Karagöz

Karagöz é um teatro de sombras tradicional da Turquia, em que os fantoches de personagens e objetos, chamados tasvirs são feitos de pele de camelo ou de vaca, e manipulados através de pauzinhos, diante de uma fonte de luz, para projetar as suas silhuetas numa tela de algodão.[1]

Karagöz
Património Cultural Imaterial da Humanidade

Hacivat (esq.) e Karagöz (dir.)
País(es)  Turquia
Domínios Artes cénicas
Técnicas artesanais tradicionais
Tradições e expressões orais
Referência en fr es
Região Europa e América do Norte
Inscrição 2009 (4.ª sessão)
Lista Lista Representativa

As obras começam com a exibição de um personagem que apresenta a situação cénica e faz alusões ao enredo da peça, antes de desaparecer ao som estridente de um apito e abrir caminho para a própria peça de teatro. Também pode incluir canções, música executada com pandeireta, poesia, histórias mitológicas, trava-línguas e enigmas. As peças são geralmente engraçadas e têm como protagonistas dois personagens, Karagöz e Hacivat, que são, aos quais se juntam muitos mais, entre os quais Kantocu, uma cantora de cabaré e Hokkabaz, um acrobata ilusionista. Jogos de palavras e imitações de sotaques regionais são frequentes. Os bonecos são manipulados por um mestre da arte, Hayali, que, por vezes, ajuda um ou mais estagiários que são ensinados a participar na criação dos tasvirs e realizam o acompanhamento musical. Antigamente, o Karagöz era usado para representar teatro em cafés, jardins e praças, especialmente durante o mês do Ramadão e a Festa da circuncisão, mas hoje as representações são feitas em teatros, escolas e centros comerciais das grandes cidades turcas, onde continuam atraindo o público. Este teatro tradicional não só ajuda a fortalecer o senso de identidade cultural, mas também fortalece os laços entre as pessoas através da diversão.[1]

Em 2009, o teatro de marionetas Karagöz foi integrado pela UNESCO na lista representativa do Património Cultural Imaterial da Humanidade.[1]

Técnica do mestre bonecreiro do Karagöz.

Referências

  1. UNESCO. «El Karagöz» (em espanhol). Consultado em 25 de janeiro de 2019
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