 1 páginas. Consultado em 3 de janeiro de 2018
  4. Beltrán, Margarita (4 de setembro de 2008). «Eueides pavana Ménétriés, 1857». Tree of Life Web Project. 1 páginas. Consultado em 3 de janeiro de 2018
  5. Eueides pavana Ménétriés, 1857, vista superior.
  6. «Eueides pavana (Ménétriés, 1857)» (em inglês). Lepidoptera Brasiliensis. 1 páginas. Consultado em 3 de janeiro de 2018
  7. Lep Web (13 de julho de 2016). «Eueides pavana» (em inglês). Flickr. 1 páginas. Consultado em 3 de janeiro de 2018
  8. JIGGINS, Chris D. (2017). The Ecology and Evolution of Heliconius Butterflies (em inglês). Reino Unido: Oxford University Press - Google Books. ISBN 978-0-19-956657-0. Consultado em 3 de janeiro de 2018
  9. Macho de Eueides pavana (fonte)
  10. Fêmea de Eueides pavana (fonte)

Ligações externas

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