João Alberto de Meclemburgo-Schwerin

João Alberto de Meclemburgo-Schwerin (João Alberto Ernesto Constantino Frederico Henrique; 8 de dezembro de 185716 de fevereiro de 1920) foi um membro da Casa de Meclemburgo-Schwerin e regente de dois estados do Império Alemão. Primeiro do Ducado de Meclemburgo-Schwerin entre 1897 e 1901 em nome do seu sobrinho Frederico Francisco IV e depois, entre 1907 e 1913 do Ducado de Brunsvique.

João Alberto
Duque de Meclemburgo-Schwerin

João Alberto de Meclemburgo-Schwerin
Consorte Isabel Sibila de Saxe-Weimar-Eisenach
Isabel de Stolberg-Rossla
Nascimento 8 de dezembro de 1857
  Schwerin
Morte 16 de fevereiro de 1920 (62 anos)
  Lübstorf, Alemanha
Pai Frederico Francisco II de Meclemburgo-Schwerin
Mãe Augusta de Reuss-Köstritz

Nascimento e interesses

João Alberto nasceu em Schwerin, sendo o quinto filho do grão-duque Frederico Francisco II de Meclemburgo-Schwerin e da sua primeira esposa, a princesa Augusta de Reuss-Köstritz. Seguiu uma carreira militar no exercito prussiano e era conhecido pelo seu gosto por desporto.[1] Também se interessava pelo império colonial alemão e foi um dos fundadores da Alldeutscher Verband e tornou-se presidente da Sociedade Colonial Alemã em 1895.[2]

Regências

Após a morte do seu irmão Frederico Francisco III no dia 10 de Abril de 1897, o duque João Alberto foi nomeado regente em nome do seu sobrinho, o grão-duque Frederico Francisco IV de Meclemburgo-Schwerin após o seu irmão mais velho, o duque Paulo Frederico, ter renunciado aos seus direitos de sucessão. Governou até ao seu sobrinho atingir a maioridade no dia 9 de Abril de 1901, altura em que assumiu controlo pessoal do ducado.[3]

No dia 28 de Maio de 1907, João Alberto foi eleito regente do Ducado de Brunsvique após a morte do príncipe Alberto da Prússia. Após aceitar o convite, chegou a Brunsvique no dia 5 de Junho de 1907.[4] Uma regência era necessária no ducado porque em 1884 quando o duque Guilherme de Brunsvique morreu, o seu primo afastado, Ernesto Augusto, príncipe-herdeiro de Hanôver foi impedido de herdar o trono, uma vez que se tinha recusado a renunciar aos seus direitos de sucessão ao trono de Hanôver que tinha sido anexado pela Prússia em 1866.[5]

Pouco depois de começar a sua regência, o duque João Alberto era visto a passear por Brunsvique, vestido como um civil, e a visitar museus, bibliotecas e outras instituições do ducado onde fazia perguntas para descobrir como eram as condições de vida. Depois de ficar conhecido devido aos seus passeios, o duque criou uma assembleia semanal onde as pessoas podiam ir e fazer-lhe pedidos. João também reduziu as despesas na sua casa, reduzindo o número de empregados e partidários para o mínimo necessário.[6]

A regência chegou ao fim no dia 1 de Novembro de 1913 quando o filho de Ernesto Augusto de Hanôver, o príncipe Ernesto Augusto, teve permissão para ascender ao trono do ducado após o seu casamento com a princesa Vitória Luísa da Prússia, a única filha do kaiser Guilherme II da Alemanha que ajudou a resolver a zanga entre as casas de Hanôver e Hohenzollern.[7]

Anos de guerra

João Alberto permaneceu ativo na Sociedade Colonial Alemã durante a Primeira Guerra Mundial, defendendo a ideia de que estas deveriam ser defendidas e não abandonadas como era sugerido.[8] No dia 2 de Setembro de 1917 foi nomeado presidente honorário do partido da pátria que era pró-guerra.[9]

Casamentos

João Alberto casou-se duas vezes, primeiro em Weimar, no dia 6 de Novembro de 1886, com a princesa Isabel Sibila de Saxe-Weimar-Eisenach, filha do grão-duque Carlos Alexandre de Saxe-Weimar-Eisenach. Depois casou-se no dia 15 de Dezembro de 1909 com a princesa Isabel de Stolberg-Rossla que viria a casar-se, após a sua morte, com o seu meio-irmão, o duque Adolfo Frederico, em 1924. Não teve filhos de nenhum dos casamentos.

Referências

  1. Winkler, Heinrich August; Sager, Alexander (2006). Germany: the long road west. 1. OUP Oxford. p. 316. ISBN 0199265976.
  2. The Statesman's year book. 1913. p. 911.
  3. Fischer, Fritz (1967). Germany's aims in the First World War. p. 461.
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