Igreja Católica na França
A Igreja Católica Romana na França faz parte da Igreja Católica Apostólica Romana em todo o mundo, sob a liderança espiritual do Papa e da Cúria, em Roma, e da Conferência dos Bispos franceses. A Igreja Católica da França ou Igreja da França é considerada uma das maiores vertentes do Catolicismo romano no mundo, apesar das divergências históricas com a Santa Sé (como o Cisma do Ocidente).
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|---|---|
![]() Igreja Católica na França | |
| Santo padroeiro | Santa Terezinha de Lisieux Santa Joana d'Arc[1] |
| Ano | 2016 |
| População total | 61.000.000 |
| Católicos | 46.000.000 |
| Paróquias | 16.553 |
| Presbíteros | 15.863 |
| Seminaristas | 1.299 |
| Diáconos permanentes | 2.099 |
| Religiosos | 8.115 |
| Religiosas | 39.521 |
| Primaz | André Vingt-Trois (Primaz da França) Philippe Barbarin (Primaz dz Gália) |
| Presidente da Conferência Episcopal | Éric de Moulins-Beaufort |
| Núncio apostólico | Luigi Ventura |
| Códice | FR |
Atualmente, a Igreja francesa mantém sua posição conservadora sobre determinados aspectos sociais, seguindo veementemente a posição do Papa, porém, ao contrário do registrado em sua história, Igreja e Estado têm mantido boas relações formais.
História
De acordo com tradições religiosas, Maria, Marta e Lázaro teriam, há muito tempo, desembarcado na região de Saintes-Maries-de-la-Mer com um grupo de pessoas vindos da Palestina. Lázaro teria se tornado bispo em Marselha e Marta e Maria se dedicaram a ajudar aos pobres, anunciando-lhes a Mensagem de Jesus.
Os primeiros relatos da presença de cristãos na França datam do século II. Nesses escritos São Ireneu de Lyon relata detalhadamente a perseguição aos cristãos de Lyon.
Em 496, Clóvis I se converteu ao cristianismo, tornando-se um verdadeiro aliado do Papado e de todos os cristãos francos. Para aprofundar ainda mais as relações entre os merovíngios e Roma, o Papa Leão III coroou Carlos Magno Imperador do Sacro Império Romano no Natal de 800. Após estas coroações, a região da atual França foi berço de alguns dos maiores acontecimentos da história da Igreja. Em 1095, o Papa Urbano II organizou o Concílio de Clermont, que resultou, entre outras coisas, na formação da Primeira Cruzada.
Era Moderna
Antes da Revolução, a Igreja Católica Romana era a religião oficial do estado francês desde a coroação de Clóvis. A relação entre o povo francês e a Santa Sé era tão intensa, sendo a França chamada de "A filha mais velha da Igreja" e seu monarca "o mais católico dos reis". Contudo, a Reforma Protestante conduziu milhares de cidadãos franceses, sobretudo camponeses e burgueses ao movimento conhecido como Huguenote. O número irredutível de católicos em repressão à crescente população protestante transformou o país no principal palco das Guerras Religiosas durante toda a segunda metade do século XVI.
Em 1562, Catarina de Médici promulgou o Édito de Saint-Germain, concedendo liberdade "parcial" aos Huguenotes, porém a lei não foi respeitada pela maioria católica. O momento mais tenso dos conflitos foi durante a década de 1570, tendo seu ápice na Noite de São Bartolomeu (24 de agosto de 1572), onde foram vitimados milhares de católicos e protestantes nas ruas de Paris.
Em 1598, foi promulgado o Édito de Nantes por Henrique IV, promovendo um balanceamento entre os grupos religiosos divergentes e direitos iguais - foi, muito provavelmente, a primeira lei de liberdade religiosa em solo francês. O Édito determinava, ainda, a separação entre Igreja e Estado.
Em 1685, o Édito de Nantes foi revogado por Luís XIV e em seu lugar foi promulgado o Édito de Fontainebleau, arquitetado pelo Cardeal Richelieu, então Ministro de Estado da França. O Édito determinava o fechamento de estabelecimentos protestantes, mas não a perseguição oficial destes grupos minoritários. Apesar disso, houve um grande êxodo de protestantes para os países vizinhos, nomeadamente Inglaterra e Holanda. A Igreja de Roma, sob o Papa Inocêncio XI, condenou abertamente a decisão de Richelieu, mas acabou por não combater sua política nos anos seguintes.
O alvorecer do século XVII foi marcado pela ascensão do regime políticos dos Estados Nacionais, em que prevalece o "direito divino dos reis". Inúmeros povos europeus, ressurgem então unificados sob a autoridade de um mesmo governante. A Igreja, por sua vez, concede apoio ao Estado nacional francês de Luís XIV, o "Rei-Sol".
Divisões

| Arquidiocese | Origem | Sé | Patrono |
|---|---|---|---|
| Besançon | Século III | Catedral de Saint-Jean de Besançon | São Ferréol, São Ferjeux |
| Bordeaux | Século III | Catedral de Bordeaux | Santo André |
| Clermont-Ferrand | 2002 | Catedral de Clermont-Ferrand | Nossa Senhora da Assunção |
| Dijon | 1731 | Catedral de Dijon | São Benigno |
| Estrasburgo | Século IV | Catedral de Estrasburgo | Santo Arbogasto |
| Lille | 1913 | Catedral de Lille | Nossa Senhora de La Treille |
| Lyon | Século II | Catedral Saint Jean-Baptiste | Santo Irineu, São Potino |
| Marselha | Século I | Catedral de Marselha | São Lázaro |
| Montpellier | 1364 | Catedral de Montpellier | São Pedro, São Paulo |
| Paris | Século III | Notre-Dame de Paris | Saint-Denis |
| Poitiers | Século IV | Catedral de Poitiers | Santo Hilário |
| Reims | 250 | Notre-Dame de Reims | Notre-Dame |
| Rouen | 250 | Catedral de Rouen | São Romão |
Estatísticas
| 1996 | 2001 | 2006 | 2011 | |
|---|---|---|---|---|
| Total de Batismos | 421,295 | 391,665 | 344,852 | 300,119 |
| Confirmações | 80,245 | 55,916 | 51, 595 | 41,950 |
| Casamentos católicos | 124,362 | 118,087 | 89,014 | 71146 |
| Casamentos civis | 280,600 | 295,882 | 274,000 | 251,654 |
| Ordenação de diáconos | 1,072 | 1,593 | 2,061 | |
| Fonte: [2] |
Ver também
Referências
- LORENZATO, J.R. Nomes, Nomes dos Santos e Santos Padroeiros. São Paulo. Palavra & Prece editora, 23 de dezembro de 2010. p.197
- Statistiques de l'Eglise catholique en France (guide 2013)

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