Johanna van Gogh-Bonger

Johanna Gezina van Gogh-Bonger (Amsterdã, 4 de outubro de 1862Laren, 2 de setembro de 1925) foi uma professora e comerciante de arte holandesa, a esposa do comerciante de arte Theo van Gogh e cunhada do pintor Vincent van Gogh. Ela foi uma das principais responsáveis pelo crescimento da fama de seu cunhado e popularização de seu trabalho, editando suas correspondências e negociando algumas de suas pinturas para várias exibições pela Europa.

Johanna van Gogh-Bonger
Johanna van Gogh-Bonger
Nome completo Johanna Gezina Bonger
Nascimento 4 de outubro de 1862
Amsterdã, Holanda do Norte,
 Países Baixos
Morte 2 de setembro de 1925 (62 anos)
Laren, Holanda do Norte,
 Países Baixos
Cônjuge Theo van Gogh
Ocupação Professora
Comerciante de arte

Biografia

Johanna Gezina Bonger nasceu em Amsterdã no dia 4 de outubro de 1862,[1] sendo parte de uma família com ligações com artistas e vanguardistas.[2] Ela estudou inglês e trabalhou como professora de um internato feminino em Elburgo e depois em uma escola secundária de Utreque. Algum tempo depois, Johanna conheceu o comerciante de arte Theo van Gogh, com quem se casou em 1889 e foi viver junto em Paris, França. O único filho do casal, Vincent Willem van Gogh, nasceu no ano seguinte.[1]

Seu cunhado era o pintor Vincent van Gogh, que acabou cometendo suicídio em 1890. Theo já estava com a saúde fraca e morreu alguns meses depois em 1891. Dessa forma, Johanna tornou-se a herdeira das mais de duas mil pinturas e novecentas cartas de seu cunhado.[1][2] Theo já tinha projetos de promover as obras do irmão por meio de exibições e publicação de suas cartas, com Johanna assumindo essas ideias inicialmente em homenagem a seu falecido marido e como meio de sustentar seu filho.[2]

Johanna usou os contados de sua família no mundo artístico para poder ter noção do que exatamente havia herdado e como deveria prosseguir.[2] Ela cedeu alguns dos trabalhos de Van Gogh para que pudessem ser exibidos em algumas exposições na Europa, onde foram muito bem recebidas. Johanna então começou a tarefa editar as cartas trocadas entre seu ex-marido e cunhado, esperando que elas pudessem trazer à tona as qualidades de Van Gogh.[3]

Ela entrou para o Partido Comunista dos Países Baixos, conhecendo várias outras pessoas, porém nunca participou da vida pública política, dedicando-se aos cuidados do filho e obras de Van Gogh. Johanna se casou novamente em 1901 com Johan Cohen Gosschalk, um pintor e escritor de arte muito mais novo do que ela. Dois anos depois a família se mudou de volta para Amsterdã. A saúde de seu segundo marido era fraca e ele acabou morrendo em 1912.[3]

Johanna continuou em contato com artistas e museus da Europa, negociando exibições muito bem sucedidas das obras de Van Gogh nos Países Baixos, França, Alemanha e Reino Unido. O primeiro volume das cartas foi publicado em holandês em 1914. No ano seguinte ela mudou-se para Nova Iorque nos Estados Unidos, iniciando o trabalho de tradução das cartas para o inglês. Ela voltou para os Países Baixos em 1919, continuando a manter as cartas e administrar o legado de Van Gogh até sua morte aos 62 anos em 2 de setembro de 1925.[3] Seu filho assumiu e continuou a obra de sua mãe na divulgação do trabalho de Van Gogh.[1][2]

Referências

  1. «Biography of Jo van Gogh-Bonger». Museu Van Gogh. Consultado em 12 de abril de 2017
  2. Righthand, Jess (1 de novembro de 2010). «The Woman Who Brought Van Gogh to the World». Instituto Smithsoniano. Consultado em 12 de abril de 2017
  3. Van Gogh, Vincent Willem. «Memoir of Johanna Gesina van Gogh - Bonger». Van Gogh's Letters. Consultado em 12 de abril de 2017
This article is issued from Wikipedia. The text is licensed under Creative Commons - Attribution - Sharealike. Additional terms may apply for the media files.