Ligação traumática

Ligação traumática[1] ocorre como o resultado de ciclos de abuso onde um reforço intermitente recompensa e punição cria fortes laços emocionais que são resistentes à mudança.[2][3] A ligação é uma ocorrência normal e natural entre pessoas em uma relação interpessoal que cresce ao longo do tempo, é fortalecida quando pessoas têm atividades juntas, participam de grandes eventos da vida juntas e experimentando bons e maus momentos.[4]

Definições

Patrick Carnes desenvolveu o termo para descrever "o mau uso do medo, da excitação, sentimentos sexuais e fisiologia sexual para enredar outra pessoa".[4] Uma definição mais simples e abrangente é que a ligação traumática é: "um forte apego emocional entre uma pessoa abusada e seu abusador, formado como resultado do ciclo de violência".[5]

Relacionamentos abusivos

Embora a vítima possa divulgar o abuso, no vínculo traumático a vítima pode desejar receber conforto da própria pessoa que a abusou.

PACE UK[6]

Ligações não saudáveis ou traumáticas ocorrem entre pessoas em um relacionamento abusivo. O vínculo é mais forte para as pessoas que cresceram em famílias abusivas porque parece ser uma parte normal dos relacionamentos.[4]

Inicialmente, a pessoa que se tornou um abusador era inconsistente na abordagem, o que se desenvolve em uma intensidade que talvez não corresponda a outras relações da vítima. Quanto mais tempo esse relacionamento continuar, mais difícil é para as pessoas deixarem os abusadores com quem se uniram.[4]

Entre homens e mulheres, em casos de violência por parceiro íntimo, a mulher pode acreditar que deve reprovar sua situação porque não "são é boa o suficiente, não é eficiente o suficiente, não é bonita o suficiente", pode reprovar a si mesma pelo comportamento violento na relação acreditando que precisa tentar agradar mais ao abusador. Em muitos casos, uma ligação traumática com o homem depende de lealdade, medo e terror.[1]

Referências

  1. Deitra Leonard Lowdermilk; Shannon E. Perry (11 de outubro de 2011). Saúde da Mulher e Enfermagem Obstétrica. Elsevier Brasil. p. 97. ISBN 978-85-352-6530-9.
  2. Dutton; Painter (1981). «Traumatic Bonding: The development of emotional attachments in battered women and other relationships of intermittent abuse». Victimology: An International Journal (7) (em inglês)
  3. Chrissie Sanderson. Counselling Survivors of Domestic Abuse. Jessica Kingsley Publishers; 15 de junho de 2008. ISBN 978-1-84642-811-1. p. 84. (em inglês)
  4. Trauma bonding. Abuse and relationships. Retrieved April 20, 2014. (em inglês)
  5. Wendy Austin; Mary Ann Boyd. Psychiatric and Mental Health Nursing for Canadian Practice. Lippincott Williams & Wilkins; 1 de janeiro de 2010. ISBN 978-0-7817-9593-7. p. 67. (em inglês)
  6. Why does my child keep returning to the abusers?. Arquivado em 21 de abril de 2014, no Wayback Machine. PACE UK (em inglês)
This article is issued from Wikipedia. The text is licensed under Creative Commons - Attribution - Sharealike. Additional terms may apply for the media files.