Gongo Soco (mina de ouro)
Gongo Soco é um testemunho de um dos ciclos mais marcantes na economia nacional, o ciclo do ouro. O sítio tem sua história iniciada em 1745, quando o cavouqueiro Bitencourt encontrou ouro nos cursos d’água que cortam a região. No final do século passado, foi adquirido por João Batista Ferreira e em 1825, a mina foi comprada por ingleses da Cornualha, que operaram entre 1826 a 1856, criando ali um florescente povoado britânico tropical, com hospital, capela e cemitério particular. Ficou paralisada durante muito tempo e em 1986, foi adquirida pela Mineração Socoimex que mantém até hoje resguardado o acervo ambiental e histórico da região.
| Gongo Soco | |
|---|---|
![]() Gongo Soco (mina de ouro) | |
| Tipo | sítio arqueológico |
| Geografia | |
| Coordenadas | |
| Localização | Barão de Cocais - Brasil |
| Patrimônio | bem tombado pelo IEPHA |
Cemitério dos Ingleses
Trata-se do local onde estão sepultados os trabalhadores da primeira empresa britânica no Brasil Imperial (Brasilian Gold Mining), que o comprou do Barão de Catas Altas (João Batista Ferreira de Souza Coutinho), por 79 mil libras esterlinas. Nesse cemitério, situado no alto de uma colina e delimitado por um muro de pedras, encontram-se atualmente 10 lápides, algumas com inscrições em inglês, ornamentadas com desenhos apurados no granito e na pedra sabão. Sabe-se que os ingleses eram sepultados de cócoras, tradição da Cornualha.
Bibliografia
- Alves, Débora Bendocchi (1 de janeiro de 2014). «Ernst Hasenclever em Gongo-Soco: exploração inglesa nas minas de ouro em Minas Gerais no século XIX». História, Ciências, Saúde-Manguinhos. SciELO. pp. 281–298. doi:10.1590/S0104-59702014005000001. Consultado em 8 de fevereiro de 2022
- «Mina que gerou evacuação em Barão de Cocais é sítio histórico do estado». Estado de Minas. 8 de fevereiro de 2019. Consultado em 8 de fevereiro de 2022
- «Terra de Minas | Ruínas da Vila do Gongo Soco guardam lembranças da exploração do ouro». Globoplay. Consultado em 8 de fevereiro de 2022
