Léon Étienne Tournes

Léon Étienne Tournes (Seix, Ariège, 1855 - Paris, 1931) foi um pintor francês. Nascido no sul do país, na região dos Médios Pirineus, mudou-se ainda jovem para Paris, a fim de estudar na École Nationale Supérieure des Beaux-Arts. Nesta instituição, tornou-se aluno de Alexandre Cabanel, por quem foi fortemente influenciado. De 1878 em diante, participou de diversas edições do Salon des Artistes Français e do Salon de la Société Nationale des Beaux-Arts.[1]

La Toilette, por Étienne Tournes (1875).

Pintou sobretudo naturezas-mortas, cenas do cotidiano, retratos e nus femininos. Esporadicamente, abordou obras de temática histórica (Centenário da tomada da Bastilha). Nas obras da maturidade, dedicou-se, de forma bem sucedida, a representar a intimidade feminina, em ambientes modestos ou opulentos interiores burgueses: mulheres dormindo (Nu feminino de bruços, Museu de Orsay), lendo (A leitura, coleção particular), ou fazendo a toalete diária (Após o banho, Museu do Louvre).[1] Predominam nestas obras os tons de bege e marrom, em ambientes fechados, escuros, quase opressivos, aproximando-se em alguma medida da suavidade e delicadeza da estética impressionista de princípios do século XX.[2]

Pintor bem sucedido em sua época, bastante solicitado pela elite parisiense, Étienne Tournes é pouco conhecido pelo público contemporâneo e sua produção pictórica permanece relativamente ignorada pelo mercado de arte. Não obstante, suas obras integram diversas coleções particulares e acervos de museus franceses e internacionais.[1] Foi um dos destaques da exposição Pintura e sociedade no tempo dos impressionistas, sediada no Museu de Belas Artes de Bordéus entre dezembro de 2007 e abril de 2008.[2] No Brasil, a Pinacoteca do Estado de São Paulo conserva duas de suas naturezas-mortas: Aspargos e Peixes vermelhos.[3]

Ver também

Referências

  1. «Leon Etienne Tournes». Trinity House. Consultado em 3 de maio de 2012
  2. Brannac, Paul. Peinture et société au temps des impressionnistes. Cronique des cimaises. 1º de abril de 2008.
  3. «Acervo». Pinacoteca do Estado de São Paulo. Consultado em 3 de maio de 2012
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