Ilha de Giresun

A ilha de Giresun (em turco: Giresun Adası é uma pequena ilha com quatro hectares de área que se encontra 1,2 km ao largo da cidade de Giresun, no nordeste da Turquia, na costa sudeste do mar Negro. É a maior ilha da costa turca do mar Negro. Nela se encontra as ruínas de um antigo templo grego, fortificações e dois lagares de vinho ou azeite.

Ilha de Giresun
Ilha de Giresun está localizado em: Turquia
Ilha de Giresun
Localização da ilha de Giresun na Turquia
Coordenadas: 40° 55' 44" N 38° 26' 10" E
Geografia física
País  Turquia
Localização Sudeste do mar Negro
Ponto culminante 64 m
Área 0.04  km²

A ilha de Giresun vista da costa

Na Antiguidade, a ilha foi conhecida pelos nomes de Aretias, Ares, Areos Nesos e Puga.

As plantas dominantes são o loureiro (Laurus nobilis) e Robinia pseudoacacia. Estão registadas 71 espécies selvagens e introduzidas de árvores e ervas. É habitat de corvos-marinhos (família Phalacrocoracidae) e de gaivotas (família Laridae). Desde há muito tempo que está classificada como sítio natural pelo governo turco, pelo que o seu uso como área residencial está proibido. As visitas são possíveis a partir de Giresun usando pequenas embarcações de pesca ou de turismo.

Mitos acerca da ilha

Apolónio de Rodes menciona uma ilha no Ponto Euxino onde havia um templo a Ares construído pelas rainhas amazonas Otrera e Antíopa. Esta ilha ficava em frente à terra dos Philyres.[1] Os argonautas, ao passarem pela ilha, chamada de ilha de Ares, encontraram as mesmas aves que Héracles havia expulsado do lago Estínfalo, e adotaram a mesma solução que o heroi, assustando as aves com gritos e com o bater de escudos.[2] Foi nesta ilha que os argonautas se encontraram com os filhos de Frixo, que haviam sido enviados por seu pai, quando este estava morrendo, para procurar as riquezas de Orcómeno.[3] No templo havia uma pedra negra, sobre a qual as amazonas faziam sacrifícios de cavalos; os argonautas fizeram, neste altar, sacrifícios de ovelhas e bois.[4]

Outro nome para a ilha é Amazon Adası (ilha das Amazonas).[carece de fontes?] A tradição local atribui propriedade mágicas a uma grande pedra negra esférica, que alegadamente simboliza a deusa-mãe Cibele e conhecida como Hamza Taşı (pedra Hamza) em turco. A pedra está assente numa base com uma espécie de três pernas em pedra. Estima-se que a pedra é considerada mágica desde há 4 000 anos. Atualmente ainda ali são praticados ritos de fertilidade e da chegada da primavera, durante a festa Mayıs Yedisi (7 de maio) ou Aksu Festival Hamza Taşı.[5] A volta em torno da ilha começa e termina em frente da Hamza Taşı. Mandam os costumes que os visitantes ponham as suas mãos na pedra e pensem em desejos que querem ver realizados em pouco tempo. Acredita-se especialmente que mulheres sem filhos que ponham a mão a pedra irão ser mães.

Notas e referências

  1. Apolónio de Rodes, Asgonautica, Livro II, 360-407 [em linha]
  2. Apolónio de Rodes, Asgonautica, Livro II, 1047-1067
  3. Apolónio de Rodes, Asgonautica, Livro II, 1090-1133
  4. Apolónio de Rodes, Asgonautica, Livro II, 1157-1167
  5. Anatolia News Agency (29 de junho de 2010). «4,000-year-old legend about northern Turkey to become film» (em inglês). Hürriyet Daily News. Consultado em 10 de janeiro de 2013
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