Hebrom
Hebrom, Hebron[1] ou Hébron[2] em hebraico: חֶבְרוֹן; romaniz.:Ḥevron; em árabe: الخليل; romaniz.:al-Khalīl) é uma cidade palestina da Cisjordânia.[3][4][5][6] É a maior cidade da Cisjordânia e a segunda maior nos territórios palestinos após Gaza, com uma população de 215 452 palestinos (2016)[7] e entre 500 e 850 colonos judeus concentrados no bairro antigo e nos arredores.[8][9][10][11][12]


| Nome oficiais |
(he) חֶבְרוֹן (ar) الخليل |
|---|---|
| Nomes locais |
(ar) الخليل (he) חֶבְרוֹן |
| País | |
|---|---|
| Território ocupado | |
| Governorate of the State of Palestine |
Governamento de Hebron (en) |
| Área |
74,1 km2 |
| Altitude |
930 m |
| Coordenadas |
| População |
215 452 hab. () |
|---|---|
| Densidade |
2 907,5 hab./km2 () |
| Estatuto | |
|---|---|
| Geminações |
| Evento chave |
lista do Património Mundial em perigo (a partir de ) |
|---|
| Website |
|---|
Centro histórico de Hebrom/Al-Khalil ★
| |
|---|---|
![]() Hebrom | |
| Tipo | Cultural |
| Critérios | (ii), (iv), (vi) |
| Referência | 1565 |
| Países | |
| Histórico de inscrição | |
| Inscrição | 2017 |
| Em perigo | 2017 |
★ Nome usado na lista do Património Mundial | |
Situada na região histórica da Judeia, é considerada sagrada por judeus, cristãos e muçulmanos por sua associação com Abraão.[13] A cidade inclui o local de enterro tradicional de vários patriarcas e matriarcas bíblicos no Túmulo dos Patriarcas. O judaísmo classifica Hebrom como a segunda cidade mais sagrada depois de Jerusalém, enquanto alguns muçulmanos a consideram uma das quatro cidades sagradas.[14][15][16][17] Em 2017, o centro histórico foi declarado Património Mundial da UNESCO, e declarado como palestino por esse órgão em sua lista.
Após Israel ter ocupado a cidade em 1967, o Protocolo de Hebrom de 1997, parte dos esforços de paz entre israelenses e palestinos, dividiu a cidade em dois setores: H1, controlado pela Autoridade Palestina, e H2, aproximadamente 20% da cidade, administrada por Israel. Todas as providências de segurança e autorizações de viagem para os residentes locais são coordenadas entre a Autoridade Palestina e Israel através da administração militar da Cisjordânia (COGAT). Os colonos judeus têm seu próprio órgão municipal, o Comitê da Comunidade Judaica de Hebrom.[18]
Aninhado nas montanhas da Judeia, fica a 930 metros acima do nível do mar. A província de Hebrom é a maior província palestina, com uma população de 600 364 em 2010. Hebrom é um centro movimentado do comércio na Cisjordânia, gerando cerca de um terço do produto interno bruto da região, devido principalmente à venda de calcário de pedreiras na região. Possui reputação local por suas uvas, figos, calcário, oficinas de cerâmica e fábricas de sopro de vidro, e possui o principal fabricante de laticínios. A cidade velha de Hebrom possui ruas estreitas e sinuosas, casas de pedra com telhado plano e bazares antigos. A cidade é sede da Universidade de Hebrom e da Universidade Politécnica da Palestina.[19][20][21][22]
História
Foi neste local onde morreu Sara, aos cento e vinte e sete anos de idade (1 859 a.C., pelos cálculos de Ussher).[23]
Era uma cidade cananita, chamada Quiriate-Arba, na região montanhosa de Judá.[24] Seu rei participou da aliança comandada por Adonisedeque, rei de Jerusalém, com os reis de Jarmute, Laquis e Debir, contra os gibeonitas, quando estes se submeteram aos hebreus; os cinco reis foram derrotados por Josué (1 451 a.C.).[25] Foi conquistada em 1 446 a.C.,[26] e dada aos filhos de Coate, passando a ter este nome por causa de Hebrom, filho de Coate.[24] [27] Coate era um dos três filhos de Levi; os filhos de Levi foram Gersom, Coate e Merari.[28]
O campo da cidade e suas aldeias foi dado a Calebe, filho de Jefoné,[29] e Hebrom foi dada aos filhos de Aarão, o sacerdote, para ser refúgio para o homicida.[30]
Foi em Hebrom que Davi se refugiou, com suas mulheres, Ainoã, a jezreelita e Abigail, que fora esposa de Nabal, o carmelita.[31] Em 1 055 a.C.,[32] os homens de Judá ungiram Davi como rei de Judá em Hebrom,[33] e ele reinou sete anos e seis meses em Hebrom.[34] Abner, capitão de Saul que desertou para Davi após a morte de Saul, foi enterrado em Hebrom.[35]
Referências
- Welle (www.dw.com), Deutsche. «Unesco declara Hebron Patrimônio Mundial e território palestino | DW | 07.07.2017». DW.COM. Consultado em 16 de agosto de 2021
- Machado, José Pedro, Dicionário Onomástico Etimológico da Língua Portuguesa, verbete "Hébron"
- Kamrava 2010, p. 236.
- Alimi 2013, p. 178.
- Rothrock 2011, p. 100.
- Beilin 2004, p. 59.
- Localities in Hebron Governorate by Type of Locality and Population Estimates, 2007–2016, Palestinian Central Bureau of Statistics, 2016.
- David Shulman 'Hope in Hebron,' at New York Review of Books 22 March 2013.
- Sherlock 2010;
- Campbell 2004, p. 63; Gelvin 2007, p. 190 Levin 2005, p. 26;Loewenstein 2007, p. 47;Wright 2008, p. 38.
- Medina 2007 for the figure of 700 settlers.
- Katz & Lazaroff 2007,Freedland 2012, p. 21 for the figure of 800 settlers.
- Emmett 2000, p. 271.
- Dumper 2003, p. 164
- Salaville 1910, p. 185:'For these reasons after the Arab conquest of 637 Hebron "was chosen as one of the four holy cities of Islam.'
- Aksan & Goffman 2007, p. 97: 'Suleyman considered himself the ruler of the four holy cities of Islam, and, along with Mecca and Medina, included Hebron and Jerusalem in his rather lengthy list of official titles.'
- Honigmann 1993, p. 886.
- An Introduction to the City of Hebron
- Hebron Governorate pp. 59, 60
- Hasasneh 2005.
- Flusfeder 1997
- Zacharia 2010.
- James Ussher, The Annals of the World 1859 BC [em linha]
- Josué 21:10–11
- James Ussher, The Annals of the World 1451 BC
- James Ussher, The Annals of the World 1446 BC
- I Crônicas 6:54–55
- Êxodo 6:16
- Josué 21:12
- Josué 21:13
- II Samuel 2:1–2
- James Ussher, The Annals of the World 1055 BC
- II Samuel 2:4
- II Samuel 2:11
- James Ussher, The Annals of the World 1048 BC
.jpg.webp)
