Diamante Koh-i-Noor

O Koh-í-noor, Kohinoor ou Kūh-e-Nūr (em persa Kōh-i-nūr) é um dos diamantes mais famosos do mundo, ao lado de outros doze, entre eles o Estrela da África, o Olho do Ídolo e o Blue Hope. A pedra preciosa, de 105,6 quilates e com possíveis 5 mil anos de história, pertence atualmente à Coroa britânica e desde 1937 ornamenta uma coroa feita especialmente para a Rainha-Mãe Elizabeth para o dia da coroação de seu esposo, o rei Jorge VI. [1] [2] [3]

Uma réplica do diamante no Museu Príncipe de Gales da Índia Ocidental, em Mumbai.

Trata-se de um diamante único, não só pelo seu valor comercial, mas também pelo valor emocional e cultural, pois está envolto em lendas e mitos. Fica trancado com toda segurança na Torre de Londres, de onde sai apenas em ocasiões muito especiais, como no funeral da Rainha-Mãe, quando esteve em cima do seu caixão.[2] [3]

História

Réplica da coroa da Rainha-Mãe

A história do Koh-í-noor - nome que significa Montanha de Luz - é repleta de mistérios. Uma das crenças diz que o Koh-í-noor traz azar e até mesmo a morte aos homens que o possuem, sendo inofensivo às mulheres. [4]

Seus registos datam de 1304, porém alguns acreditam que a pedra foi encontrada há mais de cinco mil anos, a se levar em conta alguns textos religiosos hindus. "Algumas fontes observam que as primeiras referências ao diamante, que mais tarde ficou conhecido como Koh-i-noor, apareceram em sânscrito e possivelmente até em textos mesopotâmicos já em 3200 AC , mas essa afirmação é controversa", reporta a Enciclopédia Britânica.[1]

Em 1304, o diamante foi muito mencionado nos relatos de Babur, fundador do Império Mogul (ou Mogol ou Dinastia Mughal). Segundo esses registros, o diamante pesava 793 quilates e após ser lapidado e polido por um joalheiro chamado Borgio, seu tamanho final ficou em 191 quilates. Ainda insatisfeito, o imperador mogul à época teria condenado Borgio à morte. [1][3]

Acredita-se também que o diamante possa ter estado engastado no famoso trono de pavão do Xá Jehan (que mandou construir o Taj Mahal) como um dos olhos do pavão.

Vitória usava o diamante num broche

Apesar de nunca ter sido vendido, o Montanha de Luz passou por vários donos. Em 1850, quando a Grã-Bretanha anexou a Índia ao Império e a Rainha Vitória foi declarada Imperatriz da Índia, ela recebeu o Koh-í-noor das mãos de Lorde Dalhousie e passou a usá-lo como um broche. [1]

Resumindo, passou pelas mãos de mogóis, persas, dos afegãos da dinastia Durrani, sikhs e por fim, de britânicos. "A Companhia das Índias Orientais tirou a joia do marajá Duleep Singh, de dez anos, deposto, em 1849, como condição do Tratado de Lahore. Isso marcou o fim das Guerras Anglo-Sikh no Punjab, no atual norte da Índia e leste do Paquistão. O Tratado especificava que a joia fosse entregue à rainha Vitória", reporta o portal Historic Royal Palaces 2022, da Casa Real britânica. [2] [3] [4]

Atualmente essa célebre pedra preciosa pesa 105,6 quilates. Depois de lapidada pelos joalheiros da Casa Real Inglesa, tornou-se brilhantíssima ao perder 40% de seu volume inicial.[1]

Controvérsia

De tempos em tempos, indianos pedem a pedra de volta, mas há disputas também com o Afeganistão, o Paquistão e o Irã. [2] [3]

No jogo "Assassins Creed Rogue", publicado pela Ubisoft em 2014, o Koh-í-noor é citado ficcionalmente como sendo uma das "peças do éden", mostrando a sua importância o imaginário criativo popular.

Na série Doctor Who (episódio 2 da 2° temporada) é nos mostrado o Koh-í-noor em posse da Rainha Victoria em 1879.

Ver também

Referências

  1. «Koh-i-noor | Diamond & Facts | Britannica». www.britannica.com (em inglês). Consultado em 12 de outubro de 2022
  2. «Qual a relação do Koh-i-noor com a Elizabeth II? Conheça a história do diamante». Super. Consultado em 12 de outubro de 2022
  3. «Indianos exigem retorno do diamante Koh-i-Noor à Índia após morte da rainha». Época Negócios. Consultado em 13 de outubro de 2022
  4. «The Crown Jewels». Historic Royal Palaces (em inglês). Consultado em 13 de outubro de 2022

Ligações externas

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