Exército Popular de Libertação (Peru)
O Exército Popular de Libertação (EPL) (em espanhol: Ejército Popular de Liberación) é o braço armado do Partido Comunista do Peru (PCP-SL),[1] mais conhecido como Sendero Luminoso. Não deve ser confundido com o movimento armado homônimo atuante na Colômbia.
| Exercito Popular de Libertação (EPL) | |
|---|---|
| Ejercito Popular de Libertación (EPL) | |
| Participante na Conflito armado no Peru | |
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| Datas | Fundado em 3 de dezembro de 1979 (44 anos) |
| Ideologia | Marxismo-Leninismo-Maoismo, Pensamento Gonzalo |
| Objetivos | Estabelecimento de uma República de Nova Democracia no Peru. |
| Organização | |
| Parte de | Sendero Luminoso |
| Líder | Camarada Laura |
| Sede | Vale dos Rios Apurímac, Ene e Mantaro (VRAEM) |
| Área de operações |
Sul do Peru; Lima |
| Relação com outros grupos | |
| Aliados | Partido Comunista do Brasil (Fração Vermelha), Partido Comunista do Equador - Sol Vermelho |
| Inimigos | Estado Peruano |
Surgimento e atuação
O surgimento do EPL se dá em 3 de dezembro de 1979, na ocasião da I Conferencia Nacional Ampliada do PCP-SL,[2][3] ainda como Exército Guerrilheiro Popular (EGP) (Ejercito Guerrillero Popular, em espanhol). É atribuída ao grupo a primeira ação de combate em 17 de maio de 1980, no distrito de Chuschi, em um ato de boicote ao processo eleitoral peruano,[4] por um destacamento feminino. De inspiração maoista, é o responsável pela implementação da estratégia de Guerra Popular no território nacional, tendo declarado guerra ao Estado peruano na década de 1980. Esta é a mesma aplicação que grupos como o Exército de Libertação dos Operários e Camponeses da Turquia,[5] o Exército Guerrilheiro Popular de Libertação[6] e o Novo Exército do Povo[7] adotam na Turquia, na Índia e nas Filipinas respectivamente.
Histórico recente
Na década de 90, com o encarceramento da cúpula do Sendero Luminoso por parte das políticas de enfrentamento de Alberto Fujimori aos comunistas. por vezes consideradas terrorismo de Estado,[8] o EPL enfrentou cisões internas entre frações que defendiam a manutenção da estratégia de Guerra Popular, grupos defensores da anistia e outros que sustentavam a reformulação com aliança ao narcotráfico.[9]
Sob a bandeira do EPL, em número reduzido de quadros, persistiu a prática da Guerra Popular.[10] Atualmente, a maioria de suas ações ocorrem na região conhecida como Vale dos Rios Apurímac, Ene e Mantaro, havendo também atividades em regiões como Huacho, Huancavelica, Cuzco, Ayacucho e na região metropolitana da capital Lima, com foco em fortalecimento de bases, emboscadas e confisco de armamentos.[11]
Ver Também
Referências
- de Souza, Jailson (Outubro de 2017). «Guerras Populares ao redor do mundo». A Nova Democracia
- Comisión de la Verdad y Reconciliación. «Informe de la Comisión de la Verdad y Reconciliación». Derechos.org. Consultado em 23 de dezembro de 2020
- AND, Redação (dezembro de 2020). «Três grandes dirigentes da Revolução Proletária». A Nova Democracia. Consultado em 23 de dezembro de 2020
- «Sendero Luminoso, 40 anos do início do pesadelo - Sylvia Colombo». Sylvia Colombo. Consultado em 10 de julho de 2022
- « History of the Communist Movement in Turkey». www.bannedthought.net. Consultado em 10 de julho de 2022
- «A ameaça da guerrilha naxalita - Le Monde Diplomatique». diplomatique.org.br. Consultado em 10 de julho de 2022
- Robles, Alan (16 de setembro de 2019). «The Philippines' communist rebellion is Asia's longest-running insurgency». This Week in Asia
- Serrano, Francisco. «Alberto Fujimori O terrorismo de Estado no banco dos réus». PÚBLICO. Consultado em 10 de julho de 2022
- VND-PERU.BLOGSPOT.COM, COM INFORMAÇÕES DE. «Peru: 40 anos de invencível Guerra Popular». A Nova Democracia. Consultado em 10 de julho de 2022
- Editorial, Comitê (Janeiro de 2018). «Conversaciones con la Camarada Laura en las bases de las montañas Vizcatán» (PDF). Periodico El Pueblo
- «Peru: Om intervjuet med kamerat Laura». Tjen Folket Media (em norueguês bokmål). 1 de outubro de 2020. Consultado em 10 de julho de 2022
