Osso frontal

O osso frontal, os frontale[1][2][3] ou frontalis em latim,[4][5] é um osso ímpar, mediano, simétrico[6] e chato (ou plano),[7][8] localizado na região anterior e média da calota craniana (calvária).[8][9]

 Nota: Se procura um medicamento de nome comercial Frontal, veja Alprazolam.
 Nota: Se procura a parte frontal do cérebro, veja Lobo frontal.
Osso frontal
Osso frontal
Recursos externos
Gray's subject #33 135
MeSH A02.835.232.781.375

Localização e posição anatômica

No terço superior do crânio,[10] na região média e anterior da calota craniana, formando a fronte, o teto da órbita ocular e a maior parte da fossa craniana anterior.[8][11] A face convexa é anterior, e a porção aplanada, que apresenta a incisura etmoidal, é inferior.[12]

Estrutura e acidentes ósseos

Dada a sua morfologia, pode-se distinguir em duas partes: um segmento curvado vertical, a escama do frontal (squama frontalis), e um segmento horizontal, a porção orbitonasal, que é dividida em placas ligeiramente triangulares pela incisura etmoidal. Apresenta duas faces: uma posterior e côncava (face interna ou endocranial) e uma anterior e convexa (face externa ou exocranial).[13][14][15][16][17]

Margem parietal

Margem posterior do frontal, que se articula com os parietais.[18]

Margem nasal

Margem inferior serrada da parte nasal. Liga-se aos ossos nasais e maxilas.[18]

Margem esfenoidal

Margem que se une à asa maior do osso esfenoide.[18]

Margem supraorbital

Margem espessada que forma o limite superior da órbita, sob as sobrancelhas.[16][19]

Glabela

Pequena depressão entre os arcos superciliares, na face externa.[20][21]

Incisura (forame) supraorbital

Sobre a margem supraorbital de cada órbita. É o ponto de penetração do ramo lateral do nervo supraorbital e da artéria supraorbital.[10][14][21][22][23]

Forame (incisura) frontal

Estrutura inconstante localizada na margem supraorbital, medialmente à incisura (forame) supraorbital. Constitui uma abertura por onde passam o ramo medial do nervo supraorbital e a artéria supratroclear.[14][23][24][25]

Crista frontal

Localizada na face interna, trata-se de uma pequena eminência óssea, em forma de cunha, que percorre verticalmente a linha mediana da face interna da escama frontal até a fossa craniana anterior, anterior ao forame cego. Serve como fixação para a foice do cérebro.[26][27][28][29]

Sulco do seio sagital superior

Na face interna, trata-se de um sulco onde insere-se o seio homônimo.[18]

Incisura etmoidal

Endentação entra as partes orbitais na qual insere-se o osso etmoide.[18]

Espinha nasal

Situada na porção orbitonasal, trata-se de uma eminência pontiaguda encontrada no centro da parte anterior da incisura etmoidal.[14]

Seios

Cavidades encontradas internamente na escama, de cada lado da linha mediana e laterais à glabela.[16][19][22]

Septo dos seios frontais

Parede localizada entre os seios frontais, dividindo-os.[18]

Abertura do seio frontal

Orifício medial no assoalho do seio frontal para a eliminação de secreções.[18]

Túber (eminência)

Na face externa, é uma convexidade arredondada pronunciada acima de cada órbita.[10][27]

Arco superciliar

Elevação um pouco abaixo do túber e acima da margem supraorbital.[16][23]

Processo zigomático

Localizado na face externa, forma a margem lateral da órbita.[19][30]

Linha temporal

Crista curva que atravessa lateralmente o osso frontal, marcando o limite da fossa temporal. Trata-se da continuação da linha formada pela união das linhas temporais superior e inferior do osso parietal.[23][31]

Forame cego

Internamente, é por onde passa a veia emissária para o seio sagital superior.[32][33]

Sutura frontal (metópica)

Divide o osso frontal em dois, dispondo-se no sentido vertical, no centro dele. É visualizável na face externa, mas , na maioria dos casos, desaparece na infância.[28][34][35]

