Língua lucumi

A língua lucumi (em castelhano: lucumí), também chamada de lacumí,[2] santería, regla de ocha e anagó,[3] é uma língua litúrgica utilizada pelos praticantes de Santería em Cuba e, em menor medida, por sua diáspora nos Estados Unidos.[4]

Lucumi

Lucumí

Outros nomes:Lacumí, anagó, santería, regla de ocha
Falado(a) em:  Cuba
Total de falantes: Nenhum (língua litúrgica)[1]
Família: Nigero-congolesa
 Atlântico-congolesa
  Volta-congolesa
   Benue-congolesa
    Defóides
     Ioruboides
      Edequiris
       Língua iorubá
        Lucumi
Códigos de língua
ISO 639-1: --
ISO 639-2: ---
ISO 639-3: luq

História

Anúncio de loja em Havana constando nome lucumi de orixá, Obaluaiê

Inicialmente derivada de um pidgin entre o iorubá e o castelhano falado por afro-cubanos, desenvolveu-se como uma língua litúrgica adquirida por fiéis na adolescência, utilizada para a comunicação ritual com orixás, encontrando-se variados níveis de influência não-iorubá e conhecimento da linguagem a depender da região, gerando um idioma complexamente variado.[4][5][2] O antropólogo americano William R. Bascom foi o primeiro a afirmar o parentesco entre o lucumi e o iorubá, inicialmente crendo que o nome do idioma se derivaria do nome de um antigo reino africano chamado Ulkamy, mas posteriormente adotando a hipótese de que vinha do iorubá oluku mi (em português: meu amigo).[5][6][7]

Fonética

O inventário fonético da língua lucumi é bastante semelhante ao do iorubá, suas variantes mais conservadoras tendo as mesmas sete vogais e inventário consonantal semelhante, mas substituindo as vogais nasais do iorubá por um n epentético ao fim da sílaba.[8] Diferentemente do iorubá, o lucumi não é uma língua tonal, utilizando um sistema de acento tônico provavelmente herdado do contato com o castelhano, o acento geralmente incidindo sobre a sílaba final.[9]

Referências

  1. «Lucumi». Ethnologue (em inglês). Consultado em 20 de agosto de 2018
  2. «Vocabulario Lucumí». OrishaNet (em espanhol). Consultado em 20 de agosto de 2018
  3. Concordia 2012, p. 1.
  4. Brandon 1997, pp. 145-146.
  5. Bascom 1972, p. 13.
  6. Brandon 1997, p. 146.
  7. Concordia 2012, p. 69.
  8. Concordia 2012, p. 65.
  9. Concordia 2012, pp. 65-66.

Bibliografia

  • Bascom, William R. (1972), «Shango in the New World», Austin, University of Texas, African and Afro-American Research Institute
  • Brandon, George (1997), Santeria from Africa to the New World: The Dead Sell Memories (em inglês), Bloomington (Indiana): Indiana University Press, consultado em 20 de agosto de 2018
  • Concordia, Maria J. (2012), The Anagó Language of Cuba (em inglês), Miami (Flórida): Florida International University, consultado em 20 de agosto de 2018
This article is issued from Wikipedia. The text is licensed under Creative Commons - Attribution - Sharealike. Additional terms may apply for the media files.