Força de campo

Na física Newtoniana existem dois tipos de força: As forças de contato e as forças de campo. Na primeira há necessidade de que os corpos estejam em contato físico para que neles atuem uma força. Já a força de campo pode ser descrita como uma força aplicada em um corpo por outro à distância, sem a necessidade de contato entre eles, um exemplo bem comum é a força peso.[1]

Exemplos

As quatro forças fundamentais da natureza são conhecidas por estarem ligadas às interações presentes em toda a matéria, e são definidas como forças de campo, uma vez que atuam à distância. Essas quatro interações fundamentais são:[2]

Força gravitacional: É a mais fraca das forças fundamentais, é uma força atrativa que atua entre todas as partículas que possuem massa, sendo insignificante em níveis atômicos e moleculares. Apesar disso, é a que apresenta maior alcance, pois estende-se ao infinito e a responsável pela formação dos planetas, sistemas planetários e até galáxias. A força gravitacional é dada por:

.

Nesta expressão é a constante gravitacional universal, e são as massas dos corpos e é a distância entre eles.[3]

Força eletromagnética: É a força que determina a maneira como partículas com carga elétrica interagem uma com as outras e com os campos magnéticos. Dependendo do sinal da carga das partículas essa força pode ser atrativa ou repulsiva. Cargas com o mesmo sinal (positivas ou negativas) repelem-se, e cargas com sinais opostos se atraem. Relacionados a esta força, há alguns exemplos que estão relacionados com o nosso cotidiano, como a eletricidade, magnetismo, ondas de rádio, microondas, infravermelho, luz visível, raios-x e raios gama. Inclui-se também a força eletrostática, descrita pela lei de Coulomb e a força magnética, para partículas em movimento. Microscopicamente, é muito mais intensa que a força gravitacional, e também apresenta longo alcance, contudo, em níveis macroscópicos tende a ser nula, por conta da neutralidade da matéria.

, Fórmula descrita pela lei de Coulomb, aonde: Fe = Força elétrica (N); Ke = Constante eletrostática (9,99.10-9 N.m²/C²); Q1 e Q2 = Cargas elétricas em módulo (C); d = distância entre as cargas (m)[4]

Força nuclear forte: É a força responsável pelos fenômenos que acontecem dentro de um núcleo atômico, estando associada à estabilidade nuclear, pois evita que os prótons sofram uma intensa repulsão, por possuírem a mesma carga elétrica. Dessa forma, caso não existisse a força forte, não seria possível a junção de prótons e nêutrons, assim o universo e suas interações da matéria como conhecemos seriam diferentes. Por estar envolvida com a estabilidade do núcleo atômico, a força forte está também envolvida nas reações de fissão e fusão nuclear. Diferentemente das duas forças anteriores, possui um curto alcance, no entanto é a força da natureza mais forte.[5]

Força nuclear fraca: Está relacionado com o fenômeno de decaimento β, no qual um nêutron transforma-se em um próton, liberando um elétron e uma pequena partícula sem carga e massa chamada neutrino. Como resultado, ocorre um aumento do número atômico e o núcleo transforma-se em um núcleo de um elemento químico diferente. A força nuclear fraca é a responsável pela síntese de diferentes elementos químicos no interior de estrelas e supernovas.[5]

Referências

  1. Rusty L. Myers (2006). The Basics of Physics. [S.l.: s.n.] p. 40. ISBN 0313328579
  2. Jon A. Celesia (1997). Preparation for Introductory College Physics: A Guided Student Primer. [S.l.: s.n.] p. 41
  3. «A força gravitacional». www.cepa.if.usp.br. Consultado em 27 de novembro de 2020
  4. «O que é força eletromagnética vs força gravitacional - Definição». Radiation Dosimetry. 14 de junho de 2020. Consultado em 27 de novembro de 2020
  5. «99 Explor.Eletrização». www.rc.unesp.br. Consultado em 27 de novembro de 2020
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