Gabita

Gabita (Gabitha; em árabe: Jabiya) foi uma cidade que é referida em várias fontes siríacas da Alta Idade Média como sendo a principal base militar dos Gassânidas, uma tribo árabe cristã que foi aliada do Império Bizantino durante a conquista muçulmana da Síria do século VII.[2][3] A cidade é também referida como a capital gassânida, que no tempo da expansão islâmica era Bostra.

Gabita

Jabiya

  antiga cidade desaparecida  
Localização
Gabita está localizado em: Síria
Gabita
Localização aproximada de Gabita [1]
Coordenadas 32° 55' N 36° E
País atual Síria Síria
Província atual Dara

Situa-se nos montes Golã, atualmente no sudoeste da Síria, a noroeste da atual cidade de Nawa, na província de Dara, perto da fronteira com Israel.[1][2] Foi o local onde, em 634, foi travada a batalha de Gabita (ou batalha de Jabia), entre o exército bizantino comandado por Teodoro, o irmão do imperador Heráclio, e as tropas muçulmanas do Califado Ortodoxo comandadas por Abu Ubaidá ibne Aljarrá e Xurabil ibne Haçana. A batalha saldou-se numa derrota dos Bizantinos.[4][5]

Em algumas fontes, sobretudo contemporâneas, por vezes confunde-se essa batalha de Jabia (ou Gabita) com a Batalha de Jarmuque, travada em agosto de 636.[2][6] A confusão é possivelmente acentuada pelo facto de que os primeiros confrontos que deram origem à batalha de Jarmuque propriamente dita em 636 deram-se nas imediações de Gabita alguns dias ou semanas antes, o que levou o historiador Walter Kaegi a chamar aquele conflito "batalha de Jabia-Jarmuque".[7][8]

Segundo a tradição, o general das conquistas ortodoxas Abu Ubaidá ibne aljarrá viveu os seus últimos dias em Jabia e foi lá sepultado. No entanto, o mausoléu de Abu Ubaidá, de construção relativamente recente, encontra-se em Deir Alla, na Jordânia, cerca de 90 km a sudoeste em linha reta da Gabita dos Gassânidas.

Jabia deu o nome a uma das portas das muralhas de Damasco: Babal Jabia, a principal entrada ocidental da cidade antiga, que na época romana era chamada Porta de Júpiter.

Referências

  1. Kaegi 1995, p. 113.
  2. Hoyland 2011, p. 90.
  3. Kaegi 1995, p. 112.
  4. EPLBHC
  5. Kaegi 2003, p. 240.
  6. Kaegi 1995, p. 137-138, 141.
  7. Kaegi 1995, p. 112, 141.
  8. Kaegi 2003, p. 239.

Bibliografia


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