Forte de Vera Cruz
O Forte de Vera Cruz, igualmente conhecido como Forte de Vera Cruz da Figueira ou Forte da Figueira, é um monumento militar no concelho de Vila do Bispo, na região do Algarve, em Portugal.
| Forte de Vera Cruz | ||
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Construção | (Século XVII) |
| Estilo | ||
| Conservação | Mau | |
| Homologação (IGESPAR) | E/A | |
| Aberto ao público | ||
| Site IHRU, SIPA | 30748 | |
| Forte de Vera Cruz | |
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Localização do forte 🌍 |
Descrição
O imóvel está situado no alto de uma falésia, no lado nascente da Praia da Figueira.[1]
Consistia num forte de pequenas dimensões, com duas baterias, uma baixa e outra elevada, onde estavam as peças de artilharia, que eram provavelmente quatro.[2] No interior do forte encontravam-se os aquartelamentos da guarnição.[2] Nas imediações foram descobertas duas peças de fogo submersas, que originalmente estavam no forte.[3] Segundo um relato do padre Themudo, da Paróquia da Figueira, constante num manuscrito da Torre do Tombo, o Sismo de 1755 causou a queda de dois canhões do forte, um em ferro e outro em bronze, que ficaram por debaixo das pedras, na zona de rebentação das obras.[4]
O forte em si não está classificado, mas está inserido na zona protegida do Parque Natural do Sudoeste Alentejano e Costa Vicentina.[2]
História
O forte foi construído no século XVII, provavelmente por volta de 1640, no âmbito da Guerra da Restauração,[2] durante o reinado de D. João IV.[1] Fazia originalmente parte de um sistema de fortificações que defendia a faixa costeira junto à importante cidade portuária de Lagos, e do qual também faziam parte os fortes da Meia Praia, Almádena, Zavial, Ponta da Bandeira, Pinhão, Ponta da Piedade e Porto de Mós.[2]
Em 4 de Maio de 1670, um grupo de piratas ou corsários oriundos do Norte de África desembarcaram durante a noite junto ao forte, com o sentido de atacar a aldeia da Figueira, mas foram derrotados pela população, sob a liderança do oficial Afonso Telo.[2] Por volta de 1760, o forte foi incluído no Mapa do Reino do Algarve, elaborado por Laurent Brémond.[2] Um alvará de 27 de Setembro de 1805, do príncipe regente, D. João, ordenou que todas as fortificações entre a Bateria do Zavial e o Forte da Meia Praia, e que fossem consideradas com extintas todas as outras estruturas de defensa marítima não incluídas neste documento, por estarem destruídas ou não ser aconselhada a realização de obras de manutenção.[2] Em 1821, Gregório António de Sousa menciona que uma peça de bronze tinha caído ao mar, devido a um desabamento.[2] Em 1940, as antigas dependências do forte foram colocadas à venda, mas não apareceram quaisquer interessados.[2]
Ver também
Referências
- «Ruínas do Forte de Vera Cruz da Figueira - Praia da Figueira, Budens». Património Militar. Câmara Municipal de Vila do Bispo. Consultado em 25 de Dezembro de 2021
- GORDALINA, Rosário (2011). «Forte de Vera Cruz / Forte de Vera Cruz da Figueira / Forte da Figueira». Sistema de Informação para o Património Arquitectónico. Direcção-Geral do Património Cultural. Consultado em 20 de Dezembro de 2021
- «Praia da Figueira (Budens) - Canhão». Portal do Arqueólogo. Direcção-Geral do Património Cultural. Consultado em 20 de Dezembro de 2021
- «Canhão do Forte da Figueira (Budens)». Portal do Arqueólogo. Direcção-Geral do Património Cultural. Consultado em 20 de Dezembro de 2021
Ligações externas
- Forte de Vera Cruz / Forte de Vera Cruz da Figueira / Forte da Figueira na base de dados SIPA da Direção-Geral do Património Cultural
- Forte de Santa Cruz da Figueira na base de dados Portal do Arqueólogo da Direção-Geral do Património Cultural
