Jaguaribe Carne Instrumental
Jaguaribe Carne Instrumental é o primeiro LP do grupo paraibano de música experimental Jaguaribe Carne. Embora o grupo estivesse em atividade desde 1974, os únicos registros da banda eram fitas cassete com gravações de ensaios e apresentações ao vivo (denominadas de 'FAL': "Fitas Alternativas"), uma vez que não existiam estúdios profissionais em João Pessoa e os integrantes terem poucos recursos financeiros. Uma tentativa de gravar o projeto que deu origem a esse disco foi feita em Recife, mas foi abandonada por falta de recursos. Apenas em 1993, graças a um edital do governo do estado lançado no ano anterior, surgiu a possibilidade técnica e financeira de gravar um disco. [1][2]
| Jaguaribe Carne Instrumental | |||||
|---|---|---|---|---|---|
| Álbum de estúdio de Jaguaribe Carne | |||||
| Lançamento | 1993 | ||||
| Gravação | 1993 | ||||
| Gênero(s) | Música experimental, música popular | ||||
| Formato(s) | LP | ||||
| Produção | Pedro Osmar, Paulo Ró, Odair Salgueiro | ||||
| Cronologia de Álbuns de estúdio de Jaguaribe Carne | |||||
| |||||
O disco foi gravado no Cine Bangüê (hoje em dia Sala José Siqueira), no Espaço Cultural José Lins do Rego. A parte técnica da gravação ficou a cargo de Odair Salgueiro, professor de música da UFPB, que ofereceu seus equipamentos e supervisionou a captação das músicas. O disco foi gravado durante a madrugada, uma vez que a sala não possuía isolamento acústico.[1][2]
Jaguaribe Carne Instrumental também é conhecido por sua tiragem original de 1000 LPs não possuir uma capa só. Cerca de quarenta artistas plásticos foram convidados para fazer as capas, e cada um dos exemplares possuiu uma capa única.
Faixas
| Lado A | ||||||||||
|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|
| N.º | Título | Duração | ||||||||
| 1. | "Fome? Que Fome?" | 3:03 | ||||||||
| 2. | "Saltos" | 1:58 | ||||||||
| 3. | "Piratas de Jaguaribe" | 3:29 | ||||||||
| 4. | "Ritmo de Baião" | 2:57 | ||||||||
| 5. | "Nostalgia" | 3:19 | ||||||||
| 6. | "Liquidificador Industrial" | 3:51 | ||||||||
| Lado B | ||||||||||
|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|
| N.º | Título | Duração | ||||||||
| 1. | "Ciranda" | 6:20 | ||||||||
| 2. | "Outro Tempo" | 3:40 | ||||||||
| 3. | "Sotaque de Pindaré" | 4:10 | ||||||||
| 4. | "Acho Que Vem Alguma Coisa Por Aí" | 5:08 | ||||||||
| 5. | "Entrevista" | 8:58 | ||||||||
Créditos
Músicos
- Pedro Osmar – Violão de aço, voz
- Paulo Ró – Violão de nylon, voz
- Adeildo Vieira – Percussão
- Maria Bernadete da Nóbrega – Soprano
- Jorge Negão – Percussão
- Rui Lima, Nelson Teixeira, Bajal – Vozes [parte do grupo Equipe de Cirurgia]
Técnica
- Odair Salgueiro - Técnico de gravação
- Dida Vieira e Águia Mendes - Registro fotográfico das gravações
Referências
- Egypto, Diogo (2015). "Não é a antimúsica, é a música em movimento!": Uma História Do Grupo Jaguaribe Carne De Estudos (Paraíba, 1974–2004) (Dissertação de Mestrado). Universidade Federal da Paraíba. Consultado em 29 de março de 2017
- Severo, George (2013). Música experimental na performance do grupo paraibano Jaguaribe Carne (Dissertação de Mestrado). Universidade Federal da Paraíba