Lanio pileatus

tico-tico-rei-cinza (Coryphospingus pileatus) é uma espécie de ave passeriforme da família Thraupidae, por vezes também classificada como Emberizidae em fontes mais recentes. É típica das regiões semiáridas da América do Sul, distribuindo-se no BrasilColômbiaGuiana Francesa e Venezuela em florestas secas, tropicais ou subtropicais, de baixa altitude e florestas secundárias altamente degradadas.[2] Também é conhecido como abre-fecha, maria-fita, cravina, galinho-da-serra, batalha, tico-tico-do-sertão, primavera, cocó-de-fita, cristinha, sibispo, e laço-de-fita.[3]

Tico-tico-rei-cinza

Estado de conservação
Espécie pouco preocupante
Pouco preocupante (IUCN 3.1) [1]
Classificação científica
Reino: Animalia
Filo: Chordata
Classe: Aves
Ordem: Passeriformes
Família: Thraupidae
Género: Coryphospingus
Espécie: C. pileatus
Nome binomial
Coryphospingus pileatus
(Wied, 1821)
Distribuição geográfica

Sinónimos
  • Lanio pileatus

Taxonomia

Esta espécie foi descrita pela primeira vez pelo naturalista alemão Maximilian de Wied-Neuwied em 1821. A análise molecular mostrou que C. pileatus e o tico-tico-rei-vermelho (C. cucullatus) pertencem à família Thraupidae, e formam um grupo irmão que contém também Trichothraupis melanops, LanioEucometis penicillata. Existem três subespécies reconhecidas; C. p. brevicaudus do norte da Colômbia e do norte da Venezuela; C. p. rostratus do alto vale do rio Magdalena, Colômbia; e C.p. pileatus do nordeste e centro-oeste do Brasil.[4]

Descrição

O tico-tico-rei-cinza cresce até um comprimento de aproximadamente 13 centímetros. As partes superiores, as asas e a cauda são cinzentas, enquanto as partes inferiores são esbranquiçadas. Possui um anel perioftálmico branco ao redor do olho, os tarsos são cinzentas e o bico cônico é cinza com a mandíbula inferior branca. Os machos possuem um píleo vermelho-escarlate que passa maior parte do tempo oculto por uma coroa preta, sendo levantado apenas quando o pássaro está exitado ou agitado.[5] As fêmeas e os juvenis tem uma plumagem semelhante ao macho, mas não possui o vermelho e o preto na cabeça.[5][6]

Distribuição e habitat

Esta espécie é nativa da América do Sul, sendo encontrada no norte da Venezuela e norte e leste da Colômbia, com uma população separada no nordeste e centro-oeste do Brasil que se estende do Maranhão ao norte de São Paulo e até o leste do Mato Grosso. É uma ave de floresta decídua, bordas de floresta, vegetação rasteira e mato seco, e sua altitude máxima é de cerca 1.000 metros.[5]

Ecologia

O tico-tico-rei-cinza forrageia em pequenos bandos, principalmente no solo, mas também em vegetação rasteira. Sua alimentação é pouco conhecida, mas é principalmente granívora. A época de reprodução ocorre na estação chuvosa, entre abril e novembro na Venezuela, e entre janeiro e agosto no Brasil, e o momento exato depende do início das chuvas.[4]

Referências

  1. BirdLife International (2018). «Coryphospingus pileatus». Lista Vermelha de Espécies Ameaçadas. 2018: e.T22723047A132021233. doi:10.2305/IUCN.UK.2018-2.RLTS.T22723047A132021233.enAcessível livremente. Consultado em 24 de junho de 2022
  2. «Coryphospingus pileatus (Tico-tico-rei-cinza) - Avibase». avibase.bsc-eoc.org. Consultado em 26 de junho de 2022
  3. «tico-tico-rei-cinza (Coryphospingus pileatus) | WikiAves - A Enciclopédia das Aves do Brasil». www.wikiaves.com.br. Consultado em 14 de janeiro de 2019
  4. Jaramillo, A. (2011). «Pileated Finch (Coryphospingus pileatus. Handbook of the Birds of the World Alive. Lynx Edicions, Barcelona. Consultado em 24 de junho de 2022
  5. Ridgely, Robert S.; Tudor, Guy (2009). Field Guide to the Songbirds of South America: The Passerines. [S.l.]: University of Texas Press. p. 663. ISBN 978-0-292-71748-0
  6. Lima, Mônica Da Costa; Mariano, Erich De Freitas; De Brito, Wenner Justino Bezerra; De Souza, Joyce Galvão; Carreiro, Artur Da Nóbrega (27 de agosto de 2019). «Anatomia e morfometria cranianas de Coryphospingus pileatus (Wied, 1821) (Passeriformes: Thraupidae)». Boletim do Museu Paraense Emílio Goeldi - Ciências Naturais (2): 245–253. ISSN 2317-6237. doi:10.46357/bcnaturais.v14i2.178. Consultado em 26 de junho de 2022

Ligações externas

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