Fethard-on-Sea

Fethard-on-Sea (Fiodh Ard em irlandês), ou Fethard, é uma aldeia situada no sudoeste do Condado de Wexford, Irlanda, do lado leste da base da Península de Hook.

História

Atualmente conhecida como uma aldeia de pesca e resort de final de semana, em tempos passados Fethard foi um local de alguma importância. Ela foi o lugar de desembarques normandos no século XII, e as ruínas de terraplanagens e fortificações da era normanda[1] podem ser vistas na Baginbun Bay, sul de Ingard Point.

Um castelo do século XII foi construído por Raymond Fitzgerald, que o passou ao Bispo de Ferns e foi utilizado como uma residência episcopal. Existem poucos vestígios da existência do castelo atualmente. Alexander Devereux (o bispo de Ferns do século XVI e Abade de Dunbrody) está enterrado na St Mogue's Church (Igreja da Irlanda).

Jaime I concedeu um estatuto a Fethard, e ela tornou-se um borough municipal, enviando 2 membros ao parlamento irlandês, antes de sua dissolução. Em 1798 um harbor foi construído e tornou-se o lugar de desembarque para tropas francesas durantes as guerras revolucionárias.

Em épocas modernas, a principal ocupação dos moradores tem sido a pesca e o turismo.

A aldeia tem uma população de 253 pessoas. Ela está localizada no distrito eleitoral de Fethard do Condado de Wexford. Ela faz fronteira com os distritos de Bannow e Ballyhack.

Uma paróquia da diocese católica de Ferns, Fethard faz divisa com as paróquias de Templetown e Poulfur.

Incidente do decreto Ne Temere

Ver artigo principal: Boicote de Fethard-on-Sea

Em maio de 1957 Fethard-on-Sea esteve envolvida em um embróglio relacionado ao decreto Ne temere. Um padre católico e seus párocos iniciaram um boicote aos negócios locais de propriedade de protestantes; como exemplo, um professor de música protestante perdeu 12 de seus 13 alunos.[2] O boicote foi organizado pois uma mulher protestante, Sheila Cloney (que tinha como sobrenome de solteira Kelly) havia deixado seu marido católico e a aldeia, levando as suas duas filhas, em vez de enviá-las para a Escola (Católica) Nacional local como o seu marido exigia. O boicote recebeu cobertura nacional e internacional durante o verão,[3] antes de acabar naquele outono.[4] Ao fim, a família reconciliou-se, com as filhas recebendo homeschooling e não frequentando as igrejas de seus pais.[5] Algumas décadas depois, em 1998, o bispo da diocese desculpou-se pelo boicote.[6]

Um filme, chamado A Love Divided (1999), foi feito sobre a família Cloney, estrelando a atriz irlandesa Orla Brady no papel de Sheila Cloney.[7]

Referências

  1. «Cópia arquivada». Consultado em 7 de fevereiro de 2010. Arquivado do original em 22 de julho de 2005
  2. National Archives press clippings
  3. Remarks by Professor Brian Farrell at the Launch of the Parliamentary Archive on the Internet on 5 July 2001
  4. «Revd Adrian Fisher». Consultado em 7 de fevereiro de 2010. Arquivado do original em 9 de janeiro de 2011
  5. Love conquers all: but for decades a village paid the price Sunday Mirror Dec 5, 1999 by Amanda Doherty
  6. Irish Times, June 30th 2009
  7. «A Love Divided» (PDF). Consultado em 7 de fevereiro de 2010. Arquivado do original (PDF) em 28 de setembro de 2007

Fonte

  • Cassells Gazeteer of Great Britain and Ireland Vol I/II A-C
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