Espinha troclear

Estrutura pequena e inconstante. Localiza-se ântero-superiormente no ângulo medial da órbita, sendo o ponto de fixação do músculo oblíquo superior.[18]

Fóvea troclear

Depressão onde fixa-se a alça fibrosa do músculo oblíquo superior.[18]

Fossa da glândula lacrimal

No ângulo lateral da órbita, é uma depressão onde situa-se a glândula lacrimal.[18]

Articulações

Articula-se com sete ossos:

Inserções

O osso frontal dá origem aos músculos temporal[31], abaixador do supercílio,[38] corrugador do supercílio[10], parte orbital do orbicular do olho[39] e oblíquo superior do olho.[17][18]

Imagens
  • Frontal em destaque no crânio. Vista em 360°.
    Frontal em destaque no crânio. Vista em 360°.
  • Acidentes ósseos (em inglês). Vista anterior (externa).
    Acidentes ósseos (em inglês). Vista anterior (externa).
  • Acidentes ósseos (em inglês). Vista posterior (interna).
    Acidentes ósseos (em inglês). Vista posterior (interna).
  • Acidentes ósseos (em inglês). Vista inferior.
    Acidentes ósseos (em inglês). Vista inferior.
  • Seios frontais (em vermelho).
    Seios frontais (em vermelho).
  • Linhas temporais (em vermelho). Visão em 360°.
    Linhas temporais (em vermelho). Visão em 360°.
  • Processos zigomáticos (em vermelho). Visão em 360°.
    Processos zigomáticos (em vermelho). Visão em 360°.
  • Detalhe da sutura frontal (metópica). Vista anterior.
    Detalhe da sutura frontal (metópica). Vista anterior.
  • Osso frontal ao nascimento. Vista anterior.
    Osso frontal ao nascimento. Vista anterior.
  • Frontal em um recém-nascido. Vista externa.
    Frontal em um recém-nascido. Vista externa.
  • Frontal em um recém-nascido. Vista interna.
    Frontal em um recém-nascido. Vista interna.

Referências
  1. Federative Committee on Anatomical Terminology (1998). Terminologia anatomica. Stuttgart: Thieme. p. 10. ISBN 978-31-311-4361-7
  2. Comité Federal sobre Terminología Anatómica (2001). Terminología anatómica. Madri: Panamericana. p. 10. ISBN 84-7903-614-1
  3. Tellez-Girón, J. Reyes; Tovar, C. Núñez (1998). Nomenclatura anatómica internacional. México, D.F.: Panamericana. p. 19. ISBN 968-36-6801-1
  4. Lugo, Elisa Vargas; Curiel, Gustavo (1991). Juan Correa: su vida y su obra. Tomo III. México D.F.: Universidad Nacional Autónoma de México. p. 287. ISBN 968-36-1178-8
  5. Munguía, Santiago Segura (2014). Lexicón etimológico y semántico del Latín y de las voces actuales que proceden de raíces latinas o griegas [incompleto]. Bilbao: Universidad de Deusto. p. 229. ISBN 978-84-15759-50-8
  6. de Oliveira, Maria Gerhardt (2002). Manual de anatomia da cabeça e do pescoço 4ª ed. Porto Alegre: Edipucrs. p. 20. ISBN 85-7430-295-3
  7. Abrão, Jorge; Moro, Alexandre; Horliana, Ricardo Fidos; Shimizu, Roberto Hideo (2014). Ortodontia preventiva. São Paulo: Artes médicas. p. 10. ISBN 978-85-367-0228-5
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  9. Jones, H. Royden; Burns, Ted M.; Aminoff, Michael J.; Pomeroy, Scott L. (2014). Sistema Nervoso, Volume 7, parte I - Cérebro: Coleção Netter de Ilustrações Médicas 2ª ed. Rio de Janeiro: Elsevier. p. 341. ISBN 978-85-352-7907-8
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Ver também
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